Pix: 50 milhões de chaves já foram cadastradas, diz BC

Pix: 50 milhões de chaves já foram cadastradas, diz BC

O Banco Central informou nesta quinta-feira, 22, por meio de sua assessoria de imprensa, que foi atingida a marca de 50 milhões de chaves cadastradas no Pix – o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos. O cadastramento está aberto desde 5 de outubro. O sistema começará a funcionar em 16 de novembro.

O Pix é um sistema que permitirá pagamentos e transferências 24 horas por dia, 7 dias por semana, todos os dias do ano.

A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco).PUBLICIDADE

Por meio da chave, será possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um Pix.

Até o momento, 762 instituições foram aprovadas e estão aptas a ofertar a seus clientes o Pix a partir de 16 de novembro.

Entre as instituições estão bancos, financeiras, fintechs e instituições de pagamentos, entre outras.

Fonte: INFOMONEY

Temporada natalina na serra gaúcha começa nesta quinta-feira

Temporada natalina na serra gaúcha começa nesta quinta-feira

Vanessa Ferraz

Começa nessa quinta-feira (22), as festividades de Natal na serra gaúcha com a abertura dos tradicionais Natal Luz, de Gramado, e o Sonho de Natal, de Canela. O espírito natalino não será afetado pelos protocolos de saúde e prevenção à Covid-19. Os eventos de ambos os municípios se reinventaram nas programações e na forma de promoção das festividades.

Em Gramado, a abertura oficial acontece às 18h, na Villa Bertti com a participação especial da Orquestra Sinfônica da cidade – restrito a convidados. Em Canela, a abertura acontece às 19 horas com o acendimento das luzes da decoração, em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes.

O Natal Luz contará com 101 dias de celebração, todos os dias às 20h, as luzes da cidade e os arcos da avenida das Hortênsias se acendem, o centro da cidade se transforma na Rua das Renas que homenageará à imigração de Gramado. A casa do papai Noel abrirá para interação com os turistas a partir do dia 7 de novembro, das 14h às 18h. Programação completa no site natalluzdegramado.com.br.

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Em Canela, o Sonho de Natal começa nesta quinta-feira com a decoração das Árvores do Sonho. Comerciantes, clubes de serviço, entidades de classe e patrocinadores do evento irão decorar seus pinheiros adotados. A cidade contará com mais de 60 árvores natalinas padronizadas ao longo da rua principal.

https://6879523c48f01489414e3ca0d1ab8b23.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html A chegada do Papai Noel, principal atração do Sonho do Natal, ocorrerá em 30 de outubro, na Catedral de Pedra. Outros espetáculos presenciais, com a adoção de rígidos protocolos de segurança em saúde aos espectadores, ocorrerão no decorrer da programação do evento, que encerrará em 10 de janeiro de 2021. Programação completa no site www.sonhodenatal.com.br.

Fonte: Jornal do Comércio

Todas as Unidades da Federação devem criar menos oportunidades de empregos temporários no comércio varejista do que no ano passado

Todas as Unidades da Federação devem criar menos oportunidades de empregos temporários no comércio varejista do que no ano passado

O comércio varejista deve contratar quase 20% menos trabalhadores temporários neste Natal em relação à mesma data de 2019, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A entidade estima que 70,7 mil trabalhadores temporários serão admitidos para atender ao aumento das vendas neste fim de ano, ante um total de 88,0 mil postos temporários criados no ano passado. A geração de vagas será a menor em cinco anos.

Principal data comemorativa do varejo, o Natal deve movimentar R$ 37,5 bilhões em vendas em 2020, aponta a CNC.

As oportunidades de empregos devem ser mais concentradas nos meses de novembro e dezembro. As previsões da CNC consideram dados históricos de admissões e desligamentos no comércio varejista do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As projeções de trabalho temporário consideram a expectativa da entidade de um avanço de 2,2% das vendas para o Natal em 2020.

