A pandemia do novo coronavírus provocou uma queda nas vendas ou serviços comercializados em 36,1% das empresas em funcionamento no País na primeira quinzena de agosto. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por outro lado, 33,6% das empresas disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente, e outros 30,3% das companhias declararam ter registrado aumento nas vendas com a pandemia. Entre as regiões, houve diminuição das vendas em 40,7% das empresas do Sudeste. No Centro-Oeste, 39,8% relataram recuo nas vendas, enquanto no Norte esse porcentual foi de 38,3%.
Na região Sul, 46,2% sinalizaram que os efeitos foram pequenos ou inexistentes em relação à quinzena anterior. No Nordeste, 48,7% reportaram que houve aumento nas vendas. Entre os setores, 44,5% das empresas de Comércio tiveram redução nas vendas, com destaque para os segmentos de comércio varejista (48,9%) e comércio de veículos, peças e motocicletas (43,7%). Nos Serviços, 41,3% das empresas relataram maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes sobre as vendas em relação à quinzena anterior.
A queda nas vendas foi mais sentida entre as pequenas empresas. Entre as grandes empresas, 80,4% declararam efeito nulo ou aumento nas vendas, enquanto apenas 16,8% sinalizaram percepção de diminuição. Nas empresas de menor porte, 63,7% sinalizaram efeito nulo ou avanço nas vendas, enquanto 36,3% sinalizaram percepção de diminuição.
Por meio de acordo de líderes de bancada, a Assembleia Legislativa decidiu suspender a Ordem do Dia da sessão deliberativa de amanhã (16). Com isso, a votação dos projetos de lei que contemplam a proposta de reforma tributária do governo do Estado foi transferida para 23 de setembro. A decisão foi tomada nesta terça-feira (15) em reunião virtual conduzida pelo presidente Ernani Polo (PP), após sugestão do deputado Sérgio Turra (PP).
Em uma tentativa de conseguir aprovar o texto e atender às demandas apresentadas, o governador Eduardo Leite chegou a anunciar ajustes na proposta nesta segunda-feira (14). As principais mudanças giram em torno de ICMS e IPVA, que foram os pontos mais polêmicos durante as discussões.
No entanto, o projeto vem enfrentando forte oposição no Parlamento gaúcho. “Parece que o governo conseguiu piorar o texto, escancarando o objetivo de aumentar arrecadação, consolidando um aumento de impostos que era temporário”, afirma o deputado Giuseppe Riesgo (Novo), relator da subcomissão da reforma tributária na ALRS. O parlamentar critica especialmente a aplicação de alíquota de 27% na energia elétrica, telecomunicações e combustíveis até 2025. O texto anterior previa o retorno da alíquota, que hoje está em 30%, para o patamar de 25%.
Segundo Riesgo, atualmente não existe “clima” para a aprovação da reforma tributária. “Muitos deputados da base governista também não gostaram do novo texto”, afirma. Além disso, o parlamentar acredita que existem dúvidas legais em alguns pontos da proposta “As alíquotas progressivas do IPVA não são um ponto pacífico, há questionamentos judiciais sobre isso. Outras questões também podem gerar embates jurídicos”, destaca.
O secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, afirmou que a decisão unânime dos líderes de não realizar a votação da reforma tributária nesta quarta-feira é compreendida pelo governo do Estado como uma “disposição do Legislativo para seguirmos construindo juntos a melhor proposta”. Vivian lembrou que há emendas ao projeto que permitem contemplar questões de diferentes setores e regiões do Estado, trazidas por entidades e por parlamentares de diferentes partidos. “Sempre houve espaço e tempo para fazermos as construções necessárias”, finaliza o secretário.
De acordo com o governo gaúcho, se não for promovida uma reforma tributária no RS, o Estado perderá R$ 2,85 bilhões em arrecadação, dos quais cerca de R$ 850 milhões são das prefeituras. Além de buscar compensar essa queda na arrecadação, a reforma inclui entre os seus projetos um código de boas práticas tributárias e um programa de estímulo à conformidade tributária – Nos Conformes RS.
Principais ajustes do projeto
ICMS
1. Retirar contribuição de 10% dos insumos agrícolas para o Fundo Devolve-ICMS.
2. Simples Gaúcho: mantém isenção até R$ 360 mil de forma permanente e não somente em 2021, o que beneficia 74% das empresas gaúchas.
