Liberdade para comprar

Liberdade para comprar

A tendência do autosserviço está mais inserida na cultura do consumidor do que pensamos e seu uso equilibrado pode ser o diferencial que faltava para aumentar as vendas no varejo

Marina Bártholo

Proporcionar conforto na loja atrai e fideliza clientes. Uma das maneiras de deixar o freguês à vontade é dar a liberdade de como quer ser atendido. Tem gente que gosta da assessoria do vendedor, mas há quem prefira evitar. Por isso, o autosserviço é uma modalidade que cresce no varejo. Os recursos são diversos e vão desde a disposição dos produtos à utilização de inteligência artificial. Com tantas opções, o varejista precisa usar a criatividade e fazer um exercício de equilíbrio para eleger o que melhor se enquadra em seu modelo de negócio. Assim, atende tanto aos clientes mais independentes quanto aos que preferem a assistência pessoal.  

O autosserviço engloba toda a jornada do consumidor. Pode estar ao explorar a loja, no momento da escolha do produto, na entrega de mais informações sobre a mercadoria, no teste, na adesão a promoções e até no pagamento. Os consumidores estão muito acostumados com essa dinâmica e promovê-la na loja requer mais criatividade e treinamento do que altos investimentos em tecnologia, por exemplo. Observar a naturalidade do autoatendimento é uma boa maneira de começar a se inspirar para desenvolver melhor esse conceito na loja.

Inspire-se

Todo mundo vai ao supermercado. Escolhe o que quer, lê rótulos, se localiza pelas placas, experimenta amostras quando disponíveis, pesquisa no celular, descobre ofertas nas etiquetas e, quando tem qualquer dúvida, pergunta a algum funcionário. Com esse exemplo, Patricia Cotti, diretora executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), mostra que o autosserviço já faz parte do comportamento do consumidor e pode ser explorado em muitas modalidades. “Aplicar o conceito de autosserviço traz uma solução para o varejo e dá autonomia quando o consumidor quer”, explica.

Em outras palavras, autosserviço não significa dispensar o atendimento, mas, sim, tornar seu papel mais otimizado e diversificado. É necessário ter o atendente em alguns momentos do processo de compra e disponíveis para quem prefere ser atendido pessoalmente. Assim, é possível satisfazer mais clientes. “Loja sem atendimento é uma loja fria”, lembra Patricia. Então, o equilíbrio entre a liberdade e a condução do funcionário pode deixar a loja mais acolhedora para mais pessoas e aumentar as vendas.

Encontre o equilíbrio

Cada negócio tem sua peculiaridade. Conhecer seu consumidor e seu produto é o ponto de partida para inovar no autosserviço. Vender roupas ou materiais de construção, por exemplo, exige atendimentos diferenciados, mas pode ter sua dose de independência para o consumidor. Confira algumas dicas baseadas em ações sugeridas por Patricia para surfar nesse conceito:

  • Fazer estudos por categoria de produtos

Se você vende diferentes tipos de produto, vale identificar a característica de venda de cada um. Por exemplo, se ele pode ser testado no local, pense em uma maneira de facilitar essa experiência para o comprador. Isso pode ser a diferença na decisão de comprar.

  • Observar

Deixe os clientes à vontade e observe o processo de compra deles. Onde param para pedir ajuda, o que passa batido para eles, o que pode incomodá-los, onde se perdem no processo, o que mais chama atenção. Isso é valioso para começar a agir e para identificar a jornada de autosserviço na sua loja.

  • Fornecer informações

Disponibilizar informações escritas sobre o produto pode gerar interesse e esclarecer dúvidas. Assim, o que poderia passar batido ou a compra que seria deixada para depois se concretizam. Lembre-se de apresentar as informações de maneira visualmente interessante e concisa.

  • Comunicar

Anuncie as promoções na loja por escrito, sugira como utilizar o produto, deixe um recado útil para o comprador, como o horário de funcionamento da loja, como acionar vendedores ou sinalização de onde encontrar determinados tipos de produto na loja.

  • Experimentar

Coloque suas ideias em prática e veja como funcionam. Observe e adapte, sempre que preciso. O comportamento do cliente está em constante mudança, é preciso sempre renovar e lembrar que o foco é o conforto dele.