“Do ponto de vista da reativação do consumo, a segunda metade deste ano tende a favorecer as vendas e, consequentemente, as contratações voltadas para as datas comemorativas do semestre. Neste ano, apesar da inflação baixa e dos juros básicos no piso histórico, o comportamento das vendas seguirá ditado pelo ritmo de regeneração do mercado de trabalho, pela evolução das vendas online e por medidas voltadas para mitigar os efeitos da recessão como, por exemplo, o auxílio emergencial”, escreveu o economista Fabio Bentes, da CNC, em nota oficial.

O setor de vestuário e calçados deve abrir 30,7 mil vagas para o Natal, o que corresponde a pouco mais da metade dos 59,2 mil postos criados no ano passado.

As lojas de artigos de uso pessoal e doméstico devem gerar 13,7 mil empregos temporários este ano, enquanto hipermercados e supermercados abrirão outras 13,4 mil vagas. Os três segmentos devem responder juntos por cerca de 82% das vagas oferecidas pelo varejo neste fim de ano.

Todas as Unidades da Federação devem criar menos oportunidades de empregos temporários no comércio varejista do que no ano passado. Os Estados que mais abrirão vagas neste Natal serão São Paulo (17,90 mil), Minas Gerais (8,33 mil), Rio de Janeiro (6,92 mil) e Rio Grande do Sul (6,02 mil), responsáveis juntos por mais da metade (55%) das oportunidades de emprego.

O salário médio de admissão deve alcançar R$ 1.319, 4,6% a mais que o da mesma época do ano anterior, em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação do período.

O maior salário de admissão deve ser pago pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.618), seguidas pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.602).

Segundo Bentes, nove em cada dez vagas criadas ficarão concentradas em cinco ocupações: vendedores (34.659), operadores de caixa (12.149), atendentes (8.276), repositores de mercadorias (6.979) e embaladores de produtos (2.954).

“O avanço significativo do varejo eletrônico deverá, no entanto, reduzir a quantidade de vagas voltadas para o consumo presencial, em especial o número de vendedores ante 2019 (-25%). Nessas ocupações, os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de operadores de caixa (R$ 2.272,78) e repositores de mercadorias (R$ 1.576,24)”, ressaltou Bentes, no relatório.

O economista prevê ainda que a taxa de efetivação dos trabalhadores temporários após o Natal seja a menor dos últimos quatro anos, em função da “ainda elevada incerteza quanto à capacidade da economia e do consumo em sustentar o ritmo de recuperação nos próximos meses”.

Fonte: Infomoney

Governo planeja ampliar crédito para micro e pequenas empresas

Governo planeja ampliar crédito para micro e pequenas empresas

Com a nova fase do Pronampe, em discussão no Congresso, a expectativa é quadruplicar o alcance, mas mantendo a taxa de juros em um dígito.

Os programas públicos de crédito para micro e pequenas empresas atingiram R$ 109 bilhões em outubro e o governo planeja a ampliação de concessões. Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, será lançada em breve a terceira fase do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

A nova fase do programa, criado por causa dos impactos da pandemia de coronavírus, ainda está sendo discutida no Congresso, com a expectativa de quadruplicar a oferta de crédito.

“Tivemos o Pronampe 1 e 2, com pouquíssimas diferenças entre eles, como o teto para as menores empresas terem acesso. Já no Pronampe 3, estamos negociando com empresas e Congresso, além do Banco Central, e acreditamos que vamos poder ter uma alavancagem aproximadamente 4 vezes maior”, afirmou Costa, em live nesta quarta-feira (21).

A primeira fase destinou R$ 18,7 bilhões aos empreendedores e a segunda, R$ 14,1 bilhões. A expectativa do governo é quadruplicar o alcance, mas mantendo a taxa de juros em um dígito. “Com a possibilidade desses recursos serem tratados com créditos tributados pelos bancos, com a ferramenta disponibilizada pelo Banco Central, acreditamos que a taxa total se manterá em um dígito. Isso será suficiente para atender totalmente a demanda existente no mercado hoje”, disse.