3. Alíquota intermediária de 12%
A proposta inicial previa reduzir de cinco (12%, 18%, 20%, 25% e 30%) para duas (17% e 25%). Agora, a ideia é ter uma terceira alíquota, de 12%, que incidirá sobre os seguintes produtos de forma escalonada:
• Produtos alimentícios atualmente isentos (hortifrutigranjeiros; leite pasteurizado; ovos; pão francês; maçãs e peras). Transição zero (2020), 7% (2021) e 12% (2022 em diante);
• Cesta básica de alimentos, que atualmente tem redução de base de cálculo (RBC) com alíquota efetiva de 7%. Transição 7% (2020), 12% (2021 em diante);
• Diesel e GNV (mantém alíquota nominal de 12% em vez de ir a 17% com RBC para 12%).
4. Alíquota para blue chips
Pela proposta inicial, as chamadas blue chips – energia elétrica residencial e comercial, telecomunicações e combustíveis –, que estavam majoradas em 30% desde 2015, voltariam ao patamar de 25% em 1º de janeiro de 2021.
Devido às alterações feitas na Reforma, o governo está propondo reduzir o ICMS nesses itens, para 27%, de forma temporária, até 2025 – quando vence o Ampara (fundo de combate à pobreza), que já incide 2% sobre os demais itens.
IPVA
1. Alíquotas progressivas por potência
Com o objetivo de tributar mais patrimônio e propriedade e menos produção e consumo, pois pesam mais no bolso da população de menor renda, a proposta era aumentar de 3% para 3,5% a alíquota de IPVA para automóveis e camionetas.
Agora, o governo propõe alíquotas progressivas de 3% a 4% conforme a potência do veículo. Os carros de menor potência – que representam 35% da frota – seguem com as alíquotas atuais, e os de maior valor – 25% da frota – sobem para 4%.
• Até 80 HP = 3%
• De 80 HP a 100 HP = 3,5%
• De 101 HP a 120 HP = 3,75%
• Acima de 120 HP = 4%
2. Mudança na isenção de veículos
Na proposta original, o governo previa isenção do IPVA para veículos fabricados há mais de 40 anos (e não 20 anos, como na atual legislação, que beneficia 46% dos veículos). Atendendo a demandas, a isenção passaria a ser para veículos com mais de 30 anos.
3. Retirada da isenção para híbridos e elétricos
Para equilibrar a as mudanças feitas na Reforma, o governo retirou a proposta que previa estender para os veículos híbridos, até 2023, a isenção já existente para os veículos elétricos.
4. Revogação da alíquota específica das locadoras
A revogação vai para o regime geral de tributação, então, pagará alíquota de acordo com o tipo de veículo
ITCD
1. Programa de incentivo à regularização
O ITCD é o imposto sobre a transmissão gratuita de bens móveis ou imóveis e também de direitos, incluindo a sucessão (causa mortis). Com o mesmo objetivo de tributar mais patrimônio e menos produção e consumo, a proposta inicial de adotar faixas de alíquotas progressivas para causa mortis, de 7% e 8%, e de alíquotas progressivas para doações, de 5% e 6%, foi mantida.
O governo propõe criar, ainda, um programa de incentivo à regularização de propriedades que estejam em débito. Os detalhes ainda serão definidos.
Outras alterações:
1. Reforço da previsão da retirada da Difal (Diferencial de alíquotas, “imposto de fronteira”) na lei
2. Detalhamento em lei dos parâmetros de devolução do Fundo
3. Diferimento parcial do ICMS nas operações com Substituição Tributária (ST)
4. Atendimento aos pleitos do vinho (regras de diferimento parcial para redução da carga)
As medidas de controle nos gastos com pessoal e as alterações nas regras do RH do setor público em discussão na reforma administrativa podem resultar em uma economia entre R$ 673 bilhões e R$ 816 bilhões em dez anos, para União Estados e municípios, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O impacto é fruto do congelamento de salários por dois anos, já aprovada pelo Congresso, e de eventuais mudanças nas carreiras daqui para frente, cujas propostas ainda estão em discussão dentro do governo.
Os Estados e o Distrito Federal são os que têm mais espaço para frear os gastos com a folha do funcionalismo e podem poupar de R$ 286,2 bilhões a R$ 339,7 bilhões na comparação com um cenário sem reforma. Nos municípios, a redução de despesas pode ficar entre R$ 200 bilhões e R$ 224 bilhões. Para a União, o estudo estima a possibilidade de economia de R$ 186,9 bilhões a R$ 252,3 bilhões.
