Senado aprova nova ajuda a estados no valor de R$ 9 bilhões

Senado aprova nova ajuda a estados no valor de R$ 9 bilhões

Os senadores aprovaram, em sessão remota nesta quarta-feira, medida provisória que destina R$ 9 bilhões para estados e municípios investirem nas ações de combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.Os recursos serão originários do FRM (Fundo de Reserva Monetária), que é coordenado pelo Banco Central (BC), mas que não recebe recursos desde 1988. Em 2016, o TCU (Tribunal de Contas da União (TCU) considerou irregular o fundo, determinando que houvesse uma destinação dos recursos.A proposta foi aprovada por 75 votos favoráveis e nenhum contrário. A medida provisória perderia a validade no próximo dia 18, caso não fosse apreciada. A matéria vai à sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Originalmente, o texto destinava que o recurso fosse encaminhado para o abatimento da dívida pública dos entes federados. O relator na Câmara, deputado Luís Miranda (DEM-DF), alterou a destinação dos recursos, para que fossem utilizados nas ações de combate ao vírus.No Senado, a medida foi relatada pelo líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), que manteve o texto aprovado pelos deputados. Segundo o senador, o recurso será destinado repartido entre estados e municípios de forma igualitária, na proporção de 50% para estados e 50% para os municípios. “Esse é um recurso novo, que vem de um fundo novo, que será destinado de forma igualitária a estados e municípios, que precisam muito neste momento”, informou Gomes.

De acordo com a medida, para receber os recursos, estados e municípios deverão apresentar protocolos de atendimento com base nas regras determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao coronavírus.Os entes federados também terão de divulgar os gastos com contratação de serviços e compra de insumos e equipamentos e contratação de serviços. Será obrigatória a divulgação do nome das empresas contratadas, o número de inscrição na Receita Federal, prazos contratuais, valores envolvidos e processos de compras e contratações.

O recurso oriundo desta medida provisória deverá chegar aos cofres públicos antes do projeto que prevê ajuda financeira de aproximadamente R$ 125 bilhões, que foi aprovado no último dia 6.Após ter sido aprovado com uma flexibilização do congelamento salarial – o que, na prática, abriu brechas para que sejam concedidos reajustes para algumas categorias como policiais e professores, o projeto ainda não foi sancionado.O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o veto do presidente ao reajuste salarial. O presidente, que já afirmou que irá vetar parte do projeto, tem até o próximo dia 21 de maio para sancionar a proposta. Enquanto isso, estados e municípios estão sem receber os valores para ajudar no combate à pandemia.

O pacote prevê que R$ 10 bilhões serão repassados diretamente para o enfrentamento ao coronavírus – R$ 7 bilhões aos cofres de estados e do Distrito Federal e R$ 3 bilhões aos dos municípios.O restante do valor a ser transferido (R$ 50 bilhões) será distribuído de duas formas, sendo R$ 30 bilhões distribuídos diretamente aos estados e ao DF e os outros R$ 20 bilhões municípios.

O rateio será feito segundo a regra de proporção, levando em consideração critérios mistos, como as perdas de ICMS (imposto estadual) e de ISS (municipal) causadas pela pandemia e o número de habitantes.Apesar de o governo ter aceitado elevar o valor das transferências diretas para R$ 60 bilhões, o montante ainda ficou abaixo da versão do plano de auxílio aprovado pela Câmara em abril, que, segundo o Tesouro Nacional, poderia ter custo acima de R$ 200 bilhões.

Fonte: Jornal do Comércio

Isolamento social faz vendas on line crescerem 48,3%

Isolamento social faz vendas on line crescerem 48,3%

O resultado do faturamento do comércio eletrônico nos quatro primeiros meses de 2020 somou R$22,9 bilhões  (de 1º de janeiro até 30 de abril de 2020), 32% do resultado de todo 2019. O destaque se dá com o inicio do afastamento social e restrição de circulação.

Entre os dias 17 de março e 27 de abril deste ano, o comércio online brasileiro chegou a R$ 8,4 bilhões em faturamento, variação de 48,3% sobre o período de 19 de março a 29 de abril de 2019 (R$ 5,7 bilhões).

As quatro principais categorias que promoveram o crescimento das vendas online nessa fase foram: eletrônicos, casa e decoração, Informática e itens de consumo rápido.