Os empréstimos atualmente têm taxa de juros anual igual à da Selic, mais a soma de 1,25 ponto percentual ao ano, com um prazo de 36 meses de financiamento. De acordo com o secretário, mais de 50% das empresas que entraram no programa não tinham histórico de crédito formal.

Costa afirma que a retomada rápida de alguns setores foi possível graças ao programa de manutenção de empregos, que permitiu que empresas mantivessem seus trabalhadores, e ao crédito, que nos últimos dois meses alcançou valor significativo.

Pesquisa feita pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, revelou que no mês de setembro houve uma melhora no acesso ao crédito por parte dos pequenos negócios.

De acordo com o levantamento, entre as micro e pequenas empresas que buscaram empréstimos, 31% tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras. Esse é o melhor resultado para a série iniciada em março e está 9 pontos percentuais acima do indicador obtido na pesquisa feita na última semana de agosto.

Os programas públicos de crédito

Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) – Destinado ao desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios, com concessão de crédito para o financiamento da atividade empresarial.  O empréstimo tem 100% de garantia do governo. O prazo para o pagamento do empréstimo é de 36 meses, com carência de oito meses. Já a taxa de juros anual máxima aplicada sobre o valor total do crédito será a da Selic mais 1,25% ao ano. Estão aptas a pedir o financiamento: microempresas (ME), com faturamento anual de até R$ 360 mil; empresas de pequeno porte (EPP), com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano; empresas enquadradas em alguma das categorias acima que não foram condenadas por condições de trabalho análogas à escravidão. 

Linha emergencial de crédito para folha de pagamentos – Essa é uma linha de crédito para financiamento de folha de pagamento de empregados no âmbito do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese), regulamentado pela Medida Provisória 944. O financiamento poderá ser pago em 36 meses, com carência de 6 meses e com juros de 3,75% ao ano. Podem aderir ao programa empresários que tiverem receita bruta anual entre R$ 360 mil e R$ 50 milhões.

Linha de crédito da Caixa e Sebrae para capital de giro com garantias a pequenos negócios – A Caixa Econômica Federal disponibilizará até R$ 7,5 bilhões em crédito para capital de giro a micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs). A operação é viabilizada por meio do aporte de R$ 500 milhões do Sebrae. As garantias complementares serão concedidas pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Todo o crédito será assistido pelo Sebrae em todas as etapas desde a liberação até a liquidação.

BNDES Crédito Pequenas Empresas – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) divulgou a expansão da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas que vai beneficiar as empresas para enfrentar as dificuldades de fluxo de caixa. É importante destacar que as linhas de crédito do BNDES são operadas pelos agentes financeiros credenciados. Empresas com faturamento até R$ 300 milhões podem obter crédito livre, sem destinação específica, de até R$ 70 milhões por ano. Os recursos do BNDES podem financiar até 100% da operação, a critério do agente financeiro credenciado, e as operações contratadas podem ter prazo total de até 5 anos, incluindo um prazo de carência de até 2 anos.

Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC) – Instituído pela Medida Provisória 975, poderá contar com até R$ 20 bilhões de recursos da União, podendo garantir até R$ 80 bilhões em operações de crédito, tornando o PEAC a maior medida de acesso a crédito lançada desde o início da pandemia. Os recursos utilizados para as garantias até agora vieram de um aporte inicial de R$ 5 bilhões da União, aportados pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia. Atualmente, 35 agentes financeiros já estão habilitados para oferecer empréstimos entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões. Cabe a esses agentes a decisão de utilizar a garantia do programa e aprovar ou não o pedido de crédito, no momento em que estruturarem cada uma de suas operações.

