Taxas curtas de juros sobem em ajuste ao comunicado do Copom e longas recuam

Taxas curtas de juros sobem em ajuste ao comunicado do Copom e longas recuam

O mercado de juros se dedicou nesta quinta-feira (10) aos ajustes ao comunicado do Copom, com o tom mais conservador do que o esperado provocando a clássica reação de perda de inclinação na curva. As taxas curtas subiram e as demais caíram, refletindo a percepção de que o colegiado se prepara para retirar o forward guidance, que indica manutenção da Selic estável, provavelmente no próximo encontro, em janeiro. E, embora a maioria não acredite num aperto monetário já na reunião seguinte, várias instituições anteciparam suas estimativas de avanço da Selic ao longo de 2021. Outro destaque do dia foi o mega leilão de títulos do Tesouro. O lote de 47,5 milhões de títulos prefixados foi absorvido integralmente, representando uma oferta histórica em termos financeiros e de risco de mercado (DV01).

O giro de contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) na B3 foi astronômico, com mais de 1 milhão somente no vencimento de janeiro de 2022, o principal alvo da reação ao Copom. Fechou com taxa de 3,08% (regular) e 3,06% (estendida), de 3,039% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 4,46% (regular) e 4,44% (estendida), de 4,465% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,114% para 6,03% (regular) e 5,99% (estendida). O DI para janeiro de 2027 terminou a regular com taxa de 6,83% e a estendida em 6,79%, de 6,963%.

O Copom manteve a Selic em 2% como esperado e também o forward guidance, mas alertou que desde sua adoção observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante, com 2022 cada vez mais entrando no radar e já com a previsão de IPCA em cima da meta de 3,5%. “A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas”, afirma o Copom.

“O mercado entendeu que o Copom vai elevar a Selic em meados de 2021. O novo guidance. A curva de juros cedeu e perdeu inclinação”, afirma a instituição, que tem José Francisco Lima Gonçalves como economista-chefe.

Segundo o gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, Mauricio Patini, a reação ao Copom foi o que ditou o comportamento da curva durante todo o dia e mesmo o leilão “gigantesco” do Tesouro foi bem absorvido. “Há sinais de que estrangeiros garantiram boa parte da demanda”, afirmou. O Tesouro mais do que dobrou a oferta de LTN, de 20 milhões para 45 milhões, em relação à semana passada, enquanto o lote de NTN-F subiu de 450 mil para 2,5 milhões. As NTN-F são papéis normalmente demandados por investidores estrangeiros. Tudo foi vendido integralmente, menos a oferta de LFT, de até 1,5 milhão – foram colocadas 1.199.050.

Agência Estado

Eduardo Leite sanciona piso regional de 2020 sem reajuste

Eduardo Leite sanciona piso regional de 2020 sem reajuste

Patrícia Comunello

O governador gaúcho, Eduardo Leite, sancionou o projeto de lei que mantém inalterado o salário-mínimo regional, na prática, um congelamento. A Assembleia Legislativa aprovou, na semana passada, emenda ao projeto do Executivo com zero de reajuste para o valor do piso, que deveria ter sido reajustado em fevereiro passado, há dez meses. 

O governo havia proposto correção de 4,5%, “para repor a inflação”, segundo texto de fevereiro passado enviado por Leite. “Com a pandemia, o momento econômico é completamente distinto, empresas fecharam, negócios enfrentam dificuldades e a taxa de desemprego subiu”, ponderou o governador, ao validar a decisão do Legislativo, que aprovou emenda proposta pela base aliada do governo.

O chefe do Piratini citou ainda que o reajuste, que seria retroativo, iria “impor esforço a empresas e prejudicaria boa parte dos trabalhadores gaúchos”.

“Não porque não queiramos que tenha crescimento (piso). Tudo que desejamos é o crescimento do poder de compra das pessoas, mas com a situação atípica é mais tempo de manter empregos do que forçar uma remuneração que a economia não suporte”, justificou Leite. “O momento é de manter empregos e e a atividade econômica.”

