Vendas de antisséptico para mãos aumentaram mais de 600% no Brasil

Vendas de antisséptico para mãos aumentaram mais de 600% no Brasil

Desde que foi relatado o primeiro caso de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil, os hábitos dos consumidores têm mudado. Segundo as orientações das autoridades de saúde, muitos aumentaram a frequência com que lavam as mãos e passaram a usar álcool em gel para fazer a higienização. A Nielsen publicou um estudo em que levanta o que mudou até agora nos hábitos dos brasileiros.

Na semana de 1º a 8 de março, as vendas de antisséptico para mãos aumentaram 623%. Já as vendas de software subiram 289% – vale lembrar que diversas empresas passaram a adotar o home office para evitar o contágio do coronavírus.

Filtros de ar também estão entre os produtos mais procurados: as vendas aumentaram 100% na semana. Em seguida, aparecem álcool (+85% nas vendas), produtos de limpeza em geral (+58%), sabão líquido (+33%), amaciantes (+30%) e curativos (+29%).

Por outro lado, as vendas no setor têxtil caíram 7% e as de tabaco recuaram 14% na comparação com a semana anterior.

Há alguns aprendizados que a Nielsen traz de outros países e que podem dar pistas de como serão as próximas semanas por aqui. Na Itália, por exemplo, além da alta na procura por produtos de prevenção e saúde, como farmacêuticos (+112%), produtos de higiene pessoal (+15%) e suplementos (+17%), houve um aumento na compra de alimentos. Os italianos compraram 33% mais arroz, 25% mais macarrão e 29% mais enlatados de origem animal, como forma de estocar alimentos para o período de quarentena.

A Nielsen alerta, contudo, que isso não significa um aumento do consumo no longo prazo. “Em muitos casos, o abastecimento da despensa simplesmente adiantará as compras futuras, o que pode gerar um ponto mínimo de vendas a médio prazo, à medida que esses produtos vão sendo consumidos gradualmente”, diz o relatório. No entanto, em especial na categoria alimentos, pode haver um aumento sustentável do consumo. Afinal, durante as semanas de confinamento, as pessoas passam a aumentar o consumo de comida em casa. Uma tendência importante para o período é a importância do atendimento online.

Quer receber as notícias de Época NEGÓCIOS pelo WhatsAppClique neste link, cadastre o número na lista de contatos e nos mande uma mensagem. Para cancelar, basta pedir. Ou, se preferir, receba pelo TelegramÉ só clicar neste link.

Fonte: Época Negócios

Governo vai pagar 15 dias para empresa com empregado infectado

Governo vai pagar 15 dias para empresa com empregado infectado

Os trabalhadores afetados pelo novo coronavírus terão os primeiros 15 dias de auxílio-doença bancados pelo governo, anunciou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. O governo, porém, não divulgou estimativas de quanto isso custará aos cofres públicos. Via de regra, esse primeiro período de afastamento é bancado pelas empresas. Bianco ressaltou que o valor do benefício será limitado ao teto do INSS.

 Os pedidos de auxílio-doença em caso de trabalhadores afetados pelo novo coronavírus entrarão na fila de pedidos de benefício do INSS, hoje com 1,8 milhão de processos pendentes. “Não vai ter um tratamento diferenciado em relação à concessão, entra (na fila) como qualquer outra incapacidade, a diferença vai ser em relação à parte fiscal (pois os primeiros 15 dias serão pagos pelo INSS)”, disse o presidente do INSS, Leonardo Rolim.

 Apesar disso, ele ressaltou que o órgão está adotando medidas para facilitar e acelerar os processos. Uma delas é a possibilidade de receber atestados por meio do aplicativo Meu INSS. “Na prática, todos os benefícios serão concedidos mais rapidamente, já que não haverá perícia presencial”, disse Bianco.

Segundo Rolim, o sistema ainda não está totalmente pronto, mas estará disponível “muito em breve”, e sua implementação vai depender da aprovação da lei. Além disso, eles terão um adiantamento de R$ 200,00 até a concessão definitiva.