Os dados foram divulgados juntos com a 41ª edição do Webshoppers, considerado o mais amplo relatório sobre e-commerce do país, elaborado semestralmente pela Ebit|Nielsen, em parceria com a Elo.

Segundo o relatório, em 2019, o faturamento do comércio digital brasileiro cresceu 16,3% em relação ao ano anterior. O setor movimentou R$ 61,9 bilhões, no total. O valor atingido foi impulsionado pelo aumento de 21% no número de pedidos: 148 milhões de compras online ano passado, frente a 123 milhões em 2018.

O aumento do número de pedidos foi acompanhado pelo maior número de novos consumidores: 10,7 milhões de pessoas estrearam suas compras no ambiente online, alta de 9% sobre 2018.

A oferta de frete grátis auxiliou na melhora de desempenho dos canais de venda. As compras online, sem taxa de entrega, representaram 48% do total em 2019, com um aumento de 28% nos pedidos desse tipo. Já o frete pago teve expansão de 15%.

Apesar do bom desempenho de canais como autosserviço (aumento de 63% em 2019) e farmácia (32%, no mesmo ano, sempre em comparação com o anterior), as lojas de departamentos continuam como o principal segmento de compras digitais: os pedidos representaram 50% do total em 2019; contra 49% em 2018.

A Black Friday 2019 consolidou a data como a mais importante para o e-commerce brasileiro, com faturamento de R$ 3,21 bilhões e uma alta de 24% sobre o mesmo período de 2018. Os dias de promoção superaram as compras para o Natal, que faturou R$ 2,60 bilhões em vendas.

Em novembro (mês da Black Friday), as compras por meio de aparelhos mobile superaram as aquisições feitas em desktops (computadores de mesa). Em 2019, o faturamento total de mobile foi de R$ 25,9 bilhões, variação positiva de 55% sobre o ano anterior, o que representou 41,8% do faturamento total (ganho de importância de 10.5 pontos percentuais versus 2018).

Fonte: R7

Com Covid-19, e-commerce já é 48% maior que no mesmo período de 2019

Com Covid-19, e-commerce já é 48% maior que no mesmo período de 2019

A pandemia de Covid-19 fez os números do e-commerce brasileiro explodirem. Uma pesquisa que traz os dados consolidados de 2019 no comércio eletrônico mostrou o quanto a quarentena já influenciou nos números dos primeiros meses de 2020. Em relação ao mesmo período do ano anterior (da segunda quinzena de março até o fim de abril), houve crescimento de 48,3%. Comparado ao período pré-covid (do início de fevereiro à primeira quinzena de março), o crescimento foi de 14,4%.No consolidado de 2019, o e-commerce ultrapassou a marca de R$ 60 bilhões em faturamento e atingiu 148 milhões de pedidos.

E de 1º de janeiro até 30 de abril de 2020, já foi atingido 32% do resultado de todo o ano anterior. Os dados integram a 41ª edição do Webshoppers, o mais amplo relatório sobre e-commerce do País elaborado semestralmente pela EbitNielsen – em parceria com a Elo.No ano passado, o faturamento do e-commerce brasileiro cresceu 16,3%, para R$ 61,9 bilhões, impulsionado pelo aumento de 21% no número de pedidos. O aumento do número de pedidos foi acompanhado pelo maior número de novos consumidores: apenas no ano passado, 10,7 milhões de pessoas estrearam suas compras no ambiente online, alta de 9% sobre 2018.

Fonte: Jornal do Comércio

Saiba como organizar as finanças pessoais durante a quarentena

Saiba como organizar as finanças pessoais durante a quarentena

A pandemia de covid-19 tem forte efeito sobre a receita das empresas e também na renda das famílias. Diante da nova realidade da economia brasileira e nesse cenário de incertezas, é ainda mais fundamental cuidar bem das finanças pessoais. A seguir, a planejadora financeira Annalisa Dal Zotto, sócia da ParMais, dá algumas dicas:

Tenha controle financeiro
Isso vale para todos os momentos, não somente os de crise, apesar de agora ser mais fundamental do que nunca.
Por isso, anote tudo o que você ganha e o que você gasta, inclusive as despesas pequenas, e depois faça uma análise criteriosa, identificando onde é possível cortar gastos e economizar.