A medida que teve chancela dos parlamentares e apoio de entidades empresariais, como Fecomércio-RS, Fiergs, FCDL e Federasul. O setor patronal defende historicamente a extinção do mínimo regional, mantendo a referência do salário mínimo nacional.

A principal alegação para reajuste zero é o impacto da pandemia para as empresas e as dificuldades para cobrir o maior gasto com a recomposição salarial. 

O índice proposto por Leite correspondia à correção que deveria ter sido aplicada em 1º de fevereiro de 2020, atualizando perdas por aumento de preços (inflação) dos 12 meses anteriores, ou seja, entre fevereiro de 2019 e janeiro de 2020.

Com o congelamento, o piso regional deve chegar a fevereiro de 2021 com dois anos de inflação acumulada – um ano sem o repasse, devido à decisão da Assembleia, e a dúvida de como será o período de fevereiro de 2020 até janeiro próximo. O governo terá de enviar novo projeto ao Legislativo.

Nos meses recentes, houve reaquecimento de aumentos devido a maior demanda de alguns setores com a retomada da atividade, após os primeiros meses de isolamento. Alta de alimentos e combustíveis colaboraram para um IPCA de 12 meses, em novembro, de 4,31%, acima do centro da meta do indicador, que é de 4%.

O mercado, segundo o Relatório Focus do Banco Central desta semana, projeta IPCA de 3,34% em 2021, seguindo o descompasso da oferta e demanda e mais aumentos, como o da energia, este último devido a custo da bandeira vermelha.  

As centrais sindicais apontam que a desvalorização deve ser superior a 7% pela variação do INPC, usado na correção. O índice em 12 meses somou 4,48% até janeiro e 3,90% desde janeiro. O fechamento do indicador será de fevereiro deste ano a janeiro de 2021. 

Menor valor do mínimo regional se mantém em R$ 1.237,15 

O salário-mínimo regional no Rio Grande do Sul é composto por cinco faixas salariais, divididas por categorias de trabalhadores. A menor faixa vai se manter em R$ 1.237,15,e a maior faixa de R$ 1.567,81. Conforme a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), cerca de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos recebem o salário-mínimo regional.

Em maio de 2019, os deputados estaduais aprovaram o reajuste de 3,4% do mínimo regional – o primeiro encaminhado pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Na ocasião, o percentual não repôs a inflação daquele ano. Entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, o INPC havia acumulado 3,57% de inflação.

Antes, em 2018, último ano do governo José Ivo Sartori (MDB), a correção foi de 1,81%. Neste ano, novamente o reajuste foi menor que a inflação. Nos 12 meses que antecederam o reajuste, a inflação foi de 2,07%.

O salário-mínimo regional foi criado em 2001, durante a gestão do ex-governador Olívio Dutra (PT, 1999-2002). Quando surgiu, a menor faixa do piso valia R$ 230,00. Na época, o salário-mínimo nacional era de R$ 180,00.

Fonte: Jornal do Comércio

BC mantém Selic em 2% ao ano, mas economistas veem alta de juros em 2021

BC mantém Selic em 2% ao ano, mas economistas veem alta de juros em 2021

Apesar da alta recente da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a Selic (a taxa básica da economia) em 2% ao ano. Esta é a terceira vez que a Selic não sofre alteração, após nove cortes consecutivos. Com isso, a taxa se manteve no piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Com a Selic a 2% ao ano, o Brasil segue com juro real (descontada a inflação) negativo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está em -1,69% ao ano. O País possui o 28º juro real mais alto do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes.

A decisão desta quarta-feira (9) era largamente aguardada pelo mercado financeiro. De um total de 47 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperavam pela manutenção da Selic em 2% ao ano. Para o fim de 2021, as casas esperam desde uma Selic estável em 2% até um aumento dos juros a 4,75% ao ano.