  • Estruturar a loja

Avalie reestruturar a loja. Muitas vezes, uma simples reorganização na maneira de apresentar os produtos faz a diferença. Aumentar o espaço em alguns setores, mudar o caixa de lugar, isso pode melhorar o processo de compra, independentemente do cliente, e tornar a jornada pela loja mais intuitiva.

Fonte: Varejo SA

Indústria gaúcha deixou de comercializar R$ 180 milhões por dia, aponta Fiergs.

Indústria gaúcha deixou de comercializar R$ 180 milhões por dia, aponta Fiergs.

Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), divulgado nessa segunda-feira (27), revela que a indústria gaúcha deixou de comercializar R$ 180 milhões em média por dia como consequência da crise do coronavírus. O resultado foi obtido por meio do acompanhamento do valor das Notas Eletrônicas (NF-e + NFC-e) emitidas no Estado no período, divulgado semanalmente pela Receita Estadual.

Segundo a Fiergs, os dados permitem estimar as perdas financeiras por conta da queda nas vendas da atividade econômica gaúcha durante a paralisação. “A continuarem as restrições de funcionamento de diversas atividades no Estado, esse cenário de dificuldades será aprofundado. A redução na produção e nas vendas prejudica ainda mais a situação financeira das empresas, muitas delas ainda em recuperação da grande recessão de 2015-2016, o que pode provocar desemprego ou até mesmo o encerramento de atividades de algumas indústrias”, destaca o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry.Como reflexo da diminuição do consumo em razão do isolamento social, as quatro últimas semanas foram de perdas expressivas para a economia gaúcha. Os dados mais recentes, notados de 11 a 17 de abril, revelam queda de 13,1% do valor médio diário de emissão de Notas Eletrônicas, na comparação com o mesmo período de 2019, e somam-se às perdas de 22,9%, 31,5% e 10,6% registradas nas três semanas anteriores.Entre os três setores acompanhados pela Receita Estadual, a maior queda nas vendas na última semana ocorreu no Varejo (- 27,7%), seguido pelo Atacado (-21,8%) e pela Indústria (-16,6%). O montante que deixou de ser comercializado ajuda a dimensionar o prejuízo para o setor industrial: em média, a venda diária foi de R$ 697,83 milhões, ao passo que no período equivalente do ano passado foi de R$ 836,73 milhões, uma redução R$ 138,90 milhões.Porém, considerada desde o início da crise, a venda média diária foi R$ 180 milhões menor em relação ao igual período de 2019. No acumulado entre 16 de março e 17 abril, a queda equivaleu a R$ 5,7 bilhões frente à mesma base de comparação do ano passado. Entre os 19 segmentos industriais para os quais há dados, apenas sete apresentaram crescimento nas vendas no acumulado das últimas cinco semanas (16 de março a 17 de abril). As atividades que conseguiram crescer estão relacionadas à área de alimentação, como a produção de Arroz (+40%), Suínos (+35%), Trigo (+19%), Leite (+14%) e Aves e Ovos (+14%), bem como de Produtos de limpeza (+32%).Entretanto, até mesmo nesses segmentos houve desaceleração nas taxas de crescimento das vendas no decorrer da crise. Por outro lado, as maiores retrações foram nos segmentos de Couros e calçados (-72%), Móveis (-54%), Têxteis e confecções (-53%), Metalurgia (-49%) e Veículos (-47%).

Fonte: Jornal do Comércio

Entrega da declaração do Imposto de Renda 2020 é adiada para 30 de junho

Entrega da declaração do Imposto de Renda 2020 é adiada para 30 de junho

O governo adiou por dois meses o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda por causa da pandemia do coronavírus. O prazo foi postergado de 30 de abril para 30 de junho.

O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, afirmou nesta quarta-feira (1) que a medida foi tomada após ele receber relatos de contribuintes de problemas para fazer a declaração.Como exemplo, citou situações em que contribuintes estão confinados em casa enquanto os documentos necessários estão no escritório ou na empresa.”Há dificuldade momentânea de ter acesso a documentos necessários. Considerando isso, tomamos essa decisão”, disse.