PEAC-Maquininhas – Modalidade de crédito garantido por vendas com máquinas de pagamento digital para MEIs e MPMEs. O financiamento é garantido por parte das vendas futuras realizadas por meio de maquininhas (limitado ao valor do contrato de empréstimo), sendo dispensada a exigência de aval ou garantia real. O valor do empréstimo também será definido com base nas vendas com maquininhas, não podendo ultrapassar o dobro da média mensal das vendas de bens e prestações de serviço da empresa realizadas entre março de 2019 e fevereiro de 2020, limitado a R$ 50 mil. A taxa de juros cobrada pelo agente financeiro não poderá ultrapassar 6% ao ano e o empréstimo, que será depositado na conta do empreendedor, terá carência de seis meses e prazo de 36 meses para pagamento (incluindo o tempo de carência). A vigência do programa é até 31 de dezembro de 2020.

Fonte: R7

Reajuste do piso regional está previsto para ser votado hoje

Reajuste do piso regional está previsto para ser votado hoje

Os deputados estaduais votam hoje o projeto de reajuste do salário-mínimo regional para 2020. O texto que tramita na Assembleia Legislativa, enviado pelo governo do Estado em fevereiro, reajusta em 4,5% o piso regional, conforme o INPC, válido a partir de 1º de fevereiro, data-base do piso regional. O piso salarial gaúcho é composto por cinco faixas salariais, divididas por categorias de trabalho. Pelo projeto do Piratini, a menor faixa passará a valer R$ 1.292,82, sendo que hoje vale R$ 1.237,15. E a maior faixa ficará em R$ 1.638,36, considerando que atualmente está fixada em R$ 1.567,81. O salário-mínimo nacional está valendo atualmente R$ 1.039,00.

Em maio de 2019, os deputados aprovaram o reajuste de 3,4% do mínimo regional – o primeiro encaminhado pelo governador Eduardo Leite. Na ocasião, o percentual não repôs a inflação daquele ano. Entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, o INPC havia acumulado 3,57% de inflação.

Fonte: Jornal do Comércio

Digitalização de empresas acelera substituição de mão de obra

Digitalização de empresas acelera substituição de mão de obra

As empresas tiveram de se reinventar para continuarem de pé e, nesse processo, um dos efeitos colaterais foi a redução de pessoal.

Depois de dois anos trabalhando na área comercial de uma metalúrgica, Valkíria Rocha foi alvo dos efeitos da digitalização no mercado de trabalho e acabou substituída por um programa de computador. Todo o trabalho de prospecção e captação de clientes, que ela demorava um mês para fazer, o sistema concluía em duas horas.

“Fica difícil concorrer quando o seu colega de trabalho é uma máquina. Isso amedronta muito”, afirma a profissional, explicando que inicialmente o sistema iria apenas auxiliá-la nas tarefas.

Com a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de redução de custos, no entanto, o software passou a fazer todo o trabalho de Valkíria, e ela teve de se adaptar a outra área. Passou por logística e administração até deixar a companhia em julho. “Em muitos casos, a tecnologia potencializa o trabalho humano. Nesse caso, substituiu, o que causou uma grande frustração e uma sensação de não ser mais funcional.”

A tendência é que histórias como a de Valkíria se alastrem pelo Brasil com a expansão da transformação digital nas empresas, que avançou a passos largos durante a pandemia, segundo especialistas. Nesse curto espaço de tempo, a sociedade presenciou uma mudança radical no seu dia a dia, numa velocidade nunca vista antes. As empresas tiveram de se reinventar para continuarem de pé e, nesse processo, um dos efeitos colaterais foi a redução de pessoal.

Muitas dessas vagas cortadas durante o isolamento social correm o risco de desaparecer. Da mesma forma, outras funções começam a surgir no mercado, exigindo novas qualificações dos profissionais.

Antes da pandemia, a previsão era que, até 2030, cerca de 14% dos trabalhadores globais teriam de trocar de ocupação por causa da automação, segundo um estudo da consultoria Mckinsey. Isso significa cerca de 16 milhões de postos de trabalho no Brasil. Com o coronavírus e o avanço da digitalização, esse prazo deve ser encurtado.