Monte um fluxo projetado
Faça uma projeção das rendas e despesas da família para, pelo menos, os próximos 12 meses.
Para autônomos é mais difícil mensurar as receitas. A sugestão é aplicar um percentual de redução nesta fase de crise até que tudo retorne ao normal.

Reduza os custos
Após montar o fluxo, observe os custos fixos e avalie quais deles podem ser postergados ou reduzidos (aluguel, por exemplo, mediante negociação direta com o proprietário).

Débitos automáticos
Se você utiliza conta em banco, confira todos os débitos automáticos. Muitas vezes temos pacotes de TV, internet, celular, etc., que são poucos utilizados e estão em débito automático. Agora que estamos de quarentena em casa, é hora de sair da inércia e ligar para reduzir os valores ou até mesmo cancelar o que não usa mais.

Compras parceladas
Neste momento de incertezas, é importante não realizar ou evitar as compras parceladas. O cartão de crédito pode se tornar um grande vilão. Procure comprar somente o essencial e tome muito cuidado com as compras online. Atente-se às parcelas já existentes. Evite se endividar.

Risco de demissão
Caso você veja que a demissão pode estar perto, a sugestão é já pensar em um plano B. É importante manter-se em contato com pessoas de sua área, amigos e até descobrir novas habilidades.

Esteja atento às políticas impostas pelos governos e bancos
Caso tenha tido acesso ao auxílio emergencial de R$ 600, e seja possível, utilize esse dinheiro apenas para comprar alimentos e produtos de higiene. O ideal é separar uma parte para os imprevistos que podem surgir. Para pessoas com financiamento habitacional ou empréstimos bancários, as instituições financeiras estão adiando o pagamento de duas prestações da casa ou do carro para os próximos 60 dias. Os bancos e cooperativas estão disponibilizando linhas de crédito atrativas para pessoas físicas e jurídicas. Por isso, é importante conversar com o seu gerente.

Investimentos com alta liquidez
Avalie os investimentos que possuem alta liquidez, ou seja, que possuem resgate automático. Sabendo desse valor disponível, é possível evitar empréstimos em instituições financeiras.

Reserva de emergência
Estima-se que 1/3 dos brasileiros tem algum dinheiro guardado. Se você faz parte desse grupo, a primeira coisa a fazer é organizar sua reserva de emergência.

É em momentos de crise como este, em que pode ocorrer a diminuição do salário, desemprego, interrupção das atividades e consequentemente da renda, que devemos utilizar a reserva de segurança. Caso não precise mexer nesse dinheiro agora, deixe-o aplicado em investimentos de baixíssimo risco e alta liquidez. Prefira fundos de renda fixa, poupança, CDB de bancos e títulos públicos do tipo Tesouro Selic.

Solidariedade econômica
Em crises como a que estamos vivendo, muitos trabalhadores acabam perdendo seus empregos ou têm sua fonte de renda diminuída. Somos uma grande rede, então, por exemplo, se a manicure não recebe nada por muito tempo, ela não tem como comprar algo no mercado do seu bairro e, como consequência, o mercado não consegue pagar em dia seu fornecedor, que pode quebrar e demitir funcionários e assim por diante.

Ajude o micro e pequeno empresário
Sem ignorar o dano que todos sentirão, é inegável que isso será mais sentido nas micro e pequenas empresas e empresários individuais. Por isso, podemos mudar o hábito de comprar na grande rede de supermercados e varejo e focar naquele “mercadinho” do bairro.

Mantenha os pagamentos em dia
Se você tem suas receitas em dia ou tem reserva de segurança, faça um esforço para manter seus pagamentos mensais, ainda que o profissional não possa entregar a contraprestação nesse momento de dificuldade. Não deixe de pagar o jardineiro, o cabeleireiro, o autônomo etc. Se você tem viagem marcada, salvo se necessário, não cancele a compra, apenas reprograme.

Faça doações
Se você pode se permitir, destine uma parte dos recursos para doação. Isso mesmo, doação. Depois de analisar suas rendas e despesas, se couber no seu orçamento, doe esses recursos. É hora de ajudar a população.

Tenha claro os seus objetivos
Não é porque estamos passando por uma crise que você̂ deve desistir dos seus sonhos. Neste momento, é importante estar preparado para economizar e fazer investimentos estratégicos e inteligentes, primeiro montando sua reserva para emergências. O excedente deve ser adequado ao seu perfil de risco, pensando no médio e longo prazo.

