A média de crescimento do e-commerce no país, que foi turbinado na pandemia, foi de 84,5% entre agosto e outubro.
As vendas no e-commerce brasileiro tiveram expansão de 87% no mês de outubro ante um ano, conforme o indicador macroeconômico SpendingPulse, da gigante norte-americana Mastercard, obtido pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A pesquisa considera compras em geral, realizadas com diferentes tipos de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.
A média de crescimento do e-commerce no país, que foi turbinado na pandemia, foi de 84,5% nos últimos três meses (agosto-outubro), na comparação com o mesmo período do ano passado. O ritmo supera o registrado no terceiro trimestre, que foi de 81,5%.
“O comportamento do consumidor nessa pandemia mudou, agora o comércio online faz parte do dia a dia e da vida do cliente”, diz o diretor de Análise Avançada da Mastercard no Brasil, Cesar Fukushima. “Por isso, por mais que a confiança do consumidor tenha caído no mês, vimos um crescimento nos dois canais – no varejo tradicional e o no online”, acrescenta, mencionando como molas propulsoras a redução do isolamento social e os benefícios sociais pagos durante a pandemia.
O volume de vendas totais teve expansão de 10,9% em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste recorte, não estão considerados os segmentos de automóveis, materiais de construção, restaurantes e cama, mesa e banho. Já a média dos últimos três meses teve alta de 6% ante idêntico intervalo do ano passado, acima do visto no terceiro trimestre, com crescimento de 3,3%.
No varejo em geral, quatro setores puxaram o crescimento em outubro. São eles: supermercado, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e artigos de uso pessoal e doméstico. Na outra ponta, as modalidades de vestuários, combustíveis apresentaram desempenho inferior ao varejo como um todo.
Quando analisadas as vendas em outubro nas regiões brasileiras, Norte (18,8%), Nordeste (12,3%) e Sul (11,4%) apresentaram incremento acima da média. Por outro lado, Sudeste (8,9%) e Centro Oeste (4,2%) ficaram abaixo da expansão apresentada pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os deputados estaduais decidiram nesta terça-feira (1), por 34 votos a 11, não conceder nenhum reajuste aos trabalhadores que recebem o salário-mínimo regional no Rio Grande do Sul. Com isso, o piso regional vai sofrer uma desvalorização de mais de 7,4%, visto que a inflação marcada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) somou 4,48% em 2019; e 2,95% em 2020 (de janeiro a outubro).
Originalmente, o projeto enviado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa previa 4,5% de reajuste. A proposta foi remetida ao Legislativo ainda em fevereiro. O reajuste deveria valer retroativamente a partir do dia 1 de fevereiro, data-base para as correções no piso regional.
Na justificativa da matéria, o próprio Palácio Piratini reconhecia que o percentual apenas repunha a inflação. “A proposta objetiva reajustar o piso salarial regional para o ano de 2020 em 4,5%, equivalente à inflação 2019 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC), válido a partir de 1º de fevereiro (data-base do piso regional)”.
Entretanto, durante a sessão de terça (1), o texto foi modificado. A base aliada do governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou uma emenda, alterando o projeto do próprio governo. A emenda – aprovada com 34 votos favoráveis e 14 contrários – reduziu a zero o reajuste de 4,5% previsto no projeto original.
A justificativa para o reajuste zero foi simples: o governo apresentou o reajuste de 4,5% antes de a pandemia de coronavírus se espalhar pelo Rio Grande do Sul, o que afetou gravemente a economia do Estado. Em outras palavras, o percentual original seria adequado ao cenário anterior, não ao atual – em que muitas empresas têm demitido funcionários e até mesmo fechado as portas por conta da pandemia.
O deputado estadual Sérgio Turra (PP) resumiu bem o pensamento dos parlamentares que eram a favor do reajuste zero: “o momento é de garantir os empregos, para, mais adiante, logo ali, reajustar e aumentar os salários, o que é muito justo”.