As estimativas serão divulgadas pelo Ipea na nota técnica “Ajustes nas despesas de pessoal do setor público: cenários exploratórios para o período 2020-2039”, à qual o Estadão/Broadcast teve acesso. A ideia do órgão é subsidiar o debate que começa agora na Câmara com o início da tramitação da reforma administrativa, que muda a forma como os servidores são contratados, promovidos e demitidos.
Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se antecipou e citou um potencial de R$ 300 bilhões de diminuição dos gastos com a reforma, um número que já considera parte das projeções feitas pelo Ipea. Nas contas do órgão, iniciativas para reduzir a reposição de servidores daqui para frente, cortar salários iniciais para novos entrantes e alongar os degraus das carreiras podem resultar em impactos de R$ 202,5 bilhões a R$ 318,5 bilhões nas três esferas, a depender do alcance das medidas.
A outra parte da economia viria do congelamento dos salários de servidores federais, estaduais e municipais, medida aprovada este ano juntamente com o socorro financeiro concedido a Estados e municípios devido à pandemia da covid-19.
Embora a proibição a reajustes valha por dois anos, seu efeito é perene, uma vez que aumentos futuros ocorrerão sobre uma base salarial menor.
Considerando que, a partir de 2022, os reajustes correspondam sempre à inflação anual, sem compensações para “devolver” o período de congelamento, o Ipea avalia que essa medida causa um deslocamento permanente para baixo das despesas de pessoal. Por isso, a economia em uma década pode ser de R$ 470,7 a R$ 503,5 bilhões, segundo o Ipea.
Oficialmente, o governo não enviou junto com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa nenhum cálculo da economia potencial. A justificativa é que a conta depende ainda de decisões sobre as carreiras dos servidores, que não estão contempladas no texto da PEC e que ficarão para projetos de lei, numa segunda fase da reforma, porque dependem inclusive da aprovação da mudança constitucional.
Impactos
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Junior, diz que a divulgação dos cálculos pretende auxiliar a sociedade e os tomadores de decisão – Executivo e Parlamento – a entender os possíveis impactos fiscais de diferentes conjuntos de medidas e as condições necessárias para torná-las efetivas. “A ideia foi fazer uma avaliação de projeções de gastos com pessoal sob diferentes hipóteses e cenários”, explica.
Apesar de a PEC do governo ter deixado de fora os membros de Poderes (como juízes, desembargadores, procuradores e parlamentares), os cálculos do Ipea adotam como premissa a inclusão dessas categorias nas medidas de ajuste. “Os juízes estão incluídos, mas é bom lembrar que o objetivo do estudo não é estimar a economia especificamente com a PEC enviada. O objetivo é avaliar determinadas medidas que podem ser classificadas como reforma administrativa. De qualquer forma, o tipo de medida avaliado sobre a carreira específica de juiz não teria impacto fiscal elevado”, afirma o diretor.
Cenários
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elaborou três cenários (A, B e C) para simular a economia potencial da reforma administrativa e do congelamento de salários do funcionalismo por dois anos. Em comum, eles consideram uma redução de 30% no salário inicial para novos servidores federais, estaduais e municipais, além de uma reposição das vagas em número menor que o total de aposentadorias.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Junior, frisa que o grupo dedicado ao trabalho não se debruçou em medir a probabilidade de sucesso de cada um dos cenários, ou seja, as chances de cada conjunto de medidas ser aprovado no Congresso Nacional.No cenário A, os salários de todos os servidores estaduais e municipais ficam congelados por dois anos, enquanto na União a medida alcança apenas os estatutários (servidores que ingressaram por meio de concurso público e ganham estabilidade após três anos de estágio probatório). Em todas as esferas, o salário inicial fica em 70% do respectivo valor atual.
Para os servidores federais, apenas estatutários, dobra-se o tempo para que os novos entrantes cheguem ao topo de carreira, e a taxa de reposição (novas contratações ante número de novas aposentadorias) fica em 90% em cargos de nível superior e 50% em cargos de nível médio.
Já para Estados, o cenário A prevê uma taxa de reposição de 90% para todos os servidores (estatutários e não estatutários) e redução do salário inicial dos novos entrantes também de 30%. O estudo adota a premissa de que os ganhos auferidos pelos municípios sejam uma fração dos ganhos para os Estados.