Nesse processo, funções como operador de telemarketing, caixas, recepcionistas, balconistas, analistas de crédito e atividades rotineiras de escritórios estão na berlinda. Quanto mais baixa a qualificação, maior será a possibilidade de mecanização e digitalização. “O espaço para essas áreas será cada vez menor e menos valorizado no mercado”, diz Lucas Nogueira, diretor da Robert Half.

Alguns setores começaram a viver essa realidade antes mesmo da pandemia. Nos escritórios de advocacia e contabilidade, ocupações mais maçantes e repetitivas aos poucos estão sendo digitalizadas, eliminando alguns postos de trabalho.

A mesma transformação vem ocorrendo no setor bancário, que perdeu em 2019 quase 10 mil postos de trabalho. A inteligência artificial já consegue contratar seguros e empréstimos sem a necessidade de um profissional, diz Ivone Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Uma atividade que demandava de 10 a 15 pessoas agora pode ser feita por uma única máquina, sobretudo nas vagas de auxiliar e de assistente e nas áreas de teleatendimento e de cobrança, diz Ivone. “Esse processo já vinha ocorrendo nos bancos com investimentos intensivos em tecnologia. Com a pandemia, tudo foi acelerado.” Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no isolamento social, as operações bancárias caíram 53% nas agências e cresceram 19% nos canais digitais.

Nova realidade

Sem alternativas por causa da quarentena, até pessoas que tinham desconforto e desconfiança com aplicativos ou compras online tiveram de aderir ao mundo virtual. O resultado é que, depois de experimentar a modalidade, a população gostou e quebrou a resistência que existia em relação a alguns serviços digitais. O efeito da mudança no mercado de trabalho será mais perceptível quando a economia retomar aos trilhos do crescimento.

Um exemplo do boom da digitalização tem ocorrido no varejo. Com comércio fechado na quarentena, 150 mil lojas foram abertas na internet entre março e setembro deste ano. No mundo online, ao contrário do físico, não há necessidade de muitos vendedores, só alguém para tirar dúvidas dos compradores.

Fonte: Infomoney

Mesmo com 13 milhões de desempregados, falta mão de obra para vagas da digitalização

Mesmo com 13 milhões de desempregados, falta mão de obra para vagas da digitalização

Apesar de o Brasil somar 13 milhões de desempregados, a falta de mão de obra qualificada para preencher vagas abertas pela digitalização já acende um sinal de alerta entre empresas e especialistas.

Uma pesquisa feita pela consultoria de recursos humanos Robert Half mostra que, enquanto a taxa de desocupação do país está em 13,7%, o índice entre a população qualificada, acima de 25 anos e com ensino superior completo, é menor que 6% – ou seja, estaria dentro da faixa do pleno emprego (entre 3% e 6%).

O sociólogo Glauco Arbix, professor da Universidade de São Paulo, afirma que hoje o país está sendo “beneficiado” pelo atraso. Apesar do avanço durante a pandemia, o índice de digitalização e automação do país é muito baixo. Ou seja, se o país estivesse num processo mais acelerado, possivelmente haveria um apagão de mão de obra qualificada.

Qualquer empresa que tenta acelerar a digitalização e automação no país esbarra na dificuldade de mão de obra qualificada, diz Arbix. O diretor executivo da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), José Muritiba, confirma a dificuldade. “Há um gap entre o que as empresas precisam e a oferta no mercado.”

Com novos investimentos, o mercado de tecnologia está em franca expansão e exige cada vez mais mão de obra. Quase todas as startups, diz Muritiba, estão com vagas abertas. Muitas optam por contratar um profissional menos maduro para a vaga e moldá-lo conforme a necessidade, por meio de cursos e atividades específicas.

Formação

Nessa busca por profissionais específicos e vendo a baixa oferta no mercado, a Cubos Tecnologia decidiu criar a Cubos Academy para formar programadores e designers de sites e aplicativos. “Sempre tivemos dificuldade para contratar alguém para nossas vagas. Então decidimos treiná-los e vimos que éramos bons nisso”, diz José Messias Júnior, presidente da empresa.