Por outro lado, Pepe Vargas (PT) sintetizou o principal argumento dos parlamentares que eram a favor da reposição da inflação: com o reajuste do salário-mínimo regional, o poder de compra dos trabalhadores se manteria em um patamar mais elevado, o que acabaria aquecendo a economia – visto que as pessoas que recebem o piso costumam gastar todo o salário no comércio local. Se a população tiver menos dinheiro para consumir, o comércio tende a vender menos, porque as pessoas compram menos ou deixam de comprar.
“Nenhum empresário vai investir se não tiver a expectativa de vender. Como hoje vende-se pouco, porque o poder de consumo está baixo, não há estímulo para investimentos. Isso leva a uma depressão da economia, a economia gaúcha não se recupera”, defendeu.
Alguns deputados, como Eric Lins (DEM), defenderam a extinção do piso regional – alegando que este era um dos motivos da crise econômica no Rio Grande do Sul. Pepe redarguiu alegando que estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina mantinham pisos regionais e isso não os prejudicava.
O salário-mínimo regional é composto por cinco faixas salariais, divididas por categorias de trabalho. A menor faixa vai se manter em R$ 1.237,15. A maior faixa continuará fixada em R$ 1.567,81. Conforme a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), cerca de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos recebem o salário-mínimo regional.
Em maio de 2019, os deputados estaduais aprovaram o reajuste de 3,4% do mínimo regional – o primeiro encaminhado pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Na ocasião, o percentual não repôs a inflação daquele ano. Entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, o INPC havia acumulado 3,57% de inflação.
Antes, em 2018, último ano do governo José Ivo Sartori (MDB), a correção foi de 1,81%. Neste ano, novamente o reajuste foi menor que a inflação. Nos 12 meses que antecederam o reajuste, a inflação foi de 2,07%.
O salário-mínimo regional foi criado em 2001, durante a gestão do ex-governador Olívio Dutra (PT, 1999-2002). Quando surgiu, a menor faixa do piso valia R$ 230,00. Na época, o salário-mínimo nacional era de R$ 180,00.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 142,0% para 148,6% ao ano.
Com as famílias em dificuldades para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, em meio à retração da atividade e ao desemprego, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 7,8 ponto porcentual de setembro para outubro, informou nesta sexta-feira, 27, o Banco Central. A taxa passou de 309,7% para 317,5% ao ano.
Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego.
Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.
Órgãos como FMI e OCDE defendem maior imposto sobre ricos e redução de subsídios.
No início da pandemia, 111 milionários de diversos países assinaram uma carta intitulada Millionaires for Humanity, ou Milionários pela Humanidade. Nela, eles pediam para que seus governos aumentassem – “imediatamente, substancialmente e permanentemente” – os impostos pagos por pessoas como eles, isto é, ricas. Segundo o documento, um aumento da carga tributária que recai sobre os milionários poderia ajudar a financiar escolas e sistemas de saúde no pós-covid. “Então, por favor, nos taxem mais”, dizia a carta assinada por pessoas como Abigail Disney, sobrinha-neta de Walt Disney, e Jerry Greenfield, um dos fundadores da marca de sorvetes Ben & Jerry’s.
O documento repercutiu globalmente e, apesar de polêmico, está alinhado com as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para que os países consigam reequilibrar suas contas depois da pandemia e reduzir a desigualdade social acentuada durante a quarentena.
Entre as sugestões dos órgãos para a consolidação fiscal – que só deve ser feita depois da recuperação econômica -, está o aumento de imposto de renda, de propriedade e de ganhos de capital para as pessoas mais ricas, além de maiores tributos sobre combustíveis poluentes, redução de subsídios mal direcionados, cooperação internacional para a tributação digital e revisão de impostos sobre empresas para garantir que elas paguem um valor “justo”.
A tendência, segundo o diretor do Centro de Política e Administração Tributária da OCDE, Pascal Saint-Amans, é que, entre as marcas deixadas pela pandemia, esteja um mundo com carga tributária mais elevada, dado que o coronavírus exigiu um aumento significativo dos gastos públicos globalmente. E as recomendações dos órgãos multilaterais para que os países reestruturem o sistema tributário valem, também, para o Brasil, diz ele (ler mais abaixo).