A medida acabou sendo anunciada antes mesmo de ela estar pronta. Mas, segundo Bianco, o ministro da Economia, Paulo Guedes, “já deu o ok” para que ela seja feita. Bianco disse ainda que a concessão de benefícios para o trabalhador rural, caso ele seja atingido pela doença, não muda em nada, desde que ele seja segurado da Previdência Social.

Fonte: Jornal do Comércio

Pacote americano de socorro à economia equivale a quase 5% do PIB e acalma mercados

Pacote americano de socorro à economia equivale a quase 5% do PIB e acalma mercados

As medidas de socorro à economia anunciadas pelo presidente Donald Trump, e que serão enviadas ao Congresso, mostram que o governo americano quer dar uma resposta fiscal e monetária forte diante de uma contração violenta que a atividade econômica deve enfrentar nos próximos meses, nos EUA e no mundo. Trata-se de um pacote que supera os US$ 787 bilhões gastos pelo governo de Barak Obama com a crise de 2008 e equivale a quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB) americano.

— São medidas positivas no campo fiscal e monetário para lidar com a crise causada pelo coronavírus. A transferência de renda direta é dinheiro ‘novo’ e deve ser feita a trabalhadores que recebem salários por dia ou trabalham por conta própria. Ela é positiva e diferente do pacote brasileiro, que antecipou transferência de renda, adiantando recursos do FGTS ou do 13º salário a uma parcela da população – disse Alberto Ramos, economista para a América Latina, do banco Goldman Sachs.

O pacote de Trump também conseguiu acalmar momentaneamente o mercado, diz William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities, em Miami.

Hoje o S&P500 subiu 6%, o Dow Jones avançou 5,20% e o Nasdaq teve alta de 6,23%. Ele diz que a magnitude dos recursos é relevante e em conjunto com as demais medidas ajuda o mercado a ‘ver uma luz no fim do túnel’.

— É quase 5% do PIB em medidas acontecendo nos próximos meses. Oferecer recursos diretamente às famílias é positivo. Desonerar folha, ou reduzir impostos pressupõe que o dinheiro ainda está fluindo na economia. Mas o que estamos prevendo é que não vai ter pagamento de imposto, já que empresas não vendem e não lucram – diz Alves.

Para Ramos, a transferência de renda direta é claramente positiva, mas terá que ser complementada por algum tipo de ajuda ao setor de serviços, especialmente os setores de aviação, turismo, hotelaria e transportes que estão sofrendo demais.

O professor de macroeconomia da Fipecafi, Silvio Paixão, avalia que as medidas têm potencial para injetar liquidez na maior economia do mundo, fazendo com que os efeitos negativos causados pelo coronavírus sejam amenizados.

Para ele, o repasse direto de dinheiro às famílias é positivo, já que pelo menos 2/3 do PIB americano vem do consumo das famílias

— É um pacote que ajuda a retomar o fluxo de recursos na atividade econômica, que é o problema atual. É diferente da crise de 2008, quando havia perdas financeiras, por conta de papéis podres. E a postergação do pagamento de impostos mantém mais dinheiro em circulação. Se a Europa seguir a receita, acredito que em junho as coisas começam a se normalizar – diz Paixão.

Ele avalia que tanto o dinheiro ‘novo’ que o governo americano vai repassar às famílias, quanto a antecipação de recursos que o pacote anunciado pelo governo brasileiro vai fazer acabam tendo o mesmo efeito.

— O dinheiro vai para o bolso das pessoas. E elas vão consumir, comprar comida. É que a intensidade do pacote americano é maior – disse Paixão.

Para William Castro os recursos repassados às famílias ajudam a dar fluxo de caixa para evitar calotes. Mesmo que as pessoas sejam obrigadas a ficar em quarentena, o consumo básico de alimentos continua, diz ele. E há o comércio online.

Ele avalia que a recompra dos comercial papers pelo FED traz confiança de volta ao mercado de dívida, e segurança para que as empresas consigam emitir novas dívidas e com isso rolar débitos que estejam vencendo.

A diferença dos pacotes americano e brasileiro evidencia a diferença de tamanhos das duas economias, além da capacidade de reação, diz Castro.