Fonte: Jornal do Comércio

Com projeções já em queda livre, economia pode demorar mais a se recuperar por riscos fiscal e político

Com projeções já em queda livre, economia pode demorar mais a se recuperar por riscos fiscal e político

A derrocada econômica gerada pela pandemia do coronavírus tem tido impacto mais rápido e agudo sobre as projeções para a atividade no Brasil do que o visto na crise financeira global de uma década atrás, movimento que ocorre em meio a uma virada da política fiscal e ao aumento da instabilidade política, combinação perigosa que pode comprometer uma futura recuperação da economia.

Desde que os mercados internacionais entraram em tendência de baixa, em meados de março –-com claro impacto sobre a percepção acerca da economia e dos ativos brasileiros–, analistas levaram apenas três semanas para passar a prever uma contração do PIB neste ano, segundo dados do relatório Focus do Banco Central.

A mediana das projeções levou um mês para ser reduzida em pelo menos 4 pontos percentuais –saindo de crescimento de 1,88% em 12 de março (início da tendência de queda nos mercados) para contração de 2,2% em 13 de abril.

Uma década atrás, quando o mundo mergulhou na até então maior crise financeira desde a Grande Depressão, tamanha deterioração nas expectativas demorou mais de oito meses para aparecer nos números da Focus.

Outras métricas dão ideia da profundidade do golpe à economia nesta crise. A atividade do setor de serviços do Brasil despencou em março, sofrendo o maior tombo desde o início da pesquisa 13 anos atrás. E a prévia da FGV para o índice de confiança da indústria indica queda para o menor valor da série histórica no mês de abril.

O pesquisador da Área de Economia Aplicada do Instituto Brasileira de Economia da FGV (Ibre-FGV), Marcel Balassiano, destacou a natureza particular da atual crise. “Todas são crises mundiais, mas essa não é uma crise econômica, é uma crise de saúde que tem impactos na economia. Então isso difere em tudo”, afirmou.

Países em todo o mundo têm mantido políticas de isolamento social e paralisação de indústrias, o que fez minguar o consumo e a atividade como um todo, com severos impactos nas cadeias de suprimento.

Para Balassiano, a expressiva deterioração das projeções econômicas decorre das incertezas em torno de quando haverá o afrouxamento e o posterior restabelecimento completo da circulação de pessoas, com a retomada das cadeias produtivas não somente no Brasil, mas no mundo.

A estimativa da Focus para o PIB, que atualmente aponta contração de praticamente 3% este ano, ainda é otimista perto da calculada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Dez dias atrás, o organismo divulgou que a economia brasileira deverá retrair 5,3% neste ano. Confirmado esse número, será o pior resultado anual de toda a série histórica disponibilizada pelo Banco Central e que compila dados do IBGE, a partir de 1962.

O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país ainda não sentiu “coice externo” do coronavírus.

Em 2009, a economia retraiu 0,1%, depois de crescer 5,1% no ano anterior, quando houve o estouro da crise financeira.

Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, afirmou que os impactos adversos à economia neste ano não têm paralelo na história econômica local, o que explica a velocidade na qual as instituições passaram a rever suas projeções.

“Você não consegue classificar isso em nenhum tipo de crise. É uma coisa na qual você teria uma paralisação comparável a uma guerra, mas não há destruição do capital físico”, afirma.

RISCO FISCAL E RECUPERAÇÃO MAIS LENTA

Para além da discussão sobre os impactos econômicos imediatos da crise, o foco de preocupação se volta cada vez mais para o futuro da política fiscal e da agenda de reformas. Uma maior desconfiança nessas frentes pode atrasar a retomada dos investimentos privados e, por tabela, da recuperação econômica.

Nesse contexto, a perda de ascendência do ministro da Economia, Paulo Guedes, que ficou de fora da articulação inicial em torno de um plano de retomada pós crise, gerou preocupação entre analistas. A saída atribulada de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça nesta sexta reforçou temores em relação ao futuro de Guedes no governo.

O governo aprovou uma série de medidas de aumentos de gastos para fazer frente ao colapso da economia por causa do isolamento social, e mesmo dentro do Executivo há receios sobre o efeito colateral mais à frente em termos de confiança do mercado financeiro e do setor produtivo em relação às contas públicas.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, renovou na semana passada sua previsão para o rombo primário neste ano, que se aproxima de 600 bilhões de reais, perto de 8% do PIB. Esse número contrasta fortemente com a previsão do mercado em janeiro, de déficit de pouco mais de 82 bilhões de reais.