As dúvidas sobre a possibilidade de o BC manter a Selic em 2% ao ano por muito tempo se ampliaram nas últimas semanas. Isso porque os dados recentes mostraram uma inflação acelerada. O IPCA – índice oficial de inflação – fechou novembro com alta de 0,89%, após ter avançado 0,86% em outubro. Gastos com alimentação e preços administrados (como energia elétrica) têm pressionado o índice. Assim, com uma inflação mais alta, o BC seria obrigado a subir os juros.

Com expectativas de inflação mais elevadas, o mercado financeiro vem projetando o reinício da alta de juros para meses mais próximos. Conforme o Relatório de Mercado Focus, que compila as projeções das instituições financeiras, a expectativa é de que a Selic suba para 2,25% ao ano em agosto do próximo ano. No entanto, pelo menos uma instituição, conforme o Focus, espera por uma elevação já em janeiro. Estes cálculos, porém, foram feitos antes da decisão desta quarta do Copom.

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC em 2020 é de 4%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2% a 5%).

Fonte: Agência Estado

Incertezas fazem crescer contratação de temporários

Incertezas fazem crescer contratação de temporários

Entre junho e outubro, o número de brasileiros empregados como temporários em empresas especializadas nesse tipo de recrutamento cresceu 25%.

A mão de obra temporária com carteira assinada atingiu em outubro a maior marca de contratações desde o início da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2008.

O saldo de admissões desses temporários, que são recrutados por empresas especializadas e que consta num item especial do Caged, foi de 30,7 mil trabalhadores naquele mês. Entre junho e outubro, o número de brasileiros empregados como temporários em empresas especializadas nesse tipo de recrutamento cresceu 25%. É uma taxa dez vezes maior do que a registrada no avanço do estoque total de empregados formais no mesmo período, que foi de 2,3%.

“Não podemos dizer que a recuperação do emprego formal está se dando em cima do trabalho temporário, mas está havendo uma quantidade inédita de admissões desses trabalhadores”, afirma o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Fabio Bentes. A opção pelos temporários ocorre em razão do cenário incerto da economia, que põe em xeque a sustentabilidade da recuperação da atividade registrada nos últimos meses.

Segundo Bentes, as incertezas sobre a economia em 2021, como os impactos de uma segunda onda de covid-19, a aplicação ou não de uma vacina, o fim do auxílio emergencial e a própria sustentabilidade do aumento da demanda registrado nos últimos meses deixaram as empresas cautelosas.

Essa também é a avaliação de Rafael Cagnin, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). As empresas, diz ele, “tentam não se amarrar” o máximo possível e há um processo relativamente disseminado de contratações temporárias, inclusive em setores intensivos em mão de obra.

Ele argumenta que as empresas se preparam para atender a demanda, mas, como há dúvidas, buscam opções, caso precisem se desfazer da mão de obra rapidamente. Por isso, optam por temporários.

Essa estratégia é nítida em grandes companhias. A Whirlpool, por exemplo, que fabrica geladeiras, fogões e lavadoras, hoje trabalha com ocupação máxima das três fábricas. “Estamos bem criteriosos no emprego efetivo”, diz o presidente da companhia, João Carlos Brega, fazendo menção às incertezas sobre a economia em 2021.

Com 11,2 mil empregados, a empresa informa que ampliou em apenas um dígito o emprego efetivo este ano. Já a admissão de temporários cresceu 20% sobre 2019. A multinacional pretende manter essa estratégia até que haja alguma mudança significativa na economia ou no comportamento do consumidor.

A Mercedes-Benz é outra grande companhia que está cautelosa. Além de abrir 250 vagas temporárias para início de trabalho em fevereiro, a montadora também vai começar um terceiro turno de trabalho temporário em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em fevereiro. Isso significa que a fabricante de caminhões e ônibus, que hoje registra aumento de encomendas, pode suspender o novo turno caso o mercado desaqueça novamente.