— Enquanto o brasil apresentou R$ 147 bilhões, o pacote americano chega quase a US$ 1 trilhão, trinta e três vezes maior que o pacote brasileiro, que equivale a 2% do nosso PIB. Já o americano é de 4,7% do PIB deles. Além disso, é mais completo. Prevê o envio de recursos às pessoas diretamente; socorro a pequenas empresas e setores mais impactados; desoneração. O brasileiro foi essencialmente desoneração e liberação de recursos que já são dos trabalhadores (FGTS). Basicamente o estado mordendo menos – diz William.

Para Ernie Tedeschi, economista de políticas públicas da consultoria Evercore ISI, em Washington, a iniciativa do Fed de comprar notas promissórias de empresas garante que elas obtenham o financiamento necessário para cumprir obrigações de curto prazo, como folha de pagamento.

— Muitas delas utilizam esse instrumento também como capital de giro – diz Tedeschi.

Para ele, essa decisão era necessária e já havia sido adotada na crise de 2008, o que ajudou a dar fôlego às companhias que enfrentaram queda de receitas.

Fonte: Época Negócios

Turismo enfrenta pior crise das últimas décadas

Turismo enfrenta pior crise das últimas décadas

Adriana Lampert

Uma ação orientada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), a partir de iniciativas diversas no mesmo sentido, tem sido adotada pelas empresas do segmento de turismo, a fim de minimizar prejuízos que já começam a surgir devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para manter a sustentabilidade dos negócios, as agências têm se empenhado em convencer os consumidores a adiarem a data de embarque de pacotes que já foram adquiridos. Dados da entidade apontam que a taxa de cancelamento de viagens já chega a 85%. Em meio à maior crise dos últimos anos, devido aos impactos causados pelo fechamento de fronteiras e consequente cancelamento de viagens, o setor encontra-se “totalmente paralisado”, nas palavras do vice-presidente da entidade, João Machado.

“Considerando que, no mês de março de 2019, o faturamento do setor foi de R$ 19,2 bilhões, os impactos imediatos já preocupam, uma vez que não há previsões de novos faturamentos”, explica Machado. Algumas agências ainda estão conseguindo “respirar” financeiramente porque há quem esteja comprando pacotes para viajar a partir de setembro.

“Graças a isso, por enquanto, está sendo possível fazer girar algum capital, porque, para os próximos meses, as vendas estão paradas”, avisa a diretora da MC Turismo, Cintia Cristina Martins. Ela informa que a campanha da Abav está dando resultados positivos. “A maioria dos clientes que está cancelando concordou em alterar a data, ou deixar créditos em aberto para viajar mais adiante. Poucos estão pedindo reembolso”, comenta Cintia, destacando que, para incentivar esta solução, as companhias aéreas estão isentando das multas. “O consumidor que adia sua programação garante sua segurança e ainda colabora com o trade, que tem grande peso na economia nacional e mundial, englobando atividades como restaurantes, hospedagens, transportes de passageiros, agências de viagens, cultura e lazer”, defende João Machado.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo emprega, formalmente, cerca de 2,9 milhões de pessoas no Brasil e, somente em 2019, gerou um faturamento de R$ 238,6 bilhões. Segundo a World’s Travel and Tourism Council (WTTC), o turismo é responsável por empregar 319 milhões de pessoas ao redor do mundo. Em 2018, sua contribuição ao PIB foi de aproximadamente 10,4%, com uma soma de US$ 8,8 trilhões. Somente no País, a estimativa dessa contribuição para o PIB foi de 8,1%.

“Atualmente, estamos trabalhando mais do que em dias comuns; no entanto, a dedicação é para resolver os problemas de cancelamentos”, comenta o diretor da Argos Turismo, Danilo Martins. Segundo ele, está sendo possível direcionar 80% das demandas para datas futuras. “Mesmo que as pessoas quisessem, nem conseguiriam viajar. Não está dando para entrar nos Estados Unidos nem na Europa, por exemplo. Agora, temos que esperar, no mínimo, quatro meses para ver o que irá acontecer. Mas posso afirmar que o impacto será gigantesco para o setor”, pontua Martins, que é presidente do Sindicato das Empresas de Turismo Rio Grande do Sul (Sindetur-RS). No que se refere aos funcionários, as agências negociam com o sindicato responsável para adiar férias, reduzir carga horária e determinar o home office para a maioria dos casos. “A verdade é que esta é uma situação bem complicada para as agências, as companhias aéreas (que estão cancelando voos) e os hotéis, que estão com queda na taxa de ocupação.”