“O Brasil está entrando na tempestade com uma posição fiscal fraca, que inclui déficits orçamentários estruturais e alta dívida pública, o que significa grandes desafios fiscais adiante”, disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

Rostagno prevê déficit primário disparando a 11,5% do PIB, que agora vai encolher 3,3% (ante estimativa anterior de -1,5%). A economia deverá despencar 8,5% no segundo trimestre, antes de se recuperar a partir do terceiro trimestre. “Mas é certo que os riscos permanecem inclinados para baixo (PIB mais fraco)”, ponderou.

As incertezas sobre a política fiscal têm afetado não apenas as perspectivas para a economia, mas –de forma correlacionada– também os ativos financeiros.

O Credit Suisse avaliou nesta semana que o real está fora da lista de apostas a favor no mundo emergente devido à fragilidade da posição fiscal do Brasil durante um evento como a crise atual do coronavírus.

O JPMorgan vai na mesma linha e cita “crise política” como mais um fator a engrossar o caldo de entraves à recuperação econômica pós-Covid-19.

“Todos os países estão sofrendo uma contração do PIB e estão tendo que adotar medidas fiscais expansionistas para enfrentar o vírus. Mas a política brasileira pesará cada vez mais nas perspectivas”, disseram estrategistas do banco em relatório desta semana.

“Os mercados brasileiros agora estão acompanhando o fluxo global (e ainda com baixo desempenho), mas, quando chegar o momento da diferenciação, a preocupação é que uma desaceleração macro abra caminho para erros de política, antecipando um debate político que só deve ocorrer mais perto das eleições presidenciais de 2022.”

Fonte: ÉPOCA NEGÓCIOS

Câmara aprova aporte de R$ 15,9 bi do Tesouro para bancar empréstimos a microempresas

Câmara aprova aporte de R$ 15,9 bi do Tesouro para bancar empréstimos a microempresas

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um projeto que facilitará o acesso ao crédito a micro e pequenas empresas durante a crise. Articulada com o governo, a proposta autoriza o Tesouro Nacional a depositar R$ 15,9 bilhões em um fundo para bancar uma parte dos empréstimos em caso de inadimplência dos tomadores. O texto, modificado por deputados, retornará ao Senado após a votação de destaques.

O empréstimo terá taxa de juros máxima de 1,25% ao ano, acrescida à variação da Selic (taxa de juros básica da economia). Também haverá carência de seis meses e prazo de pagamento de até 36 meses. Para estimular os bancos a emprestarem para o segmento, o Tesouro vai garantir até 80% das operações por meio do uso de verba de um fundo. O texto cita o Fundo Garantidor de Operações (FGO).  

A nova linha poderá ser operada pelos bancos públicos (Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia),  além de cooperativas de crédito, bancos cooperativos e fintechs. Inicialmente, a equipe econômica propôs aportar nesse fundo R$ 10,9 bilhões, e essa proposta foi aprovada pelo Senado, mas aceitou elevar o valor para R$ 15,9 bilhões.

Relatora da proposta, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que os deputados chegaram a pedir o aporte de R$ 20 bilhões, mas a negociação chegou ao patamar de R$ 15,9 bilhões.

– É um projeto para que possamos proteger o emprego e as micro e pequenas empresas (…) o projeto veio do Senado com o aporte de R$ 10,9 bilhões da União para fazer o empréstimo com os juros praticamente subsidiados, porque o spread é muito pequeno. Quer dizer, a remuneração do juro desse empréstimo é pequeno. Veio com R$ 10,9 bi, correspondente a 80% do volume total. E os outros 20% seriam o aporte dos próprios bancos. Chegamos (na negociação) ao aporte de R$ 20 bi pelo Tesouro, mas houve um passinho para trás e fechamos em R$ 15,9 bi – disse Joice.

Batizado de Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o projeto poderá beneficiar até 3,2 milhões de empresas enquadradas no Simples e que estejam com as contas em dia.  O crédito será direcionado às microempresas, com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte, com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. 

O limite do empréstimo corresponderá a até três vezes o faturamento mensal. Os interessados terão que se cadastrar no site da Receita Federal para solicitar o financiamento.