Fonte: R7

Vendas do Dia das Mães caíram 56%, afirma AGV

Vendas do Dia das Mães caíram 56%, afirma AGV

As vendas para o Dia das Mães no varejo gaúcho registraram 56% de queda comparado com o normal comercializado neste período. De acordo com levantamento da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), realizado entre sexta e domingo com empresários de diferentes regiões, o ticket médio das vendas foi de até R$ 50 para 31,6%, entre R$ 50 e R$ 100 para 26,3% e mais de R$ 200 para 21,9%.

O presidente da AGV, Sergio Galbinski, explica que as pessoas estão com menor poder aquisitivo, o que justifica a queda já esperada pela entidade. “O índice de queda foi apontado na pesquisa anterior que fizemos, onde a maioria dos empreendedores já estava esperando vender pouco. A economia toda parou, muitos consumidores são profissionais liberais e o contexto mudou. Acreditamos numa retomada gradual mas somos todos conscientes que teremos que conviver por um longo período com este vírus e com as mudanças que ele acarreta, em diferentes sentidos e segmentos”, explica.

Quando questionados sobre os meios usados para relacionamento com o cliente, a maioria dos empresários (69,3%) está atuando no WhatsApp, seguido por loja física (60,5%), Instagram e Facebook (ambos com 57%). Ligações estão sendo outra opção para 33,3% dos lojistas. Em decorrência das exigências impostas pela Covid-19, 36,8% das lojas estão abertas com restrições, 33% está fechada e 28,1% operando apenas com tele-entrega.Galbinski reforça que a opção do distanciamento controlado anunciado pelo governo do Estado possibilita uma maior previsibilidade aos empresários. “Conforme a alteração dos índices, já poderemos projetar a semana seguinte, com a troca ou não de bandeiras e as restrições que cada uma traz”, diz.

Fonte: Jornal do Comércio

Bolsonaro vai ao STF pedir retorno da economia

Bolsonaro vai ao STF pedir retorno da economia

O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou nesta quinta-feira que não há mais espaço para postergar a reabertura da economia. Acompanhado de empresários e do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente teve um encontro fora da agenda com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. “A indústria, a atividade comercial está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Não há mais espaço para postergar”, afirmou Bolsonaro Horas antes, o presidente havia recebido os industriais no Palácio do Planalto e decidiram, então, ir ao STF.

“Há dois meses eu venho falando que a economia não pode parar porque a economia também é vida”, disse Bolsonaro destacou que o posicionamento da indústria é que “abertura gradual e responsável tem que começar o mais rápido possível”. Se isso não acontecer, o presidente afirmou que “fica impossível (o País) voltar a ser o que era em janeiro do corrente ano”.Repetindo o que disse na reunião não programada com Toffoli, Bolsonaro afirmou ainda que o combate à crise do novo coronavírus é uma responsabilidade de todos, e citou:

“Executivo, Legislativo, Judiciário, governadores, prefeitos, empresários.””Os empresário trouxeram pessoalmente essas aflições, a questão do desemprego, a questão de a economia não mais funcionar. As consequências, o efeito colateral do combate ao vírus, não podem ser mais danosas que a própria doença. E os empresário querem que o STF também ouça o que está acontecendo”, disse.”Nós da indústria, além do enfrentamento da Covid-19, estamos enfrentando uma severa, profunda crise de demanda”, afirmou Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil e coordenador da Coalizão Indústria, que falou em nome dos empresários na reunião.O impacto na demanda foi causado pelas decisões sobre o fechamento “da ponta do comércio”, segundo o empresário.

Marco Polo destacou que, de março para abril, as vendas caíram 50% e a indústria, de maneira geral, opera com 60% de ociosidade. “A indústria está na UTI e precisa sair. Para sair, precisa que ocorram as flexibilizações de maneira que a roda volte a rodar”, disse.O executivo lembrou que o setor industrial representa 45% do PIB, 65% das exportações e 30 milhões de empregos diretos e indiretos. “Existe a necessidade de colocarmos a roda para rodar”, disse ele, que completou: “eu só acrescentaria um detalhe, que é o sentido de urgência. Eu diria que a indústria está na UTI e ela precisa sair da UTI, por que se não as consequências serão gravíssimas”.Em meados do mês passado, o STF decidiu que estados e municípios podem tomar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social, fechamento do comércio e outras restrições.