Hoje, diz ele, os alunos que chegam para fazer os cursos são de várias áreas, como artística ou de suporte. São pessoas que querem mudar de ramo seja por causa da remuneração ou porque entendem que suas ocupações estão aos poucos perdendo espaço no mercado.

Iode Reis, de 32 anos, foi um deles. Está fazendo o curso de programador. Ele trabalha com infraestrutura de redes e suporte, conhecido também como help desk. Segundo ele, boa parte do que era físico está sendo transferido para o sistema de nuvens e isso tem reduzido o volume de trabalhos. O número de chamadas que antes era de 30 a 40 por dia caiu para 7. E a quantidade de trabalhadores de 30 para 7.

Adão Gentil Teixeira não conseguiu seguir o mesmo caminho e foi uma das vítimas da falta de treinamento. Ele estudou desenho e projetos mecânicos no Senai e passou a trabalhar com um software, que tinha uma versão diferente a cada ano. “Meu salário não acompanhava a tecnologia. Fui ficando obsoleto e desatualizado”, diz o trabalhador de 50 anos, que não tem conseguido se encaixar nas exigências das empresas.

Para especialistas, a transformação que vivemos hoje pode ser comparada à transição da força de trabalho da agricultura para a indústria no início do século 20. “Daqui para frente, o que vamos ver é uma readequação do trabalho, com as atividades repetitivas sendo substituídas por recursos digitais”, diz o sócio diretor da consultoria Roland Berger, Marcus Ayres.

Fonte: Infomoney

Juros fecham em alta com piora do câmbio, tensão fiscal e pressão sobre a dívida

Juros fecham em alta com piora do câmbio, tensão fiscal e pressão sobre a dívida

Os juros futuros não sustentaram à tarde o movimento de queda visto até o final da manhã e fecharam a sexta-feira (16) em alta, retomando a tendência que o mercado considera como “natural” em meio ao cenário fiscal incerto e à forte pressão sobre a dívida pública. As taxas pioraram junto com o real, com o dólar se firmando acima dos R$ 5,60 na etapa vespertina e o mercado evitando passar o fim de semana exposto ao risco prefixado. Os vértices mais afetados foram os contratos curtos e os do miolo da curva, onde estão localizadas as grandes posições sujeitas tanto ao risco fiscal quanto à mudança na política monetária e também que coincidem com as ofertas do Tesouro.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 encerrou na máxima de 4,82%, de 4,695% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2022 encerrou em 3,38%, 3,315% ontem, e o DI para janeiro de 2025 fechou com taxa em 6,64%, de 6,595% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2027 subiu de 7,534% para 7,57%.

Após uma manhã marcada pela volatilidade, os juros começaram a tarde em queda moderada, enquanto o dólar ainda hesitava perto da estabilidade, mas na medida em que a moeda americana passou a ganhar força a curva também reagiu. “Não tivemos nada de novo à tarde, é mesmo o câmbio servindo de proxy para os DIs”, disse o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

Vitor Carvalho, sócio da LAIC-HFM, afirmou que, pelo volume fraco, hoje parecia ‘segunda-feira’ e, em função da proximidade do fim de semana, o mercado ficou mais leve e com pouco giro. “Já tivemos uma boa onda de stop loss em setembro, é muito difícil ficar doado nesse contexto de incerteza”, disse. Na sua visão, uma melhora poderia ocorrer caso a agenda de reformas andasse ou houvesse algum avanço nas discussões do Renda Cidadã.

Assim, diante dos fundamentos frágeis da economia e com a enorme preocupação sobre a rolagem da dívida de mais de R$ 630 bilhões que vence no primeiro semestre de 2021, o alívio visto entre o fim da manhã e o início da segunda etapa parecia mesmo ter vida curta. “Não tem muito motivo para melhora, o risco fiscal cresce à cada dia”, afirmou Carvalho.