A Mercedes esclarece que o terceiro turno, inicialmente definido por um período determinado (cuja prazo depende da demanda), não é só uma solução para aumentar a produção, mas também uma alternativa para preservar o distanciamento social de prevenção à covid-19. Nos próximos três meses, a fabricante vai operar com jornadas adicionais de trabalho.

O setor automotivo, que desde o início da pandemia cortou um total de 4,6 mil vagas, registrou 730 contratações em outubro, “a maioria por prazo determinado”, informa o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Carlos Moraes. “As empresas não sabem se o aumento de demanda atual veio para ficar e, enquanto não tiverem certeza, vão operar com horas extras ou contratos temporários.”

Horas extras

Enquanto a demanda não dá sinais claros de sustentabilidade, as horas extras viraram uma saída para várias companhias do setor automobilístico. A fábrica da Nissan em Resende (RJ) opera em um turno de produção para atender o atual volume de demanda. Mas, quando necessário, utiliza horas extras e trabalho aos sábados. A General Motors informa que vai operar pontualmente em algumas fábricas com horas extras e trabalho aos sábados.

Para a FCA Fiat Chrysler, o mercado se recupera ainda de forma assimétrica e, para administrar a fase de transição para o ritmo normal de produção, também está recorrendo a horas extras ou jornadas adicionais. Outra que estabeleceu horas extras até o fim do ano é a Volvo, fabricante de caminhões em Curitiba (PR). A Scania, também fabricante de caminhões no ABC, adotou jornadas extras aos sábado.

mero de brasileiros empregados como temporários em empresas especializadas nesse tipo de recrutamento cresceu 25%.

Fonte: Infomoney

Natal deve movimentar R$ 368 milhões no comércio de Porto Alegre

Natal deve movimentar R$ 368 milhões no comércio de Porto Alegre

O Natal deverá injetar R$ 368 milhões no comércio de Porto Alegre, uma queda de R$ 90 milhões em relação ao ano passado, segundo levantamento do Sindilojas Porto Alegre. A média de presentes comprados por pessoa, no entanto, deverá ser a mesma indicada em 2019, de 4,4 itens. Mas mais da metade dos consumidores, 57%, pretende reduzir o gasto total com as compras, que desta vez terão ticket médio de aproximadamente R$ 133,00, R$ 31,00 a menos que o gasto por produto estipulado na pesquisa passada.

Roupas, brinquedos, calçados e artigos de perfumaria devem ser os itens mais procurados nas lojas, seguidos de panetone e produtos de bazar/artesanato, que devem ter aumento de procura desta vez em relação ao Natal de 2019. Os entrevistados responderam, ainda, qual fator ajuda na escolha dos presentes. Curiosamente, mesmo que em um ano de crescimento do uso de canais digitais, as vitrines físicas (34,6%) seguem no número 1 das respostas. No entanto, quando somadas as alternativas relacionadas à internet, como pesquisas pela internet (32,3%) propagandas na internet (14,6%), redes sociais e WhatsApp (10,3%), o digital ganha mais força, representando a maior influência para 57,2% das pessoas. A pergunta de múltipla escolha também revelou que praticamente um terço das pessoas (30,9%) se certifica com os presenteados o que desejam ganhar.

A respeito da forma de pagamento, a pesquisa revelou que a intenção de pagar à vista diminuiu em relação a 2019, representando a escolha de 69,7% dos consumidores. No ano passado, essa foi a intenção de 82,1% dos respondentes. Agora, essas pessoas dividirão o pagamento entre dinheiro (55,4%), débito no cartão (13,4%) e à vista no cheque (0,9%). A preferência por compras parceladas, em contrapartida, cresceu de 37,2% em 2019 para 48,4% este ano.

Lojas de rua devem receber o maior número de consumidores, seguidas de lojas de shopping e e-commerce – com crescimento significativo das intenções de compra deste ano: de 9,7% para 26,3%. No ambiente online, os sites das lojas devem ser os canais de mais resultados no setor, já que 68,5% das pessoas pretendem acessá-los para comprar. O comércio local deve ser priorizado por 69,4% dos porto-alegrenses.