Considerando todas essas premissas, a economia potencial em uma década é de R$ 470,7 bilhões com o congelamento salarial e de R$ 202,5 bilhões com as alterações nas carreiras.
Segundo o Ipea, dois tipos de efeitos sobre as despesas com não estatutários seriam teoricamente possíveis: de um lado, a redução do contingente de estatutários poderia levar à maior contratação de temporários ou celetistas para evitar comprometer alguns serviços públicos, elevando a despesa.
Estatutários
No cenário B, inclui-se os servidores não estatutários nas medidas válidas para a União, sob a hipótese de que o ganho potencial com isso corresponde a 50% do ganho obtido com os estatutários. Esse cenário pressupõe ganhos “expressivos” de produtividade no serviço público, segundo o Ipea.
Com isso, a magnitude da economia total para a União e para o setor público como um todo aumenta. No cenário B, o impacto do congelamento chega a R$ 503,5 bilhões, e o das mudanças nas carreiras, a R$ 235 bilhões em dez anos. Toda a diferença vem do governo federal, já que Estados e municípios permanecem com estimativas iguais às do cenário A.
No cenário C, o mais otimista em termos de alcance das medidas, considera o cenário B com uma diferença: a de que a taxa de reposição nos Estados e municípios seja de 50%, ou seja, cinco novos contratados a cada dez novos aposentados. Com isso, o congelamento resultaria em economia de R$ 497,7 bilhões, e as alterações nas carreiras, de R$ 318,5 bilhões em uma década.
A folha de pessoal e encargos sociais representa o segundo maior item de despesa no orçamento da União – respondendo por quase 22% do total das despesas primárias. Nos Estados, corresponde a 56,3% das despesas totais e a 76,1% da receita corrente líquida.
Entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 40,56/m²)
Os brasileiros que desejam alugar um imóvel para morar viram o preço médio da locação recuar pelo terceiro mês consecutivo em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15), pelo índice FipeZap, que acompanha as variações de preço nas 25 principais cidades do país.
Após recuar 0,13% em junho e 0,4% em julho, o indicador apresentou queda de 0,28% em agosto. A variação corresponde a uma queda real nos preços por ser inferior às registradas pela inflação oficial (+0,24%) e pela inflação do aluguel (+2,74%).
Com o novo recuo mensal no preço médio dos imóveis disponíveis para locação, caiu também o avanço acumulado de 2020 para 2,45%. Apesar de inferior, a variação ainda resulta em uma alta real de 1,74%, já que o IPCA (Índice de Preços ao Consumido Amplo) para o período é de 0,7%.
Com base em dados de todas as 25 cidades monitoradas, o preço médio do aluguel encerrou agosto em R$ 30,50 por m². Significa dizer que se tornar locatário de um apartamento padrão, com 65 m² e até dois dormitórios, no Brasil sai por, em média, R$ 1.982,50.
Entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 40,56/m²), seguida pelos valores médios registrados em Brasília (R$ 32,34), Recife (R$ 30,63) e Rio de Janeiro (R$ 30,49).
Por outro lado, os menores valores de locação residencial entre as capitais foram verificados em: Fortaleza (R$ 17,29/m²), Goiânia (R$ 17,75), Curitiba (R$ 20,81) e Salvador (R$ 23,91).
O governo de Eduardo Leite fez um autêntico check-up, tipo o que as pessoas fazem para verificar a condição de saúde, nos incentivos fiscais concedidos a empresas e setores para tentar identificar impactos na economia, mas pouco conseguiu confirmar. A intenção de verificar os efeitos serviria de subsídio para mudanças na política de desonerações e outros instrumentos na área, que somaram R$ 8,5 bilhões em 2019, dentro da reforma tributária em discussão. O estudo será apresentado nesta segunda-feira (14) pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
O trabalho é considerado pioneiro no Brasil ao tentar rastrear ‘provas’ de que abrir mão de receita tributária tem retorno, principalmente para compensar o desfalque das desonerações ou adiamento no recolhimento para o caixa combalido do Tesouro e as demandas ascendentes. A intenção é ampliar o exame, desenvolver metodologias que possam medir os efeitos e até quais são os indicadores que precisam ser analisados para associar incentivos a retornos esperados.
Na conta do “gasto tributário”, termo usado pela equipe da Sefaz, estão as isenções e reduções de base de cálculo, os créditos presumidos e as desonerações adicionais concedidas para as micro e pequenas empresas no chamado Simples Gaúcho, que é um dos alvos da reforma.