A principal mudança feita pela Câmara diz respeito ao papel do Tesouro, que vai garantir o empréstimo e não socorrer as diretamente as pequenas empresas.  A falta de garantia a oferecer o crédito é um dos entraves nesse segmento.

Fonte: Época Negócios

Senado amplia auxílio emergencial a informais e projeto segue para sanção

Senado amplia auxílio emergencial a informais e projeto segue para sanção

O Senado aprovou a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais durante três meses. O projeto garante o benefício para mães adolescentes e o dobro do valor (R$ 1,2 mil) para pais chefes de família. Atualmente, apenas as mães solteiras e maiores de idade são beneficiadas. A proposta depende agora de sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor e alterar as regras do pagamento.O auxílio foi desenhado para auxiliar informais durante a crise do novo coronavírus.

Segundo cálculos do Ministério da Economia, a ampliação terá um custo extra de R$ 9,7 bilhões, além dos R$ 98 bilhões previstos inicialmente. O Senado reverteu uma mudança feita na Câmara dos Deputados e evitou um impacto maior, de R$ 15,1 bilhões. A proposta foi aprovada por unanimidade, com 80 votos. O texto aprovado garante o benefício a uma série de categorias informais, classificadas como “invisíveis”, reduzindo a margem para o governo deixar de fazer a transferência para esses trabalhadores. O Executivo federal começou a pagar o auxílio emergencial no último dia 9. A proposta agora deixa clara a garantia para cabeleireiros, barraqueiros de praia, cabeleireiros e baianas de acarajé, entre outros.Se Bolsonaro sancionar o texto, trabalhadores que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018 poderão receber o benefício.

A lei em vigor impede o pagamento nesse patamar. A justificativa da mudança é garantir o auxílio para quem, eventualmente, teve um rendimento superior em 2018 mas perdeu renda na sequência, como taxistas. Se o trabalhador terminar o ano de 2020 com um rendimento maior do que esse, porém, ele terá de devolver o valor do auxílio. O Senado retomou a devolução, que havia sido retirada pela Câmara, reduzindo o impacto em R$ 5,4 bilhões.De acordo com o projeto aprovado, trabalhadores submetidos a contratos intermitentes com renda mensal inferior a um salário mínimo terão acesso ao benefício. No formato atual, essa categoria é classificada como empregados formais e não tem acesso ao pagamento. Além disso, apenas a morte do beneficiário suspenderá o pagamento do auxílio. Pelo texto da Câmara, indícios de irregularidade também cancelavam a transferência. Na prática, o projeto reduz a possibilidade de um “pente-fino” no programa.O Senado excluiu da versão da Câmara a previsão do auxílio emergencial para quem não tem CPF ou título de eleitor.

A situação está no Judiciário. Na última segunda-feira, 20, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, acolheu pedido do governo e garantiu a exigência de regularização do CPF para benefício.O projeto permite ainda a suspensão do pagamento das parcelas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que financia mensalidades em universidades privadas. Com a proposta, será possível adiar duas parcelas para os contratos em fase de utilização ou carência e quatro parcelas, para os contratos em fase de amortização. O governo federal poderá prorrogar a suspensão, válida apenas para quem estava em dia com os pagamentos antes do estado de calamidade pública, iniciado em 20 de março.

BPC
Após alteração na Câmara, os senadores devolveram ao projeto a ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. A proposta garante o BPC para quem tem renda familiar de meio salário mínimo mensal. Atualmente, o limite é de um quarto do salário mínimo. Ou seja, mais pessoas passariam a ter acesso ao benefício. O governo é contra essa medida, calculando o impacto em R$ 20 bilhões no ano.A ampliação do BPC já foi aprovada pelo Congresso em proposta anterior, mas vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. O veto foi derrubado pelos parlamentares, mas o aumento foi parar na Justiça e foi barrado no Supremo Tribunal Federal.

Agora, o Congresso faz mais uma tentativa para aumentar a quantidade de pessoas recebendo o benefício.O Senado deixou de fora do projeto a criação de um programa de auxílio ao emprego. Após o governo se manifestar contra a medida, esse item foi retirado pela Câmara. O custo seria de pelo menos R$ 114 bilhões, de acordo com a equipe econômica. O texto inicial autorizava o governo a auxiliar o pagamento de salários dos trabalhadores formais em até três salários mínimos (R$ 3.135), com garantia de estabilidade no emprego pelo período de 12 meses.