Na quarta-feira, o plenário da Corte também decidiu que os governos locais também não precisam do aval do governo federal para estabelecer medidas restritivas de locomoção intermunicipal e interestadual durante o período da pandemia do novo coronavírus.As decisões dizem respeito a julgamento de ações que questionam um decreto e a Medida Provisória (MP) 926/2020, editados pelo presidente e em tramitação no Congresso, que garantem ao governo federal a competência sobre serviços essenciais, entre os quais a circulação interestadual e intermunicipal Bolsonaro disse ainda que vai incluir mais categorias no decreto que trata dos serviços essenciais, como a construção civil.

“Para que cada vez mais rápido nós possamos voltar a atividade normal, caso contrário, depois da UTI é o cemitério e não queremos isso para o nosso Brasil”, completou.Toffoli, por sua vez, cobrou coordenação do governo federal com os outros poderes e os entes da federação e disse que é necessário fazer um planejamento para a volta do funcionamento das indústrias. 

Para Paulo Guedes, colapso econômico já começou

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “a economia está começando a colapsar” por causa da pandemia de Covid-19. “A indústria nos passou que está difícil e a economia está começando a colapsar. Ao ouvir relato de empresários, o presidente disse para compartilhar com Supremo”, afirmou Guedes, que atravessou a pé a Praça dos Três Poderes junto com Bolsonaro e empresários para se reunirem com Dias Toffoli.

Guedes reforçou que “embora preservados os sinais de vida” da indústria e comércio, a economia “do ponto de vista de organização e engrenagem econômica” se encaminha para a UTI. Ele alertou para o risco de desorganização da produção brasileira nos próximos 30 dias. “O alerta que eles (representantes da indústria) deram é muito importante. Embora haja proteção e o povo ainda tenha o dinheiro na mão, daqui a 30 dias pode ser que comece a falta (abastecimento) nas prateleiras.”

Segundo o ministro, em um cenário de produção desorganizada, o País pode “entrar em um sistema não só de colapso econômico, mas de desorganização social”. Ele citou as medidas tomadas pelo governo, as quais, segundo Guedes, preservaram mais de 5,5 milhões de empregos.

Guedes também defendeu o veto ao trecho do projeto de ajuda financeira aos Estados que amplia a quantidade de categorias de servidores que poderão ter reajuste salarial.

Fonte: Jornal do Comércio

Câmara pode votar nesta sexta uso obrigatório de máscara no país

Câmara pode votar nesta sexta uso obrigatório de máscara no país

O Plenário da Câmara dos Deputados realiza sessão virtual nesta sexta-feira (8) para análise de dois projetos relacionados ao combate à covid-19 – e também da Medida Provisória 915/19, que autoriza a venda em bloco de imóveis da União.

O Projeto de Lei 1562/20, de autoria do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), torna obrigatório o uso de máscara em locais públicos. A medida, caso aprovada, valerá para ruas, edifícios ou áreas de acesso público em todo o território nacional, enquanto durarem as medidas de enfrentamento à pandemia.

A proposta prevê que o descumprimento da lei “importará em responsabilização civil, administrativa e penal, além de responsabilidade administrativa disciplinar (no caso) do servidor público”, explica o autor da proposta. Lucas Fernandes destaca que se a desobediência à lei gerar despesa ao Sistema Único de Saúde (SUS), será exigida a reparação de danos materiais pelo infrator.

Quem não cumprir a lei estará sujeito às sanções previstas para as condutas de infração de medida sanitária (detenção de um mês a um ano e multa) e desobediência à ordem legal, quando funcionário público (detenção de 15 dias a seis meses e multa). Não será preso aquele que assinar termo se comprometendo a comparecer em juízo durante o processo e cumprir imediatamente a obrigatoriedade de usar máscara.

As máscaras de proteção deverão obedecer às recomendações técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). À Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e ao Ministério da Saúde caberá a veiculação de campanhas publicitárias educativas sobre o tema.

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Nas palavras do deputado petebista, o projeto também “autoriza o emprego das forças de segurança públicas, federais, estaduais e municipais, bem como da Força de Nacional de Segurança Pública, para apoiar as ações do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde estaduais e municipais na prevenção e combate da pandemia”.