Imposto sobre fortunas
Além de sugerir um aumento da progressividade tributária, a OCDE não exclui completamente a possibilidade de adoção de um imposto sobre fortunas, aprovado recentemente na Argentina pelos deputados (ainda precisa passar pelo Senado) e que voltou a ser tema de debate no Brasil durante a pandemia. Tido como ineficiente – dado que muitas vezes leva os mais ricos a transferirem seu domicílio fiscal para o exterior -, o tributo pode ser usado como última opção para reduzir a desigualdade, possivelmente como medida temporária, de acordo com a OCDE.
Especialista em tributação e diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Bernard Appy destaca, porém, que o aumento da carga tributária no Brasil virou “tabu”. “O debate não repercute aqui. É verdade que nossa carga é alta para um país com esse grau de desenvolvimento, mas com certeza dá para elevar o imposto de renda.
Parcela grande da renda alta está sendo pouco tributada”, diz Appy, que dá como exemplo a isenção de lucros e dividendos – a qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, gostaria de pôr fim. Para Appy, o fim da isenção corrigiria distorções, mas deveria vir acompanhado de uma redução da alíquota de imposto de renda cobrada das empresas.
Appy afirma que duas bases, o consumo e a folha salarial, são excessivamente tributadas no País, enquanto a renda e a riqueza, o que inclui heranças, são pouco taxadas. Ele reconhece que, no caso brasileiro, não é possível que a arrecadação de imposto de renda (como porcentual do PIB) alcance o nível observado nos países desenvolvidos, dado que grande parcela da população é pobre, mas frisa que há espaço para melhorar. “O debate político sobre esse tema é complexo. Fazer isso (ampliar a arrecadação) via redução de benefício fiscal talvez seja mais fácil”, acrescenta.
Em Brasília, também começa a ventilar a ideia de se incluir na reforma tributária o imposto sobre lucros e dividendos e uma progressividade maior em patrimônio e herança. Ainda não se sabe se os pontos ganharão força no debate, mas os críticos da taxação de herança afirmam que o potencial de arrecadação do tributo é baixo.
Fim de subsídio fiscais
Na discussão sobre a redução de benefícios fiscais – também defendida por FMI e OCDE -, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga foi um dos primeiros a defender a medida. “Esse é um ponto menos controverso quando você consegue demonstrar que, frequentemente, os subsídios não fazem sentido econômico e distributivo. Mas eles são difíceis de se eliminar, porque costumam ter donos, donos entre aspas.”
Os subsídios, que custavam 2% do PIB em 2003, chegaram a 4,3% no ano passado. O fim da Zona Franca de Manaus e uma alteração no faturamento máximo para uma companhia se enquadrar no Simples Nacional (regime tributário especial para pequenas empresas) costumam ser os principais exemplos de como o governo poderia arrecadar mais e reduzir as distorções do sistema.
Arminio ainda se diz a favor de se repensar a tributação da renda do capital, especialmente com regras para aplicações financeiras. Afirma, no entanto, ser cético em relação a impostos sobre fortunas e sobre patrimônio que não seja imóvel, dadas as dificuldades técnicas de fazer a cobrança. “Imposto sobre patrimônio é tentador. É um discurso fácil para qualquer populista. Eu tomaria cuidado. Tenho defendido uma equivalência entre renda do capital e o próprio capital”, afirma.
O aumento da tributação das pessoas, seja via imposto de renda ou via imposto sobre lucros e dividendos que são distribuídos a acionistas de empresas, é uma tendência mundial, segundo o economista Sérgio Wulff Gobetti, especialista em finanças públicas. Nesse caso, o governo pode reduzir o imposto que recai sobre a empresa, conforme vem sendo feito na maioria dos países, e ainda assim aumentar a arrecadação. “Essa é uma reforma que tem de ser muito bem pensada não só na alíquota, mas em como a tributação é feita. Isso vai determinar se o governo vai perder ou ganhar arrecadação”, diz.
Imposto sustentável
Além de pedir maior progressividade nos impostos, o FMI e a OCDE colocaram como uma de suas principais bandeiras no pós-covid o aumento de impostos sobre combustíveis poluentes. A iniciativa já vinha recebendo o apoio dos organismos, mas deve ganhar destaque agora, ainda que não seja uma medida para elevar a arrecadação, mas para impulsionar a transformação para uma economia verde.