Fonte: Jornal do Comércio

Eduardo Leite pede apoio da Famurs para prorrogação das alíquotas do ICMS

Eduardo Leite pede apoio da Famurs para prorrogação das alíquotas do ICMS

Adriana Lampert

A tendência é de que a proposta do governo do Estado de modificar as alíquotas de ICMS receba apoio da Famurs, mas isso vai depender do que os gestores municipais decidirem em conjunto.

Em tramitação no Parlamento gaúcho, a proposta de prorrogação das alíquotas do imposto em 30% para combustíveis, telefonia e energia até 2024 está inclusa em projeto que prevê ainda a promoção da alíquota modal de 18% em 2021 e 17% a partir de 2022, além de corte de incentivos fiscais, alterações no IPVA, extinção do Difal (imposto de fronteira), redução da alíquota efetiva para compras internas no Estado, entre outros tópicos. A votação está agendada para o dia 15 de dezembro. “Iremos consultar os prefeitos de todas as cidades do Rio Grande do Sul para nos posicionarmos a favor ou contra a manutenção das alíquotas”, afirma o presidente da entidade, Maneco Hassen. Ele esteve reunido virtualmente com o governador Eduardo Leite nesta segunda-feira (7), quando o chefe do Executivo justificou os critérios do projeto e pediu o apoio da entidade.

O encontro teve ainda as presenças dos representantes de 27 associações regionais ligadas à entidade, e outras autoridades, a exemplo do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP). Prefeito de Taquari, Hassen garante que fará uma pesquisa antes de publicar nota que represente a avaliação das 27 Associações Regionais até a próxima quinta-feira (10). No entanto, ele concorda que “os números mostram que tanto o Estado quanto os municípios sofreriam perdas”, caso a alíquota de ICMS não seja mantida em 30%. “O cálculo é simples: se as alíquotas retornarem ao patamar anterior, os municípios perdem R$ 800 milhões e os cofres do Estado deixam de arrecadar R$ 1,2 bilhão.”

Com a majoração, a prévia gira em torno de R$ 9,3 bilhões, com uma queda de 0,4%, estimando o acréscimo de R$ 800 milhões para os municípios. Leite reiterou que “não é uma simples prorrogação” e que o projeto visa garantir a manutenção em um modelo “mais eficiente”. “É uma proposta importante no sentido de modernização na lógica de manutenção do Estado.”

“Por óbvio estamos todos preocupados com as receitas do próximo ano, não só pela manutenção das alíquotas, mas também pelo cenário econômico que se desenha pro próximo ano, que não é dos melhores”, analisa Hassen. “Além disso, nós também teremos uma crise social que ampliará a busca por serviços nas prefeituras. Será um ano de menos receitas e mais pressão da população por serviços públicos, um desafio enorme para todos nós.” 

Fonte: Jornal do Comércio

Teletrabalho impacta mais servidoras mulheres

Teletrabalho impacta mais servidoras mulheres

As mulheres relataram que cerca de 26 minutos são improdutivos a cada hora trabalhada, mais que o dobro dos homens.

Mulheres e pessoas com filhos menores que cinco anos são os que mais relatam perda de tempo produtivo no trabalho remoto, segundo pesquisa com servidores federais pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com o Ministério da Economia e com a Universidade de Duke (EUA).

Os dados são mais um retrato do desafio de mulheres e pais de crianças menores em conciliar as atividades, num momento em que o tele trabalho se tornou peça-chave para muitas empresas e o próprio serviço público para seguir funcionando na pandemia da covid-19.

A pesquisa ouviu 16.765 mulheres, 15.586 homens e 33 servidores que não se identificaram com nenhum dos dois gêneros (como é o caso de transgêneros, por exemplo). De acordo com os dados, as mulheres relataram que cerca de 26 minutos são improdutivos a cada hora trabalhada, mais que o dobro dos homens (12 minutos a cada hora trabalhada).