Entidades enviam carta solicitando medidas ao Ministério do Turismo

No início desta semana, as principais entidades do setor de turismo formalizaram uma carta, enviada ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, contendo cinco medidas emergenciais, visando garantir sustentabilidade das empresas de viagens e turismo. “Esta é a maior crise vivenciada pelo setor na era atual, e prevemos um altíssimo índice de falências entre as empresas relacionadas ao turismo, resultando em milhares de pessoas desempregadas e impactos diretos e indiretos no PIB brasileiro”, diz o documento.

No rol de medidas, as entidades solicitam disponibilização de linha de crédito especial na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil para as empresas de turismo, com carência para início do pagamento de, no mínimo, seis meses; a aprovação de decreto para postergar o pagamento de impostos relativos à folha de pagamento, também por seis meses, desde que quitados no exercício de 2020; liberação do saque do FGTS para funcionários de empresas que exerçam atividade turística; parecer favorável do Ministério da Justiça em relação à remarcação de viagens contratadas pelo consumidor, frente ao cancelamento e à devolução de valores; e redução do IRRF a 0% nas remessas para pagamentos de serviços turísticos ao exterior.

Fonte: Jornal do Comércio

8 em cada 10 inadimplentes sofreram impacto emocional negativo por conta das dívidas, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

8 em cada 10 inadimplentes sofreram impacto emocional negativo por conta das dívidas, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

Ansiedade foi o sentimento negativo mais citado no levantamento, atingindo 63% dos entrevistados; 43% apresentaram alterações no sono e 25% passaram a comprar mais do que de costume.

Estar com as contas em atraso é um problema que afeta não apenas a vida financeira, afetando também a saúde física e mental dos endividados. É o que mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com brasileiros com contas em atraso há pelo menos três meses. Oito em cada dez inadimplentes (82,2%) afirmaram ter sofrido com algum tipo de sentimento negativo ao descobrir que estavam endividados.

O mais citado foi a ansiedade, que atingiu seis em cada dez entrevistados (63,5%). Não muito longe em termos de proporção, também estiveram presentes na vida daqueles que se viram negativados estresse e irritação (58,3%), tristeza e desânimo (56,2%), angústia (55,3%) e vergonha (54,2%) – esta última, mais frequente entre as mulheres (57,6%) do que entre os homens (49,4%).

“O levantamento é importante porque evidencia algo de que já desconfiávamos, que as frustrações e incertezas provocadas pela inadimplência não se restringem ao campo financeiro, tendo impacto significativo também na saúde física e emocional dos endividados”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Sete em cada dez entrevistados (75%) tiveram o padrão de vida afetado pelas dívidas

75,2% dos inadimplentes relataram terem sofrido o impacto das dívidas no padrão de vida – sendo 39,8% parcialmente e 35,3% totalmente. Isso explica por que seis em cada dez endividados (60,0%) estavam altamente preocupados com a situação de inadimplência em que se encontravam.

Não conseguir pagar a dívida (30,8%) é o principal temor dos endividados ouvidos no levantamento, seguido de não poder parcelar novas compras (13,8%), ser considerado desonesto (11%), não conseguir emprego (8,5%) e não poder fazer empréstimos (8,2%).

Quatro em cada dez endividados buscaram alento em atividades que os ajudassem a não pensar nos problemas resultantes da inadimplência

A situação de inadimplência é capaz até de tirar o sono dos endividados, literalmente: 42,8% relataram terem sofrido com insônia ou excesso de vontade de dormir e 32,3% apresentaram modificações no apetite, sentindo mais ou menos fome do que de costume.
Além disso, quatro em cada dez endividados (40,8%) procuraram se dedicar a atividades que os ajudassem a não pensar nos problemas advindos das contas em aberto, 28,2% aliviaram suas ansiedades em algum vício (como cigarro, bebida ou comida) e 24,7% acabaram comprando mais do que de costume – ou até perdendo o controle do consumo.