Fonte: Época Negócios

Turismo no Brasil deve ter queda de 38,9% nos ganhos, aponta FGV

Turismo no Brasil deve ter queda de 38,9% nos ganhos, aponta FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor de turismo, que em 2019 chegou a R$270,8 bilhões, deve cair para R$165,5 bilhões em 2020, indicando redução de 38,9% no faturamento. É o que indica o estudo “Impacto Econômico da covid-19 e Propostas para o Turismo Brasileiro”, elaborado pela FGV Projetos.

Segundo o levantamento, em 2021, os ganhos com o turismo devem alcançar R$259,4 bilhões, valor 4,2% inferior ao patamar de 2019. A perda total do setor turístico brasileiro será de R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021. Para cobrir essa lacuna, será necessário que o setor cresça em média 16,95% ao ano em 2022 e em 2023, com PIB de, respectivamente, R$ 303 bilhões e R$355 bilhões.

O mercado de viagens é um dos setores mais afetados, pois as medidas de contenção do contágio pela covid-19 impactam diretamente sua dinâmica econômica. Segundo análise do PewResearch Center, hoje, 93% da população mundial vivem em países que adotaram algum tipo de medida de restrição de viagem e três bilhões de pessoas ao redor do mundo vivem em países que fecharam totalmente suas fronteiras para estrangeiros.

No Brasil, o enxugamento dessa área traz consequências significativas, já que o turismo é uma atividade fortemente geradora de empregos em todas as faixas de renda. As atividades dessa natureza envolvem principalmente, e em grande escala, as áreas de menor grau de especialização.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de turismo responde por 3,71% do PIB do país, e sua dinâmica é composta por diferentes atividades que serão diferentemente afetadas com o isolamento social. São elas: hotéis e pousadas; bares e restaurantes; transporte rodoviário; transporte aéreo; outros transportes e serviços auxiliares dos transportes; atividades de agências e organizadores de viagens; aluguel de bens móveis; e atividades recreativas, culturais e desportivas.

Neste estudo, a FGV Projetos considerou um período de confinamento de três meses. Passado esse período, deverá ter início o processo de reequilíbrio dos negócios (estabilização) no Brasil, que deve se estender por aproximadamente 12 meses, uma vez que a saúde financeira dos negócios e das famílias estará comprometida. No caso do turismo internacional, o período de recuperação poderá chegar a 18 meses.

Alternativa
Como alternativas para mitigar os efeitos da crise, o gerente executivo da FGV Projetos, Luiz Gustavo Barbosa, sugere um conjunto de medidas urgentes a serem tomadas para que o setor esteja ainda saudável para o período de estabilização e de recuperação, aliviando a pressão operacional e salvando empregos.

Segundo o especialista em turismo, os tópicos prioritários seriam auxílios públicos, principalmente para o setor aéreo, que é o coração da atividade; reequilíbrio dos contratos de concessão − como aeroportos, centros de eventos e atrativos turísticos − e crédito facilitado, diferimento de tributos e flexibilização dos contratos de trabalho para micro e pequenas empresas.

Fonte: Época Negócios

Caixa já recebeu 43,8 milhões de cadastros para pagamento do auxílio emergencial de R$ 600

Caixa já recebeu 43,8 milhões de cadastros para pagamento do auxílio emergencial de R$ 600

A Caixa Econômica informou que foram finalizados 43,8 milhões de cadastros no aplicativo e site, até às 8h desta terça-feira, por trabalhadores que não estão inscritos no cadastro do governo e pleiteiam o auxílio emergencial de R$ 600. Os dados estão sendo repassados à Dataprev aos lotes para análise e liberação do pagamento.

Segundo a Caixa, o benefício já foi pago a 24,2 milhões de pessoas, o que representa um volume total de R$ 16,3 bilhões. Desse universo,  9,3 milhões são informais que estão inscritos no  Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania; 9,1 milhões são trabalhadores que não aparecem nesse cadastro e 5,8 milhões são beneficiários do Bolsa Família.