Infração da ordem pública

Já o projeto de lei 2294/20 considera infração da ordem econômica a elevação – sem justa causa ou que aumentem arbitrariamente os lucros – dos preços das máscaras de proteção. O mesmo valerá para álcool em gel, medicamentos, vacinas, equipamentos e insumos hospitalares ou laboratoriais necessários às medidas para enfrentamento da pandemia de coronavírus. As penas previstas para infração da ordem econômica vão desde multa à proibição de exercer o comércio.

A Mesa Diretora da Câmara determinou a criação de comissão especial para analisar a matéria. Porém, o texto poderá ser votado diretamente pelo Plenário caso seja aprovada urgência para a proposta.

Na pauta da sessão, também consta a Medida Provisória 915/19, que autoriza a venda em bloco de imóveis da União.

Fonte: R7

Airbnb é proibido pela Justiça de anunciar acomodações em Gramado

Airbnb é proibido pela Justiça de anunciar acomodações em Gramado

A Justiça determinou que a plataforma de aluguel por temporada Airbnb deve suspender os anúncios de acomodações em Gramado, na serra gaúcha. Após ação movida pela Procuradoria Jurídica do município, caso as medidas sejam descumpridas, será aplicada multa diária fixa no valor de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.

O Airbnb não pode fazer anúncios, reserva ou locação de acomodações no município até que seja editado pelo prefeito, Fedoca Bertolucci, o novo decreto que permite e regulamenta atividades de hospedagem. A plataforma também deve cancelar as reservas já efetuadas, caso a data de check-in seja a partir do período de vigência do Decreto 73/2020, que teve início no dia 17 de março.Segundo a prefeitura de Gramado, a reabertura dos imóveis de locação por temporada permanecerá suspensa no momento. O município afirma que há dificuldade em identificar os imóveis e fiscalizar as condições e protocolos sanitários.

Fonte: Jornal do Comércio

Senado aprova por unanimidade ajuda a estados e municípios

Senado aprova por unanimidade ajuda a estados e municípios

Em sessão virtual, o plenário do Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (6) o projeto de socorro aos estados e municípios, com as mudanças feitas pela Câmara. A proposta destina repasses de 60 bilhões e suspensão de dívidas que elevam o impacto total a R$ 120 bilhões a estados e municípios, durante a pandemia do coronavírus. Projeto vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O projeto já havia passado pelo Senado, mas como sofreu alterações de mérito na Câmara teve de voltar para o crivo dos senadores. A Câmara blindou mais categorias de servidores públicos do congelamento dos salários previsto no projeto. Até policiais legislativos, que não têm atividade ligada ao combate da covid-19, ficaram de fora do congelamento, mostrando a força de pressão da área de segurança junto ao Palácio do Planalto e o Congresso.PUBLICIDADE

O congelamento era contrapartida para a aprovação do socorro de R$ 60 bilhões para estados e municípios enfrentarem a doença e a perda de arrecadação com a paralisação da economia por causa do isolamento social. Pelo texto, o congelamento vai até 31 de dezembro de 2021.

Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu nesta quarta-feira deixar os professores de fora do grupo de servidores que não poderá ter reajuste salarial até 2021. Alcolumbre voltou a incluir os policiais legislativos entre as categorias sem possibilidade de aumento no período.

Ele também manteve entre as carreiras poupadas do congelamento militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, de assistência social, além dos profissionais da saúde que atuam no combate à covid-19.

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Apesar do recuo em relação aos servidores da educação, que atende parcialmente mudanças feitas na Câmara, Alcolumbre reclamou que os deputados fizeram um gesto “no sentido contrário” ao salvar categorias do congelamento. “Infelizmente a votação da Câmara só trouxe mais conflitos”, disse antes de apresentar formalmente o parecer. Ele ponderou, no entanto, que o Senado é a Casa do equilíbrio e que buscaria a conciliação.

Em sua fala, Alcolumbre também chamou a atenção para a necessidade de equilíbrio fiscal para o período pós-pandemia. “Como vamos enfrentar os desafios depois da pandemia se deixarmos de lado o equilíbrio fiscal?”, questionou. Alcolumbre disse, ainda, que milhões de pessoas no Brasil perderam direta ou indiretamente o sustento durante a pandemia, além de outros milhões não terem saneamento básico, nem condição de se alimentar.