“Ao invés do benefício do Simples Gaúcho, seria mais apropriado o Estado adotar outras medidas que reduzam a carga tributária na aquisição de insumos e que direta ou indiretamente beneficiem as pequenas empresas e o setor produtivo gaúcho”, observa o documento, em suas conclusões.
O crédito presumido, cerca de R$ 3 bilhões anuais, é o principal instrumento focado nas empresas. Depois de elevação até o fim dos anos de 1990, que coincide com a atração de grandes parques, como a fábrica da General Motors, houve estabilidade, mantendo-se em 0,8% do PIB gaúcho. O conjunto de incentivos se mantém em 1,8% do Produto Interno Bruto.
Em busca dos impactos e de quanto a concessão de benefícios é propulsora dos setores ou de mais valor na economia, o estudo utilizou a matriz de insumo-produto da economia gaúcha – na qual estão os setores e peso de cada um e que é referência para o PIB -, e indicou que raramente os benefícios fiscais “se pagam por gerarem um efeito multiplicador que produza um ganho de arrecadação que se aproxime do seu custo”.
O coordenador do Grupo de Técnico da Sefaz, o economista Sérgio Gobetti, diz que o setor de biocombustíveis foi o que mais se aproximou de um equilíbrio entre custos e benefícios. Análises feitas sobre impactos para o emprego também não encontraram relação dos incentivos com maior expansão de vagas.
O documento aponta que, após as análises econômicas dos benefícios fiscais, com distintas metodologias, faltam “evidências significativas e conclusivas a respeito da eficiência e eficácia dos benefícios fiscais”. Algumas razões passam pela diversidade de fatores que influenciam o desempenho de cada setor. Há ainda benefícios que têm efeitos para empresas e menos para o setor, pela forma como são aplicados.Um caso é o da indústria de veículos, que concentra quase metade do incentivo que chegou a R$ 946 milhões no ano passado.
Já benefícios que atingem a cadeia, que envolve o aço, conseguem distribuir mais efeitos. Já o desempenho positivo em receitas de segmentos no período analisado (2006 a 2019) pode ser associado a condições de mercado e menos a incentivos, o que reforça, que não é possível “atestar nem refutar” a hipótese dos retornos econômicos e sociais ligados à concessão de benefícios.
Sobre eventual revisão de benefícios, que tem sido cobrada por segmentos críticos a esse tipo de política, Gobetti observa que, no ambiente da pandemia, que afeta mais determinados setores, recomenda-se cautela na revisão. Já áreas que sofrem menos com a crise sanitária, como o de processamento de alimentos, de carnes e laticínios, poderiam ter mudanças em incentivos.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira, 10, que o que tem de valer na definição do preço do arroz nos mercados é a lei da oferta e da procura. Ele repetiu que não pode dar uma “canetada” para tabelar o preço do grão.
Na live semanal, ao lado da youtuber mirim Esther Castilho e do presidente da Embratur, Gilson Machado, Bolsonaro sustentou que as conversas que teve com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, André Mendonça, visavam encontrar soluções para a disparada do preço do arroz “dentro das normas do mercado”.
Uma das medidas que ele disse ter discutido com Mendonça foi o acionamento da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor para investigar, junto a redes de supermercado, por que o preço do produto subiu tanto. “Ele disse que pode e ponto final. Porque, ao chegar a resposta, pode ser que nós é que os errados sejamos nós e o governo federal toma uma providência”, disse o presidente.
Já na área da economia, Bolsonaro lembrou que houve autorização para o Brasil importar 400 mil toneladas de arroz isentas do imposto de importação.
Ao explicar, na live, a alta do preço do grão, o chefe do Executivo federal afirmou que o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 fez a população consumir “um pouco mais” e, como há dezenas de milhões de beneficiários, “ajudou a desaparecer um pouco a mercadoria das prateleiras”.
Ele mencionou, ainda, o dólar valorizado ante o real, acrescentando que tem conversado com ministros e com o Banco Central o que o governo federal pode fazer “legalmente” para a moeda americana “não subir tanto”.
Sobre suas conversas com representantes de supermercado, Bolsonaro relatou ter ouvido deles que sua margem de lucro “será reduzida o máximo possível para colaborar”. “Porque a economia tem que pegar, o Brasil tem que dar certo”, completou.