Nesta quarta-feira,  o banco efetuará o crédito para mais 4,1 milhões de  informais sem registro e 1,2 milhão de trabalhadores inscritos no banco de dados do governo, totalizando R$ 4,3 bilhões.  O pagamento para os beneficiários do Bolsa Família também continua em andamento.

Já na quinta-feira, começa a rodada de pagamento da segunda parcela do auxílio,  que foi antecipada pela Caixa. Primeiro, serão beneficiados quem nasceu em janeiro e fevereiro.

Na sexta,  nascidos em março e abril; no sábado, nascidos em maio e junho. Na segunda-feira, será a vez dos nascidos em julho e agosto; na terça-feira, nascidos em setembro e outubro e na quarta-feira, nascidos em novembro e dezembro.

Ouça abaixo nosso podcast sobre as medidas econômicas adotadas na crise da covid-19:

Fonte: Época Negócios

O SPC Brasil informa

O SPC Brasil informa

Num momento de crise como o que estamos passando, o SPC Brasil acredita que a colaboração é fundamental e fará toda a diferença para a sociedade.

Assim, pensando em minimizar os efeitos financeiros provocados pela pandemia do coronavírus, ajudando e protegendo você e o seu cliente, o SPC Brasil, junto aos demais bureaux de crédito associados à ANBC (Associação Nacional do Bureaux de Crédito), decidiu que a exibição do registro das dívidas em todos os bureaux de crédito passará, temporariamente, para 45 dias corridos a partir da data da postagem da notificação.

A decisão é válida por três meses, a partir do dia 17 de abril de 2020, e visa dar mais tempo para que consumidores e empresas possam buscar a renegociação ou o adiamento do vencimento de seus débitos junto aos credores. Reforçamos que estamos aqui para te ajudar nesse processo de negociação, seguindo nosso propósito de fortalecer elos de confiança.

Além disso, no dia 09 de abril, foi aprovado o Projeto de Lei n. 675/2020, que tem como objetivo suspender a negativação por 90 dias a partir do dia 20/03. O texto seguirá para aprovação do Senado Federal, mas estamos acompanhando muito de perto e, qualquer novidade, você será prontamente informado.

Para mais informações, entre em contato com a sua CDL de Gramado.

Fonte: SPC BRASIL

BB já pagou auxílio emergencial a 709 mil clientes que já integram CadÚnico

BB já pagou auxílio emergencial a 709 mil clientes que já integram CadÚnico

O Banco do Brasil informou que realizou dois lotes de pagamentos do auxílio emergencial para 709 mil clientes que já integram o Cadastro Único (CadÚnico) e mantêm conta na instituição desde a última quinta-feira, 9. No total, esses depósitos somaram R$ 476 milhões e foram depositados em contas de poupança isentas de tarifas e que abertas especialmente para o recebimento desse benefício.

O BB informa ainda que negocia outros 47 convênios para pagamentos de benefícios oferecidos por órgãos de administração pública Municipal, Estadual ou Federal. O total de pessoas a serem beneficiadas supera 4 milhões, conforme o banco, com desembolso próximo a R$ 1 bilhão nos próximos meses.

Entre o fim de março e o início de abril, o BB também pagou R$ 9 bilhões a 6,7 milhões aposentados e pensionistas do INSS, e a 506 mil beneficiários do Pasep, no valor de R$ 488 milhões. A instituição informa que incentivou o uso dos canais digitais para evitar aglomerações de idosos nas agências diante da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Para apoiar os beneficiários do INSS com crédito, o BB também reduziu a taxa do consignado e elevou o prazo máximo para as operações.

No âmbito das doações, o BB informa que a Fundação do banco arrecadou R$ 57 milhões junto a empresas do conglomerado, como a BB Seguros e o Banco Votorantim, atual BV, que serão destinados à ajuda de pessoas em situação de vulnerabilidade por conta da pandemia. Os recursos serão repassados a entidades privadas sem fins lucrativos e que desenvolvam projetos voltados à alimentação, cuidados com a saúde, aquisição de insumos e equipamentos hospitalares.

A entidade também lançou um site para receber doações institucionais e de voluntários que queiram contribuir com as ações (coronavirus.fbb.org.br) e totaliza até o momento R$ 2 milhões com a iniciativa.

Ouça o nosso podcast sobre as medidas econômicas do governo durante a pandemia:

Fonte: Época Negócios