O marketplace de Lojas Americanas lideram as reclamações neste primeiro balanço, com 249 entradas no site.
O site Reclame Aqui já registrou 4.850 reclamações na Black Friday, desde o início do monitoramento na última quarta-feira, até as 6 horas desta sexta-feira, 27. De acordo com a plataforma, o volume é 45% maior que o mesmo período do ano passado, com média de 115 reclamações por hora.
“Durante a madrugada foram registradas poucas reclamações, o que vem ao encontro do que os consumidores afirmaram na pesquisa de pré-Black Friday realizada pelo Reclame Aqui, onde cerca de 30% dos consumidores disseram que aproveitariam para comprar a partir das 18h de quinta-feira, e não o horário da madrugada”, fala o site, em nota.
O marketplace de Lojas Americanas lideram as reclamações neste primeiro balanço, com 249 entradas no site, seguida por Kabum (164), Magazine Luíza (138), Casas Bahia (127), Submarino (117), Ame Digital (112), Lojas Renner (103), Lojas Americanas – loja online (100), Riachuelo (97) e Mercado Livre (68).
Os maiores problemas são relacionados a propaganda enganosa, com 28,17% das reclamações.
Em pronunciamento, Guedes ressaltou que a abertura de 394.989 vagas em outubro é o maior número da série histórica.
Após a abertura recorde de vagas formais em outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país pode terminar o ano com perda zero de empregos com carteira assinada. Até outubro, o saldo é negativo em 171.139. Guedes não deu projeções para os próximos meses para explicar a estimativa de saldo zero. Historicamente, dezembro registra fechamento de vagas.
Em um pronunciamento no início da coletiva, Guedes ressaltou que a abertura de 394.989 vagas em outubro é o maior número da série histórica, desde 1992. “A economia continua retomando em V e gerando empregos em ritmo acelerado. Reagimos com resiliência, soubemos fazer distanciamento social e ao mesmo tempo manter economia girando”, afirmou.
O ministro deixou a coletiva sem responder perguntas, como tem feito nessas ocasiões. Após críticas de que a equipe econômica estaria sem rumo, Guedes disse que isso não ocorreu. “Não perdemos o rumo nesta recessão, estamos nos levantando e criando emprego”, completou.
Ele agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por ter mantido a equipe econômica que, segundo ele, foi várias vezes ameaçada, e disse estar bastante satisfeito. “Preservamos a vida no que foi possível e preservamos empregos. Ligamos agora a máquina de criar empregos de novo. Se terminarmos o ano com zero perda de emprego formal, terá sido ano histórico”, acrescentou.
O ministro ressaltou que o Benefício Emergencial – programa que permitiu suspender salários e contratos de trabalho – foi “crucial” na manutenção de empregos. “A notícia é tão boa que é difícil melhorar, acho que não vamos conseguir melhor que isso”, completou Guedes. “Continuem protegendo a saúde, com retorno seguro ao trabalho, com protocolos.”
A perspectiva é que os descontos sejam menores, em média, comparados aos de outros anos.
A Black Friday deste ano tem tudo para bater recorde em vendas, mas há risco de o consumidor se frustrar com os descontos, advertem especialistas.
Por causa do aumento de custos e da menor disponibilidade de produtos acabados pela falta de matérias-primas, a perspectiva é que os abatimentos sejam menores, em média, comparados aos de outros anos.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Consumo e Varejo (SBVC) em parceria com a Offerwise feita com 600 pessoas revela que 100% dos entrevistados pretendem ir às compras na Black Friday. A intenção é gastar, em média, R$ 1.728,32, uma cifra 30% maior que em 2019.
O presidente da SBVC, Eduardo Terra, lembra, no entanto, que várias pesquisas têm apontado que as indústrias enfrentam problemas de falta de insumos e aumentos de custos de matérias primas nos últimos meses.
“Os produtos têm chegado com mais dificuldade no varejo e a tendência é desta Black Friday não ser tão promocional”, prevê.