Fonte: Jornal do Comércio

RS registra redução de 88,6 mil empregos formais em 2020

RS registra redução de 88,6 mil empregos formais em 2020

Sofrendo os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 e da estiagem que afetou as lavouras de verão, o Rio Grande do Sul registrou entre janeiro e agosto de 2020 a extinção de 88,6 mil vínculos de emprego formal, o que representou redução de 3,5% do contingente total de empregos do segmento mais protegido do mercado de trabalho.

Mulheres, trabalhadores menos escolarizados e a população com idade igual ou superior a 50 anos foram os mais afetados pela retração. Comércio e Serviços foram os setores da economia que mais apresentaram fechamento de vagas.

A variação do emprego formal, que teve como fonte os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, é um dos apontamentos disponíveis no Boletim de Trabalho, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

O documento, elaborado pelos pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos, é dividido em duas seções e também analisa o comportamento do mercado de trabalho no RS até o segundo trimestre do ano com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua/IBGE).

A oscilação nos números do emprego formal no RS acompanhou a tendência de agravamento da situação decorrente do enfrentamento ao coronavírus. Os resultados negativos se estenderam de março a junho, com o pior momento registrado em abril, quando 79,3 mil vínculos foram eliminados. De acordo com o Boletim, a partir de julho o mercado passou a apresentar sinais de recuperação, com a tendência de alta, tímida, porém, confirmada em agosto. Ainda assim, no acumulado de janeiro a agosto, a redução atingiu 88,6 mil empregos.

Na comparação com o Brasil, a variação do Estado entre janeiro e agosto foi mais negativa do que a média nacional (-2,19%) e a quinta pior entre os Estados, apenas à frente de Alagoas, Rio de Janeiro, Sergipe e Pernambuco. Considerando somente agosto, a recuperação no estoque de empregos formais no RS foi de 0,3% em relação a julho, percentual também abaixo da média brasileira (0,66%), o que representou a criação de 7.228 vínculos formais no Estado. No período, o total de vínculos de empregos formais chegou a 2,42 milhões de vagas.

Por setor, Comércio (-5,5%) e Serviços (-3,7%) tiveram as perdas mais significativas no emprego formal. A Indústria de transformação (-2,3%) e a Construção (-1,5%) apresentaram reduções mais brandas, enquanto a Agropecuária, setor em que o emprego formal é menos significativo do que a ocupação não formalizada, foi a única a registrar variação positiva (+0,1%).

Em números absolutos, as atividades mais afetadas no período foram o comércio varejista (-27 mil empregos formais), preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-16,5 mil), alimentação (-16,1 mil), transporte terrestre (-6,2 mil) e alojamento (-4,9 mil). Resultados positivos foram registrados na fabricação de produtos de fumo (+5,9 mil), atividades de atenção à saúde humana (+3,5 mil) e fabricação de produtos alimentícios (+2,7 mil).

As mulheres representaram 54,8% dos vínculos formais extintos nos oito primeiros meses de 2020, participação superior aos 47% que detêm no total de empregos formais do RS. Em termos de escolaridade, os mais afetados tinham Ensino Médio completo (43,5%), Ensino Fundamental incompleto (21,1%) e Ensino Fundamental completo (17,1%). No item idade, os empregados formais de 50 a 64 anos representaram 36,2% dos desligamentos no período.

Entre as nove Regiões Funcionais do Estado (RF), oito delas tiveram perdas de janeiro a agosto. Com exceção da RF2, que engloba os Vales do Rio Pardo e Taquari, beneficiada pela sazonalidade da cadeia do fumo, as demais registraram quedas importantes. A RF4, que inclui o Litoral Norte, teve a redução mais expressiva (-10,5%), seguida da RF1, de Porto Alegre e Região Metropolitana, e que responde por quase metade do emprego formal do RS, com -5,0%.