“Nem todos os consumidores conseguem lidar com a inadimplência de forma racional. Muitas vezes, a pessoa fica tão frustrada ao descobrir que está endividada que busca evitar lidar com a situação alimentando comportamentos negativos, como descontar em vícios ou até em compras excessivas. Esse tipo de atitude pode aumentar ainda mais as dívidas, gerando uma espécie de círculo vicioso e deixando o inadimplente em uma situação pior do que estava antes”, explica a economista.

Três em cada dez inadimplentes relataram ter sofrido com desatenção e queda na produtividade no trabalho ou nos estudos

Além de afetar a saúde física e mental, as dívidas também podem ter impacto na dimensão profissional e social dos inadimplentes. Três em cada dez entrevistados ficaram mais desatentos ou menos produtivos no trabalho e/ou nos estudos após descobrir que estavam endividados. Para completar, 17,2% dos trabalhadores inadimplentes relataram ter ficado mais impacientes com os colegas, enquanto 16,7% andaram mais irritados, chegando a cometer agressões verbais contra familiares e amigos e 7,6% ficaram tão nervosos que chegaram a partir para a agressão física.

“Caso a pessoa não identifique ou busque controlar esse tipo de comportamento no ambiente de trabalho, ela pode correr o risco de perder o emprego, ficar sem fonte de renda e, consequentemente, se afundar ainda mais nas dívidas. Por isso, é de extrema importância que a pessoa tenha maturidade para encarar o problema de frente, por mais desconfortável que seja”, alerta Marcela.

Economia anuncia adiamento do prazo de pagamento do FGTS por 3 meses

Economia anuncia adiamento do prazo de pagamento do FGTS por 3 meses

Para conter impactos do avanço do novo coronavírus na economia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo vai permitir o diferimento do prazo de pagamento do FGTS. A medida terá duração de três meses e deve injetar R$ 30 bilhões na economia. Segundo o ministro, a medida visa a ajudar as empresas com dificuldade de capital de giro.

“A empresa está apertada, pararam de ir aos restaurantes, não é correto exigir dela que ela continue pagando isso. Como o fundo do FGTS está forte, recebendo reforço (do PIS/Pasep), podemos ficar sem recolher”, afirmou.O governo também vai permitir o diferimento do pagamento dos impostos devidos à União pelo Simples para pequenas e médias empresas, também por três meses.

A medida terá impacto de R$ 22,2 bilhões.Guedes disse que haverá ainda R$ 5 bilhões do Proger, programa do governo que oferta de linhas de crédito com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para micro e pequenas empresas. O ministro disse ainda que, por três meses, haverá redução de 50% das contribuições do Sistema S, que permitirá injeção de R$ 2,2 bilhões. “O Sistema S tem muitos recursos e liquidez substancial”, afirmou, ressaltando que há um “caixa forte e vigoroso” no Sistema S. “Avisamos desde a campanha que o Sistema S teria que contribuir com a economia brasileira.”

Fonte: Época Negócios

Como aumentar a restituição do Imposto de Renda?

Como aumentar a restituição do Imposto de Renda?

Declarar o IR é mais fácil do que parece. Melhor: ainda existem formas de aumentar a restituição!

Começou nesta segunda-feira, 2 de março, o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2020. Até 30 de abril, todos os contribuintes que tiveram rendimento superior a R$ 28.559,70 durante todo o ano de 2019 (ou aproximadamente R$ 2.379,98/mês) precisam fazer a declaração do IR. Também estão inclusos aqueles que obtiveram lucro por meio da venda de bens ou que realizaram operações financeiras na bolsa de valores.

Nessa época, encontramos dois perfis de contribuintes: o primeiro, que deixa a declaração do IR para a última hora e acaba aumentando os riscos de cometer erros e cair na malha fina; e aquele que opta por declarar o IR já nos primeiros dias, para receber a restituição nos primeiros lotes.

Independentemente do seu perfil, saiba que é possível aumentar a restituição do Imposto de Renda, basta declarar da maneira certa. Saiba mais:

O que é a restituição do Imposto de Renda?

A maior parte das pessoas que se encaixa na faixa de rendimento que torna a declaração do IR obrigatória já tem o imposto descontado na folha de pagamento. É o chamado IRRF ou Imposto de Renda Retido na Fonte. Há também aqueles em que o imposto é pago pelo próprio contribuinte. Em alguns casos, a Receita Federal precisa devolver o excedente. Ou seja, restituir o que foi pago além do necessário.