A tendência é confirmada por estudo feito para empresa de pesquisa GFK. Na Black Friday do ano passado, 56% das unidades vendidas de itens eletroeletrônicos tiveram descontos acima de 5%.
Para este ano, a expectativa é que entre 40% a 42% das unidades tenham esse abatimento.
Segundo o presidente da GFK, Felipe Mendes, entre maio e agosto deste ano, as quantidades de eletroeletrônicos vendidos com descontos, para diversas faixas – de 5% a 30%- , equivalem a um terço do volume em promoção do mesmo período de 2019.
Cerca de 870 mil dos trabalhadores da cultura no Brasil, formais e informais, perderam seus empregos entre dezembro de 2019 e junho de 2020. Esse grupo inclui atividades artesanais, cinema, teatro, rádio, TV, fotografia, artes visuais e setor editorial. O número total de pessoas empregadas no setor cultural era de 7,1 milhões em dezembro de 2019, mas caiu para 6,2 milhões em junho deste ano, o que representa uma queda de 12,2% de pessoas trabalhando na cultura. Os dados foram captados pelo Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, utilizando dados da Pnad, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A pesquisa separou o mercado de trabalho do setor cultural em três categorias. A primeira é composta pelo pessoal de apoio, isto é, profissionais de outros campos que atuam na cultura, como um contador que presta serviços para um teatro, por exemplo — nesta categoria, a queda nos postos de trabalho foi de 9,78%, entre junho de 2019 e junho de 2020. A segunda é de profissionais que exercem atividades da economia criativa em outras áreas, como um designer que atua na indústria automobilística — aqui, a queda foi de 15,34%. Por fim, os trabalhadores especializados em atividades de economia criativa e que trabalham nas áreas de origem – que vão de arquitetos a publicitários e artistas plásticos –, que tiveram queda de 6,27% nos postos de trabalho no período de um ano. No agregado das três categorias, houve retração de 9,94% entre junho de 2019 e junho de 2020, caindo de 6,9 milhões de pessoas trabalhando no segmento cultural para 6,26 milhões.
O impacto da pandemia fica ainda mais perceptível quando o quadro é analisado com dados de dezembro de 2019. Entre junho e dezembro de 2019, houve um aumento de 2,6% nos postos no mercado de trabalho cultural, mas que foram ceifados com a crise do coronavírus. O resultado foi a queda de 12,2% nos postos de trabalho. Segundo Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, “o levantamento mostra a importância do sistema formal no mundo da arte e da cultura, já que dentro do campo formal, houve uma menor queda”.
Segundo dados da Pnad, entre junho de 2019 e junho de 2020, a queda de postos de trabalho formais, que nesta pesquisa também inclui aqueles empregados como pessoa jurídica, foi de 6,24%. No caso dos informais, a queda foi de 21,3%. Segundo Saron, é preciso “entender a economia criativa como um grande ativo de desenvolvimento econômico”. “E esse é o primeiro passo para criar políticas de qualificação adequadas, melhorar os sistemas de coleta de dados e mecanismos de formalização. Não é uma ação só de um ente da federação, mas do país inteiro.”
Segundo os dados de junho deste ano, eram 2,2 milhões os trabalhadores informais na área cultural, enquanto os formais eram 4 milhões.
Em meio à pandemia de Covid-19, os brasileiros podem “aproveitar algumas lições” para mudar seu comportamento financeiro. Defendendo esta ideia, especialistas em finanças pessoais, economia e política, palestraram durante a tarde desta quarta-feira (25) em evento integrado online e gratuito promovido pela Fundação Família Previdência (FPP). Com o objetivo de levar informação que contribua para gestores e empresários traçarem suas estratégias para o ano seguinte, as análises e perspectivas apresentadas durante o Connect 7º Caminhos para o Futuro e o 22º Seminário Econômico sublinharam a importância de atentar para os rumos da economia e da política para se obter sucesso nos negócios e prosperar em ambientes desafiadores e em constante transformação.