“Os números do mercado formal mostram com clareza as consequências da combinação de efeitos da pandemia com os da severa estiagem que tivemos em 2020. Entre as atividades mais afetadas, por exemplo, não é difícil associar os efeitos do distanciamento social, que modificou os hábitos da população por um período importante”, afirma o pesquisador Guilherme Xavier Sobrinho.

Quando a avaliação vai além dos vínculos de emprego formal, o Boletim de Trabalho mostra que a pandemia e a estiagem tiveram sua maior influência no mercado de trabalho no segundo trimestre do ano.

A Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT), que indica a porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão empregadas ou em busca ativa de trabalho, chegou a 58,6% no segundo trimestre de 2020 ante 63,6% no primeiro trimestre, o que significa que um grande número de pessoas saiu do mercado de trabalho.

Entre os destaques desta seção do Boletim está a evolução dos números dos trabalhadores por conta própria no RS, os autônomos, que registraram no segundo trimestre de 2020 a maior participação no contingente de ocupados no Estado (26,7%), enquanto os empregados com carteira assinada vêm reduzindo sua participação, que já chegou a 43,1% no primeiro trimestre de 2014 e agora está em 39%.

Em pleno contexto de pandemia, o número de trabalhadores por conta própria formais teve aumento de 21,8% no segundo trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que equivale a 97 mil pessoas, enquanto entre os informais houve redução de 160 mil ocupados na mesma base de comparação.

“Isso reforça que no contexto da recessão provocada pela pandemia, os trabalhadores informais têm sido atingidos de uma forma negativa e muito intensa”, diz Raul Bastos, pesquisador do DEE.

Ocupação e desocupação

O nível de ocupação – que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar – atingiu 53,1% no segundo trimestre de 2020 contra 58,3% nos três primeiros meses do ano, o menor nível da série temporal da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

O Boletim mostra ainda que a taxa de desemprego no RS representou 9,4% da população economicamente ativa entre abril e junho, ante 8,2% do segundo trimestre de 2019 e 8,3% do primeiro trimestre de 2020. No Brasil, a taxa chegou a 13,3% no segundo trimestre de 2020.

Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a desocupação no Estado aumentou mais entre os homens, os jovens de 15 a 29 anos, as pessoas com ensino superior incompleto e entre aquelas de cor preta ou parda.

Fonte: Jornal do Comércio

Crise tende a ser menos severa que a de 2015 e 2016, diz diretor do BC

Crise tende a ser menos severa que a de 2015 e 2016, diz diretor do BC

Diretor de fiscalização do Banco Central afirmou que índice de inadimplência e nível de ativos problemáticos não devem atingir os patamares de 2015 e 2016

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza, repetiu nesta quinta-feira, 15, a avaliação de que a atual crise decorrente da pandemia de covid-19 tende a ser menos severa do que a recessão de 2015 e 2016.

“Ninguém sabe ainda ao certo como vai ser o fim da atual pandemia, há muita incerteza. Mas pela própria retomada da atividade, o mercado já estima hoje uma queda menor do PIB em 2020”, afirmou, em entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2020.

Souza disse ainda que, em função dos últimos dados observados pelo BC, o índice de inadimplência e o nível de ativos problemáticos não devem atingir os patamares de 2015 e 2016. “É importante destacar que as provisões do sistema financeiro têm sido suficientes para cobrir essas perdas”, enfatizou.

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Para o diretor, com as taxas de juros em seus mínimos históricos, é possível alongar as operações das empresas em condições mais favoráveis para adequar suas capacidades de pagamento. “Temos preocupação com nível de endividamento, mas ao que tudo indica sairemos da crise de forma mais rápida do que aconteceu em 2015 e 2016”, completou.

Souza repetiu que o auxílio emergencial e a repactuação de dívidas foram importantes para ajudar a economia real e cobrir as necessidades de famílias e pequenas e médias empresas durante a pandemia de covid-19. Ele lembrou que apenas as operações adimplentes puderam ser repactuadas e reforçou que o BC acompanha o andamento dessas operações.

Fonte: Infomoney