Não é de hoje que as pesquisas mostram uma sobrecarga maior de afazeres domésticos sobre mulheres. Embora o número de homens que dedicam parte de seu tempo a essas tarefas esteja aumentando ano a ano, a disparidade ainda existe. Em 2019, eles gastaram em média 11 horas por semana com esses afazeres, incluindo o cuidado com crianças e idosos, enquanto as mulheres gastaram uma média de 21,4 horas semanais, segundo o IBGE. A diferença existe mesmo quando ambos estão empregados – ou seja, a maior parte da dupla jornada fica com a mulher.

A perda de produtividade no serviço público também foi maior entre funcionários com filhos até 5 anos. O trabalho produtivo sofreu um impacto de 42 minutos improdutivos a cada hora trabalhada, contra uma redução de 16 minutos entre os que não têm filhos dessa idade. Nas demais faixas etárias, a diferença foi menor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

11,2 milhões de famílias estão endividadas nas capitais, diz FecomercioSP

11,2 milhões de famílias estão endividadas nas capitais, diz FecomercioSP

Segundo o levantamento, o número dos núcleos de famílias endividadas cresceu seis vezes mais que o número de novas famílias.

Em torno de 11,2 milhões de famílias estão endividadas nas capitais do país, de acordo com dados da Radiografia do Endividamento, levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo o levantamento, o número dos núcleos de famílias endividadas cresceu seis vezes mais que o número de novas famílias. Enquanto o número de novas famílias avançou 0,8% (pouco mais de 126 mil novas famílias) em junho de 2020 em comparação a junho de 2019, o endividamento familiar teve uma alta de 6% (quase 638 mil a mais de lares) no mesmo intervalo de tempo.

Considerando como endividadas todas as famílias que precisaram recorrer a algum crédito a prazo para compensar pagamentos imediatos à vista, como empréstimos formais e informais e alguns tipos de financiamentos, 67,4% das famílias brasileiras vivendo em capitais estavam endividadas no final do primeiro semestre – número que era de 64,1% em 2019.

Segundo os dados da radiografia, Natal foi, em junho de 2020, a capital com o maior porcentual de famílias endividadas (96%), ultrapassando o posto normalmente ocupado por Curitiba (90%) em anos anteriores e São Luís (86%).

Quando se considera a proporção da renda média mensal familiar comprometida com dívidas, destaque para as capitais do Nordeste e do Norte, como Manaus, cidade com a pior situação, onde 45% da renda é destinada para pagar contas todo mês. Ela é seguida por Rio Branco (39,2%), Teresina (39%), Salvador (38,1%) e Macapá (33,7%).

Fonte: Infomoney

Procura por trabalho no fim de ano aumentou taxa de desemprego, diz IBGE

Procura por trabalho no fim de ano aumentou taxa de desemprego, diz IBGE

A taxa de desemprego no país aumentou de 14,0% em setembro para 14,1% em outubro, maior resultado da Pnad Covid-19 mensal.

O mercado de trabalho absorveu 1,2 milhão de trabalhadores em apenas um mês, mas ainda não foi o suficiente para assimilar toda a mão de obra que busca por uma vaga. A taxa de desemprego no país aumentou de 14,0% em setembro para 14,1% em outubro, maior resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, o aumento na taxa de desemprego é decorrente de um movimento sazonal de aumento na busca por emprego impulsionado pelas festas de fim de ano, ao mesmo tempo em que ocorre a flexibilização das medidas de isolamento social. Porém, embora haja mais pessoas procurando uma ocupação, o mercado de trabalho ainda não consegue gerar vagas em quantidade suficiente para absorver toda a mão de obra disponível.

“Tem mais gente procurando, como é natural que tenha, só que essa mão de obra não está sendo absorvida na mesma magnitude, é por isso que a taxa de desocupação cresce. Quando a economia vai bem, essa mão de obra é absorvida. Quando a economia não vai bem, essa população não é absorvida. A população ocupada está aumentando, mas não o suficiente”, disse Maria Lucia.