Antes disso, porém, é necessário descontar do valor pago como imposto as despesas que, por deveres constitucionais, seriam obrigação do governo, como educação e saúde. Essas são as chamadas despesas dedutíveis. Elas são importantes para que o contribuinte decida qual dos modelos de declaração do IR é o mais adequado para o seu perfil, o simplificado ou o completo. Para deduzir esses gastos, no entanto, é importante que os comprovantes dos gastos, como recibos, sejam guardados durante todo o ano.

Declaração do Imposto de Renda: devo fazer simplificada ou completa?

Se você é responsável por muitas despesas dedutíveis, como educação própria, escola particular dos filhos, planos de saúde para toda a família e planos de previdência privada, avalie a possibilidade de optar pela declaração completa. Essa é uma forma de aumentar a restituição do Imposto de Renda. Se você não julgar essas despesas tão numerosas, é provável que a declaração simples seja a mais adequada.

Se, assim como milhões de outros brasileiros, você não tiver certeza sobre qual modelo escolher, o programa da Receita Federal para a declaração do IR permite a simulação para as duas opções. Assim, basta preencher as informações de renda e despesas nos dois modelos e optar por aquela que ofereça um valor de imposto menor a ser pago ou uma restituição maior.

Como aumentar a restituição do Imposto de Renda?

  • Guarde todos os recibos: durante todo o ano, organize-se para guardar os recibos de todos os serviços contratados nas áreas das despesas que podem ser deduzidas do IR. Na hora da declaração completa, você vai precisar desses documentos, então, é muito importante que eles sejam solicitados aos prestadores de serviços no pagamento;
  • Atenção especial aos serviços de saúde: como o atendimento de saúde seria uma obrigação do Estado, o gasto nessa área pode ser deduzido do Imposto de Renda. Assim, lembre-se de solicitar recibos de todos os serviços que utilizar: exames clínicos, consultas particulares e consultas ao dentista, por exemplo, entram nessa conta. Tratamentos estéticos, procedimentos sem indicação médica ou sem recibo do hospital não podem ser deduzidos;
  • Despesas com dependentes: se você é responsável pelos gastos com dependentes, como filhos, pais e avós, essas despesas também podem ser deduzidas da sua declaração e aumentar a restituição do Imposto de Renda;
  • Previdência privada: quem faz plano de previdêcia privada pode abater até 12% de todo o rendimento anual tributável;
  • Taxas cobradas em investimentos: algumas taxas de corretagem de seus investimentos podem ser deduzidas. Fique atento!
  • Doações: se você ajuda instituições beneficentes, pode solicitar os recibos mensais e deduzir até 8% do valor doado;
  • Preste atenção aos prazos: embora seja um período longo para a declaração (60 dias) e o processo seja razoavelmente simples, todos os anos milhares de pessoas têm problemas com o Imposto de Renda. Se você não tem pressa para receber a restituição, não precisa declarar logo nos primeiros dias. Mas deixar para a última hora, nunca foi e certamente continua não sendo uma boa ideia – o sistema costuma ficar congestionado e isso pode acarretar na não entrega da declaração, deixando você no prejuízo com a multa (mínimo de R$ 165 e/ou de 1% limitado a 20% sobre o imposto a pagar);

Muito cuidado com os detalhes: outros milhares de brasileiros caem na malha fina da Receita Federal todos os anos por erro nos valores declarados. Ou seja, a Receita encontra inconsistências nos dados e valores declarados. Isso não significa, necessariamente, que o contribuinte agiu de má-fé. Mas para que não haja dúvidas, faça a declaração com o máximo de atenção nos números digitados ou busque ajuda de um profissional contábil de confiança, certo?

Siga essas dicas, evite dores de cabeça e aumente a restituição do Imposto de Renda!

Fonte: meubolsofeliz.com.br

O que é o cadastro positivo?

O que é o cadastro positivo?

O Cadastro Positivo reúne, de forma segura, as informações de pagamentos que você já fez ou está fazendo.

Esses dados ficam guardados num histórico que leva em conta não apenas o momento atual, mas toda a sua vida financeira recente.