Os pedidos de seguro-desemprego somaram 463.835 em agosto, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia. O número representa uma queda de 18,7% em relação a julho deste ano, quando foram registrados 570.602 pedidos. Na comparação com agosto do ano passado, houve uma redução de 18,2% em relação aos 567.069 requerimentos daquele mês.
Apesar da queda em agosto, as solicitações do benefício no acumulado de janeiro a agosto de 2020 chegaram a 4,985 milhões, o que representa um aumento de 7,5% em relação aos oito primeiros meses de 2019 (4,635 milhões de pedidos). Segundo o ministério, do total de requerimentos apresentados na primeira quinzena de agosto, 64,1% foram feitos pela internet, em razão do período de pandemia da Covid-19 e da necessidade de atendimento remoto.
Os três estados com maior número de pedidos foram São Paulo (138.397), Minas Gerais (51.200) e Rio de Janeiro (37.348). Entre os setores, a maior concentração de solicitações ocorreu em serviços (43,2%), seguido pelo comércio (26,4%), indústria (14,7%), construção (9,7%) e agropecuária (4,8%).
O seguro-desemprego é pago ao trabalhador com carteira assinada demitido sem justa causa. O trabalhador tem até 120 dias após a demissão para pedir o benefício, que pode ser solicitado via internet por meio do portal de serviços do governo e pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. É necessário cumprir algumas regras, como ter recebido salários em pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses na primeira solicitação e não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social.
Com a forte demanda da China por alimentos, a consolidação do câmbio no patamar de R$ 5,30 está pressionando os preços dos alimentos para os brasileiros. Isso já faz os economistas revisarem para cima as projeções de inflação do ano e provoca uma queda de braço entre supermercados e fornecedores para tentar frear os repasses, num momento em que o consumo está fraco.
“A minha expectativa era de que a inflação ao consumidor ficasse até abaixo de 2%. Agora estou revendo para 2,3%, estou chegando no piso da meta”, diz o economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas.
O economista Fabio Silveira, sócio da MacroSector, que antes projetava inflação do ano em 2,7%, está revendo para 3,3% por causa da alta da comida.
Braz observa que os preços dos alimentos no atacado subiram 15,02% em 12 meses até agosto. Os alimentos no varejo no mesmo período aumentaram 8,5%, um pouco mais da metade. “Alimento foi o grupo que mais subiu no varejo.”
Essa alta vem sendo sentida pelos supermercados que nesta semana enviaram comunicado para Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), denunciando os reajustes de preços de arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, a alta tem sido generalizada e repassada pelas indústrias e fornecedores. “A partir do final de agosto, começamos a perceber uma elevação muito grande nas tabelas, na faixa de 20% para óleo de soja e arroz”, diz o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos.
Ele conta que o setor também procurou o Ministério da Agricultura para tentar retirar tarifas de importação, especialmente do arroz, de 8%. Mas a decisão do ministério, segundo Santos, foi não mexer, por enquanto na alíquota.
Santos diz que no momento não vê risco de desabastecimento e que o setor recorreu ao governo porque não quer ser responsabilizado pelas altas de preços. “Compramos e repassamos.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, pedir lucro “próximo de zero” aos donos de supermercados, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou nesta quarta-feira (9) empresas e associações cooperativas ligadas à produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica para questionar a alta nos preços dos produtos. De acordo com o documento, todos terão cinco dias para responder aos questionamentos.
No texto, a Senacon justifica que, “diante do sensível aumento de preços de itens da cesta básica, em especial do arroz, a Secretaria Nacional do Consumidor decidiu notificar o setor produtivo e comercial para esclarecer as causas do aumento nos alimentos que compõem a cesta básica brasileira”.
“O aumento de valores foi notado especialmente em relação ao arroz que, apesar dos positivos volumes produtivos da última safra brasileira, informados pela Conab, teve significativo incremento de preços na prateleira”, diz outro trecho da notificação.O intuito da medida, ainda de acordo com a secretaria do MJ, é, após a devida análise, buscar “coibir aumentos arbitrários”.
A notificação destaca trecho do Código de Defesa do Consumidor em que considerada uma prática abusiva “elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços”.
No prazo de cinco dias, os estabelecimentos deverão informar quais os produtos da cesta básica possuem maior variação de preço no último mês, quais são os três principais fornecedores do produto, qual o preço médio praticado pelos fornecedores nos últimos seis meses, entre outras questões.