O total de pessoas à procura por trabalho subiu a 13,763 milhões em outubro, cerca de 277 mil pessoas a mais que em setembro. Em relação a maio, quando teve início a pesquisa, a população desempregada saltou 35,9%, 3,634 milhões de pessoas a mais nessa condição.

O total de pessoas trabalhando também aumentou, totalizando 84,134 milhões de pessoas, 1,2 milhão de vagas a mais que em setembro. Apesar da melhora recente, o total de ocupados ainda não retomou o patamar de maio, quando somava 84,404 milhões de pessoas.

A coordenadora do IBGE lembra que houve avanço em outubro na geração de vagas com carteira assinada no setor privado, 401 mil postos de trabalho formais a mais em relação a setembro, e o rendimento efetivamente recebido pelo trabalhador vem diminuindo a distância em relação ao rendimento habitual.

“Aumentou a proporção de informais, mas houve algum aumento no efetivo (de trabalhadores) com carteira”, disse ela.

O contingente de inativos diminuiu de 74,110 milhões em setembro para 72,704 milhões em outubro, uma redução de 1,9%. Entre os inativos, 24,8 milhões gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, sendo que 14,5 milhões deles argumentaram que não procuraram uma vaga devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade.

“Está tudo relacionado. A gente um período que todo mundo ficou em isolamento social. Com a flexibilização desse isolamento, as pessoas passaram a ter que procurar alguma atividade, alguma ocupação para poder ter algum rendimento. A maior parte da população brasileira precisa trabalhar para pagar as contas, não tem grandes reservas. Com essa flexibilização das medidas de distanciamento social, as pessoas passaram a procurar (trabalho)”, acrescentou Maria Lucia.

Fonte: Infomoney

Vendas na Black Friday crescem 25% sobre 2019 e atingem R$ 4 bilhões

Vendas na Black Friday crescem 25% sobre 2019 e atingem R$ 4 bilhões

Ao todo foram mais de seis milhões de pedidos gerados, crescimento de 15,5%.

Em um ano marcado pela pandemia, as vendas online bateram recorde na Black Friday. O faturamento do e-commerce somou R$ 4,02 bilhões, considerando quinta e sexta-feira, 27, um aumento de 25,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Ebit/Nielsen.

Ao todo foram mais de seis milhões de pedidos gerados, crescimento de 15,5%.

A percepção foi de que o “esquenta da Black Friday”, vendas feitas antes da data oficial, foi uma estratégia que deu certo. Com as promoções durando mais tempo, as compras acabaram sendo realizadas ao longo de todo o mês de novembro.

“A pandemia fez os consumidores terem um comportamento diferente. As compras ficaram diluídas e o comércio eletrônico soube aproveitar o momento e fisgá-los com descontos, oportunidades e atratividades”, comenta a líder de Ebit/Nielsen, Julia Ávila.

Entre os dias 19 a 27 de novembro, o faturamento foi de R$ 6 bilhões, 30,1% a mais que as vendas de 2019. Nesse intervalo, incluindo o esquenta, foram gerados 10,63 milhões de pedidos, q um aumento de quase 20% na base anual. “O esquenta deste ano ganhou muita relevância. Isso mostra que um esquenta Black Friday mais forte é uma tendência para os próximos anos”, afirma Julia.

Apenas na sexta-feira o faturamento ficou em R$ 3,1 bilhões, aumento de 24,8%.

O site Reclame Aqui registrou 9.160 reclamações ao longo da Black Friday, um aumento de 4,09%. Segundo o levantamento, 27,01% das reclamações foram sobre propaganda enganosa, seguida de problemas na finalização da compra (10,12%) e divergência de valores (9%).

Entre as dez empresas mais reclamadas, as companhias que compõem o chamado Universo Americanas se destacam.

O marketplace terceirizado das Lojas Americanas teve o maior número de chamados, com 471, enquanto sua loja online ficou em 4º (289).

Fonte: Infomoney