Você não precisa se preocupar com a segurança das suas informações. O SPC Brasil, como empresa gestora de banco de dados, está autorizado pelo Banco Central a operar o Cadastro Positivo… todas as informações

Fonte: SPC BRASIL

Desempregados estão, em média, há um ano e três meses sem trabalho, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

Desempregados estão, em média, há um ano e três meses sem trabalho, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

Metade dos entrevistados garante estar disposta a receber uma remuneração menor que a do último emprego e 39% têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar. Perfil do desempregado é composto por mulher, de 33 anos, sem ensino superior e com filhos

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e três meses, em média, sem ocupação formal. O levantamento mostra ainda que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades melhores quando se está empregado.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal. De acordo com a pesquisa, praticamente quatro em cada dez desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar (39%), principalmente com serviços gerais (19%), com revenda de produtos (14%) e com venda de comidas (13%).

Além dos trabalhos informais, 30% admitem que ao menos parte de suas despesas estão sendo pagas por pais, filhos, amigos ou outros familiares. Também há aqueles que utilizado o seguro-desemprego (8%) e do acerto recebido da empresa em que trabalhavam (7%).

“O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada ‘gig economy’, ou ‘economia dos bicos’ – aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de aplicativos, por exemplo. As plataformas digitais facilitam a contratação de pessoas e oferecem oportunidade de geração de renda para milhões de desempregados. Por outro lado, esses trabalhadores não têm direitos assegurados e ou vínculo empregatício”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.

Somente 15% possuem reserva financeira para se manter até conseguirem novo emprego

A maioria (91%) dos desempregados que morava com outras pessoas contribuía financeiramente para as despesas da casa enquanto trabalhava, o que é um indicativo do impacto que o desemprego exerce sobre as famílias. Nesse caso, 29% não eram os principais responsáveis e agora não contribuem mais, enquanto 24% não eram os principais responsáveis e continuam contribuindo de alguma forma e 16% eram e ainda são os principais responsáveis no aspecto financeiro.

Somente 15% dos desempregados possuem reserva financeira para se manter até conseguirem um emprego, ao passo em que 76% não possuem. Dentre os ainda têm alguma quantia guardada, 59% possuem dinheiro na poupança ou outro investimento, 33% mencionam o FGTS e 21% outras fontes. Com o dinheiro, 18% conseguiriam pagar todas as despesas e contas essenciais pelos próximos três meses, outros 18% pelos próximos seis meses, 11% apenas até o próximo mês e outros 11% durante um ano.

Emprego com carteira assinada é o preferido por quem procura trabalho; 52% dos desempregados não têm participado nem de entrevistas
O emprego com carteira assinada é o preferido por aqueles que procuram trabalho (51%), seguido daqueles que aceitariam qualquer oportunidade, independente do formato (28%) e dos que buscam trabalho como autônomos, por conta própria (8%).

A procura pelo novo posto de trabalho exige esforço considerável, pois os entrevistados dedicam, em média, três horas por dia à tarefa. Nesse caso, vale acrescentar que 60% não sabem precisar o tempo diário empregado na busca.

A pesquisa revela que 48% dos entrevistados foram chamados para entrevistas de emprego, sendo que a maioria foi chamada para poucas (43%) e somente 5% para um volume grande de entrevistas. Por outro lado, outros 52% não têm sido chamados para entrevistas.
Considerando apenas aqueles que têm sido chamados para entrevistas, 43% já recusaram alguma proposta de emprego, principalmente por ser muito longe de casa (12%) e oferecer remuneração ou benefícios ruins (9%).

78% não estão fazendo nenhum tipo de curso de capacitação profissional para conseguir oportunidades de trabalho melhores

A pesquisa indica que a maioria dos desempregados brasileiros não investe, atualmente, no aprimoramento pessoal como meio de ampliar as chances de contratação: 78% não estão fazendo nenhum tipo de curso de capacitação profissional para conseguir oportunidades de trabalho melhores. Em contrapartida, 18% estão fazendo, sendo 12% cursos gratuitos e 6% cursos pagos.