As mudanças na proposta de congelamento dos salários dos servidores introduzidas na Câmara reduziram para apenas R$ 43 bilhões a economia que será obtida nas contas públicas de União, estados e municípios. 

A proposta inicial negociada com o relator do projeto de auxílio emergencial dos estados e municípios no Senado, Davi Alcolumbre, era de uma economia de R$ 130 bilhões em 18 meses – R$ 98 bilhões para Estados e municípios e R$ 32 bilhões para o governo federal. Na votação do Senado, a economia caiu para R$ 93 bilhões e, ontem, na votação da Câmara, ficou em R$ 43 bilhões.

Fonte: R7

Maioria deve manter redução do consumo no pós-pandemia

Maioria deve manter redução do consumo no pós-pandemia

O medo de perder o emprego e a intenção de manter reduzido o nível de consumo no cenário pós-coronavírus podem dificultar a retomada da economia. A perda total ou em parte da renda mensal já atingiu 40% dos brasileiros e 77% dos que estão no mercado de trabalho têm medo de perder o emprego.

Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústral) revela que praticamente metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77%.

Muitos dos entrevistados já sentiram o efeito da crise no bolso. Do total de entrevistados, 23% já perderam totalmente a renda, e outros 17% tiveram redução no ganho mensal. Isso significa dizer que quatro em cada 10 brasileiros acima de 16 anos perderam poder de compra desde o início da pandemia.

“Há muito a ser feito nos próximos meses, mas devemos manter a confiança na ciência e na resistência da nossa economia. Certamente, com persistência e atuação conjunta, conseguiremos vencer o novo coronavírus, esse poderoso inimigo, superar a crise decorrente da pandemia e retomar a rota do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afima o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

Gráfico aponta que consumidores devem manter padrão de consumo

Gráfico aponta que consumidores devem manter padrão de consumo

Pesquisa CNI/ Fonte: FSBPESQUISA

A pesquisa da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzirem, durante este atual período de isolamento social na maioria dos estados brasileiros, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior à pandemia.

Perguntada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros (percentuais que variam de 50% a 72%) planeja manter no pós-covid o nível de consumo adotado durante o isolamento, o que pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes.

Mas alguns segmentos podem ter uma volta mais acelerada. Ao todo, 46% dos brasileiros pretendem aumentar o consumo de, pelo menos, cinco itens do total de 15 testados após o fim do isolamento social. No total, 57% pretendem aumentar o patamar de consumo de ao menos um item, enquanto 44% afirmam que não aumentarão o nível de gasto com nenhum dos itens pesquisados.

Isolamento social

Apesar das perdas econômicas, os dados mostram que a população brasileira segue favorável ao isolamento social (86%) e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus.

No cenário pós-pandemia, só 30% dos brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Sobre o retorno ao trabalho após o fim do isolamento social, a maior parte dos trabalhadores formais e informais (43%) afirma sentir-se segura, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e apenas 18%, inseguros.

“As atenções dos governos, das empresas e da sociedade devem estar voltadas, prioritariamente, para preservar vidas. Entretanto, é crucial que nos preocupemos também com a sobrevivência das empresas e com a manutenção dos empregos. É preciso estabelecer uma estratégia consistente para que, no momento oportuno, seja possível promover uma retomada segura e gradativa das atividades empresariais”, comentou Robson Braga de Andrade.

Maioria considera considera pandemia muito grave ou grave no país

Maioria considera considera pandemia muito grave ou grave no país

Pesquisa CNI/ Fonte: FSBPESQUISA

Quase todos os entrevistados (96%) consideram importante que as empresas adotem medidas de segurança, como a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. E, para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados.

Alto endividamento

Um dado preocupante apontado pela pesquisa é o endividamento, que atinge mais da metade da população (53%). O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias, período que coincide com o início do isolamento social.

Dos que afirmam possuir dívidas, 40% afirmam que já estão com algum pagamento em atraso, sendo que a maioria destes (57%) passou a atrasar suas parcelas nos últimos 40 dias. De maneira geral, 9 em cada 10 entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.

O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa com 2.005 pessoas de todas as Unidades da Federação entre os dias 02 e 04 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Em virtude do próprio isolamento social, as entrevistas foram realizadas por telefones fixos e móveis, em amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos.

Fonte: R7