Algumas perguntas para se fazer antes de sacar o cartão da carteira: ‘eu realmente preciso desse produto?’, ‘qual a sua qualidade e durabilidade?’
Está com dificuldade para controlar os gastos, exagera nos supérfluos e entra sempre no limite do cheque especial? Você sabia que o pensamento minimalista pode te ajudar a melhorar a sua situação financeira?
A palavra do momento prega uma vida simples, com menos consumo, gastos, sem exageros e mais sustentável.
Usar alguns “truques” das especialistas ouvidas pelo R7 Economize podem ajudar a virar a chave e abandonar o consumismo de vez.
“Ser minimalista é aplicar uma consciência diferente na forma de gastar dinheiro, mais simplificada, compacta e versátil”, diz Carol Sandler, criadora do canal Finanças Femininas.
Foi o que fez a engenheira civil Marina Duarta Maia há oito anos. Ela conta que começou a ficar incomodada com as coisas dentro de casa e “parecia que nunca conseguia organizar nada”.
“Comecei a desapegar das coisas em excesso. Vendi as minhas roupas, sapatos e móveis”, conta Duarte.
O incentivo financeiro da venda a deixou ainda mais animada para desapegar e não comprar nada além do necessário. Também a estimulou a influenciar outras pessoas a terem uma vida mais simples.Percebi que dessa forma eu tinha muito mais tempo para aproveitar as coisas que gostava e para ficar com a família Marina Duarte Maia
Marina mostra o seu estilo de vida em sua página no Instagram, que já conta com 29,2 mil seguidores, e que é possível “viver somente com o essencial e ser feliz”.
“Gosto de mostrar como a vida minimalista pode ser mais leve e como fazer para desapegar das coisas em excesso e evitar o consumismo”, afirma a engenheira.
A seguir, Carol e Marina listam algumas dicas que podem te ajudar a evitar compras desnecessárias ou por impulso.
8 atitudes minimalistas para ter antes de comprar
1- Evite compras por impulso
Nunca saia para fazer compras sem antes planejar. Pare, analise preços e marcas para chegar na melhor opção antes de sair gastando.
2- Faça uma lista de desejos
Marina diz que muitas vezes prefire deixar um produto na sua ‘lista de desejos’ durante algum tempo para perceber se realmente precisa dele.
Ela também cria estratégias para “não cair em tentação”. Ela conta que adora utensílios de cozinha, pois gosta de criar receitas, mas sabe que muitos, por mais maravilhosos que pareçam, acabam não sendo utilizados.
Como forma de evitar o consumo desnecessário, ela evita passar em lojas ou seções desses produtos.
Depois da “quarentena” na lista de desejos, ela se faz as seguintes perguntas:
• Vou realmente usar isso? • Preciso mesmo disso ou tenho algum outro produto com utilidade parecida? • Preciso comprar agora ou posso esperar para ver se realmente preciso?
Se ainda assim ela ver que o produto vale realmente a pena, ela o compra.
3- Verifique a durabilidade do produto
Antes de encarar uma compra, Carol aconselha a se questionar sobre a durabilidade e a qualidade do produto.
“Cada peça de roupa, por exemplo, tem de combinar com seu armário para conseguir ter uma versatilidade”, diz Carol.
4- Cancele os e-mails promocionais
Deixe de assinar todas as newslatter de lojas que costuma receber. Classifique-os como spam e não abra nem por curiosidade.
5- Rede social sem marcas e influenciadores
Muitos influenciadores acabam despertando seu interesse por certos produtos, segundo Carol, por isso é melhor evitar esse estímulo ao consumo. O mesmo ocorre com as redes sociais das suas marcas preferidas.
6- Evite frequentar shoppings
Reduza as idas aos shoppings centers e lojas de rua. Sem estímulo, sem consumo.
7- Guarde o cartão de crédito
Utilize boletos, dinheiro ou transferências como forma de pagamento, “pois dessa forma é muito fácil de evitar certas tentações”, segundo Carol.
“Tire o cartão de crédito da carteira, deixe-o guardado em uma gaveta. Use o cartão somente para imprevistos e emergências.”
8- Respire e pense melhor
Se você está visitando o site de uma loja ou o estabelecimento físico na tentação de comprar algo não planejado, saia do local (micro ou loja) e respire durante 10 minutos antes de voltar.
“Muitas vezes esses 10 minutos são suficientes para botar um freiro no impulso de consumir e esquece que queria comprar algo”, finaliza Carol.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Márcia Rodrigues
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