Para o presidente da CNDL, o problema do desemprego deve ser abordado com políticas públicas capazes de contribuir para a qualificação profissional. “O desemprego não ocorre apenas pela falta de oportunidades e pela economia adversa. As empresas costumam ter muita dificuldade em encontrar pessoas capazes de preencher vagas que exijam conhecimento técnico e especializado. Nesse sentido, os governos e a iniciativa privada devem fazer uma análise setorial para investir em cursos preparatórios atualizados, e que estejam em sintonia com as novas necessidades do universo profissional.

Além disto, é preciso que o trabalhador seja proativo ao lidar com o problema do desemprego, aproveitando o tempo livre para analisar e reavaliar as próprias competências. Embora algumas pessoas não disponham de recursos financeiros para investir em cursos, lembramos que a internet está repleta de oportunidades gratuitas e com fontes confiáveis de aprendizado”, completa Costa.

Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (24%).
Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (95%), enquanto apenas 5% estão nas Classe A e B.
Em relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados possui filhos (52%).

75% esperam conseguir novo emprego em até seis meses

Embora estejam há um tempo considerável sem emprego, 75% das pessoas ouvidas esperam conseguir uma recolocação em até seis meses. Além disso, 72% acreditam que estão preparados para conseguir um novo emprego, especialmente por ter uma boa experiência profissional (43%).
Tendo em vista o contexto do desemprego em 2020, 33% acreditam que o percentual da população desocupada diminuirá, enquanto 33% acreditam que permanecerá estável e 19% julgam que vai aumentar.

Fonte: SPC BRASIL

Mercado tem aumento de retenção de ocupados e de formalização, segundo o Ipea

Mercado tem aumento de retenção de ocupados e de formalização, segundo o Ipea

Embora o processo de melhora do mercado de trabalho ainda seja lento, está ganhando intensidade, pois, no último trimestre de 2019, aumentou a retenção de trabalhadores ocupados e formalização, mostra estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira.

A má notícia do fim do ano passado é que houve queda na renda, por causa da aceleração da inflação das carnes. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já havia registrado redução do desemprego.Como divulgado no fim do mês passado, a taxa de desemprego ficou em 11,2% no trimestre móvel encerrado em janeiro, 0,8 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de igual período do ano anterior.

Ao analisar os microdados da Pnad-C, os pesquisadores do Ipea concluíram que o “melhor desempenho da ocupação vem sendo possibilitado não apenas pelo aumento da geração de postos de trabalho, mas também pelo recuo do número de demissões”, com mais retenção.”No último trimestre de 2019, a proporção de ocupados que já se encontravam nesta situação no trimestre imediatamente anterior foi de 86,1%, o que significa o maior patamar de retenção de trabalhadores para este período desde 2014″, diz o relatório do estudo.

O aumento da retenção dos trabalhadores empregados é maior no mercado formal. “No quarto trimestre de 2019, a retenção de ocupados no setor formal da economia foi de 90,1%, o que constitui o pico da série, superando, inclusive, os períodos de maior dinamismo no mercado de trabalho brasileiro”.Os pesquisadores também identificaram, nos microdados da Pnad-C, “movimentações mais favoráveis nos fluxos de trabalhadores entrando ou saindo” da categoria de empregado formal. Entre 2014 e 2018, a parcela dos trabalhadores que transitou da desocupação para a ocupação no mercado formal tombou de 15,4% para 8,7%.

No último trimestre de 2019, porém, houve recuperação (8,8%).Já o fluxo de trabalhadores que passa da informalidade para a formalidade caiu de 17% em 2014 para 13,1% em 2018. Agora, no quarto trimestre de 2019, essa proporção voltou a subir, para 13,7%. “Em contrapartida, a parcela de ocupados que transitaram na direção oposta – da formalidade para a informalidade – caiu de 5,9% para 5,3% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2019”, diz o relatório.Por outro lado, a dinâmica da renda segue como o ponto negativo do processo de recuperação do mercado de trabalho.

Utilizando o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda (índice que desagrega o IPCA conforme diferentes faixas de renda), os pesquisadores verificaram que houve queda no rendimento médio real domiciliar em todas as faixas de renda, especialmente nas faixas 4 (de R$ 4.134,03 a R$ 8.268,06) e 5 (de R$ 8.268,06 a R$ 16.536,12).

Fonte: Jornal do Comércio