“Tudo que acontece com a taxa selic precisa de atenção”, iniciou a sócia do Grupo XP Inc e especialista em investimentos, Ana Laura Magalhães. “Quanto mais a taxa de juros reduz, mais circulação de dinheiro ocorre na bolsa de valores”, destacou. Ao opinar sobre a relevância de se reservar dinheiro ela lembrou que “hoje em dia se consegue acesso a fundos de investimentos que antigamente só eram disponíveis para investidores qualificados ou profissionais a partir de uma quantia R$ 100,00 e dentro do Tesouro Direto o preço médio é de R$ 40,00”, lembrou. Mas ponderou que para aplicar recursos em uma carteira de investimentos é preciso estratégia, ainda que com uma baixa quantia.
“Construir uma poupança previdenciária para garantir futuro é fundamental”, lembrou o economista e diretor da Eknowmix Educacional, Marcos Silvestre. “Uma nação sem capacidade de poupança não pode esperar colher prosperidade”, sentenciou. Na visão do especialista este é um dos grandes desafios do País. Para o especialista, poupar para poder gastar na velhice precisa de disciplina, principalmente em tempos onde a expectativa de vida está mais alta. “O primeiro passo é trabalhar e ganhar dinheiro e ter planejamento financeiro a curto, médio e longo prazo, pensando onde gastar e investir antes de tomar as decisões.” Na sequência, o professor e economista Eduardo Giannetti ressaltou durante o painel O Valor do Amanhã o momento demográfico pelo qual o país está passando (com a base da pirâmide populacional se deslocando para cima, uma vez que a fecundidade vem caindo) e a necessidade de se avançar na formação de uma cultura de Previdência no Brasil. “Ao longo das próximas décadas, todos que nasceram no boom populacional do pós-guerra estarão no topo.”
O diretor presidente da Fundação Família Previdência, Rodrigo Sisnandes Pereira lembrou que o aumento da expectativa de vida “é uma ótima notícia”, mas traz consigo um desafio: “com que recursos viveremos os anos que estaremos fora do mercado de trabalho, sabendo que a aposentadoria pública oferece uma remuneração básica?”. Para o dirigente, “há tempos”, a Previdência Social não é mais suficiente para atender as expectativas e necessidades de renda de grande parte da população. “Quem espera segurança e tranquilidade na aposentadoria tem que adotar uma postura mais proativa e planejadora em relação às finanças, assumindo agora o controle do futuro.”
O INSS não pagará o 13° salário aos aposentados e pensionistas em dezembro, depois abono extra foi antecipado por causa da pandemia.
O ano está acabando e também as esperanças dos aposentados e pensionistas do INSS de receber o 14° salário, que seria um abono extra para substituir o 13° salário que foi antecipado para abril, quando foi paga a primeira parcela e a segunda parcela em junho.
Diante da atual situação que atravessamos, cria-se a gratificação natalina emergencial a ser paga no mês de dezembro de 2020, para aposentados e pensionistas do INSS.
Ainda está em análise no Senado Federal, a sugestão legislativa 11/2020, que sugere a criação do 14° salário para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Na verdade, trata-se de um abono extra de Natal, que seria pago somente em 2020, para beneficiar esse grupo de pessoas que ficarão sem o 13° salário devido a sua antecipação por causa da pandemia.
A ideia recebeu mais de 20 mil apoios, quantidade mínima exigida para criação de uma lei, por iniciativa do cidadão comum.
O senador Paulo Paim acabou adotando a ideia legislativa 11, que seguirá como Projeto de Lei 3.657/20.
Sendo assim, a criação do abono extra emergencial deverá beneficiar os aposentados e pensionistas do INSS durante a pandemia, levando em conta, que irá movimentar a economia em janeiro de 2021.
Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito em 2018, comprova que 43% dos brasileiros com mais de 60 anos são arrimos de família, ou seja, (é a única pessoa responsável pelo sustento do grupo familiar), com percentual que sobe para 53% no caso dos homens.
A ideia alcançou até o momento mais de 66.450 apoios, e por isto, deve repercutir positivamente na análise pelos congressistas.
Mas, os segurados do INSS não estão tão certos que o 14° salário será pago realmente em 2020.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil
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