BC projeta crescimento de 1,7% do PIB para 2022

BC projeta crescimento de 1,7% do PIB para 2022

Previsão anterior, divulgada em março, era de 1%

O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada hoje (23) pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão.

De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “os efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”.

Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF).

Inflação
O BC aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8%, nesta projeção de junho. O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%.

Credibilidade
Perguntado se a credibilidade do sistema de metas de inflação poderia ser afetada, em meio ao cenário de incertezas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse trabalhar também com uma “meta secundária de suavização, olhando um pouco o balanço de tudo que fizemos e o balanço de riscos que existe hoje, e como isso influencia as decisões futuras”.

“Temos comunicado que estamos perseguindo um número ao redor. E temos dito que não é 4%. É menos de 4% [em 2023]. Obviamente, todas relações de trocas entre alta de juros e suavização do ciclo – entendendo onde a taxa de juros tem de chegar e entendendo também as relações de troca entre o ritmo de subida e a taxa terminal, e quanto a taxa tem de ficar no nível terminal – tudo é levado em consideração”, argumentou.

“O horizonte relevante é 2023, e o ao redor da meta é abaixo de 4%. Claro que caso chegue a 4% teremos de atuar, mas uma variação de + 0,1 ou +0,2, para um lado ou outro nesse ambiente de incerteza, não tem um valor esperado tão positivo. É mais claro delinear uma estratégia, olhar um prazo de horizonte relevante e delinear uma estratégia”, completou.

Fonte: Varejo SA

Turismo brasileiro cresce 47,7% em abril

Turismo brasileiro cresce 47,7% em abril
Piscina natural em Porto de Galinhas, Pernambuco (Foto: Luiz Antonio Nasser Jr./Shutterstock)

O turismo brasileiro faturou R$ 15,3 bilhões em abril, crescendo 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Houve também alta de 32,2% no acumulado no ano. No entanto, na comparação com abril de 2019, ano anterior à pandemia, o setor teve queda de 7,5%.

A FecomercioSP avalia que os feriados de Sexta-feira Santa, Tiradentes e os desfiles de carnaval contribuíram para o crescimento, considerado significativo, em abril deste ano e que a variação do mês demonstra sólida recuperação do turismo no Brasil. No mesmo período do ano passado, o setor cresceu 36%. Diante disso, a entidade acrescenta que “a alta não é resultado de uma base fragilizada de comparação, em razão dos efeitos da pandemia, mas um indicativo real de melhora nas perspectivas do turismo nacional”.

O maior crescimento ocorreu na atividade de transporte aéreo, com aumento de 159,7% na comparação anual e faturamento de R$ 4,6 bilhões no mês, voltando ao nível que faturava em abril de 2019 – já com o valor corrigido pela inflação – conforme apontou a FecomercioSP.

Para explicar o resultado, a entidade cita que as empresas estão ampliando a malha aérea com novas rotas e a demanda tem acompanhado este movimento. Outro motivo apontado foi o aumento no valor das passagens, que sofre influência da alta do querosene de aviação. “Desta forma, além da recuperação do mercado no pós-pandemia, o que influenciou o segmento foi, sem dúvida, os preços elevados dos bilhetes”, divulgou, em nota, a entidade.

O segundo maior crescimento foi observado nos serviços de alojamento e alimentação, com alta de 56,1% e faturamento de R$ 4,5 bilhões. Na comparação com o período pré-pandemia, entretanto, houve queda de 12,9%. As atividades culturais, recreativas e esportivas registraram alta de 21,7%, com faturamento de R$ 1,1 bilhão no mês. O montante ficou abaixo do período anterior à pandemia, já que, na comparação com abril de 2019, houve queda de 24,2%.

O transporte terrestre – que inclui os ônibus intermunicipal, interestadual e internacional, além de trens turísticos – teve alta de 10,9%, com faturamento de R$ 2,6 bilhões e aumento de 1,9% em relação ao nível pré-pandemia. As locadoras de veículos, agências e operadoras de turismo avançaram 2,5%, faturando R$ 2,5 milhões.

O transporte aquaviário foi o único segmento a ter queda no mês (-2,3%), com faturamento de R$ 42,3 milhões, o menor entre as atividades apontadas no levantamento. Com grande evolução durante a pandemia, segundo avaliou a FecomercioSP, o resultado foi 27,3% maior em relação a abril de 2019.

Apesar dos resultados de abril mostrarem um contexto positivo para o turismo, avaliação da entidade aponta que, se a inflação no setor continuar elevada, pode haver comprometimento do desempenho no segundo semestre, diminuindo a amplitude de expansão.

A presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, observou que os gastos com turismo são discricionários tanto para as empresas quanto para as famílias e que um dos efeitos do aumento constante de preços é a modificação ou cancelamento desse tipo de despesa.

Fonte: Varejo SA

62 milhões de brasileiros estão negativados, aponta CNDL/SPC Brasil

62 milhões de brasileiros estão negativados, aponta CNDL/SPC Brasil

A Análise de Inadimplência Nacional de Pessoas Físicas, realizadas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), estima que quatro em cada dez brasileiros adultos (38,68%) estavam negativados em maio de 2022. São 62,37 milhões de consumidores pessoa física inadimplentes.

Em maio de 2022, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 5,81% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação a abril de 2022, o número aumentou em 0,80%. Na soma de todas as dívidas, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.564,82 para 1,89 empresas credoras, em média. Porém, mais da metade das dívidas (50,32%) é de até R$ 1.000.

Tempo de atraso
O estufo mostra que cresceu o número de negativados com contas em atraso ‘entre 91 dias a 1 ano’ (44,73%), seguido de pessoas com débitos em aberto ‘de até 90 dias’ (10,43%). O atraso médio das contas dos brasileiros é de 2 anos, 2 meses e 24 dias.

Quando avaliado a faixa etária das pessoas inadimplentes, a pesquisa mostra que a maior parte tem entre 30 e 39 anos (24,04%), na sequência aparecem aqueles entre 40 e 49 anos (21,06%). A idade média de um devedor em atraso no Brasil é de 44 anos. Com relação ao sexo, mulheres representam 50,80% dos casos e homens, 49,20%.

Setores
Em maio de 2022, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de bancos (20,16%) e água e luz (7,01%). Em outra direção, tiveram uma leve queda as dívidas com o setor credor de comunicação (‐10,11%) e comércio (‐4,70%).

Em termos de participação, a maior parte das dívidas das pessoas físicas negativadas é com os bancos (58,48%), comércio (13,69%), água e luz (11,12%) e comunicação (9,37%).

Fonte: Varejo SA

Microempresas e MEI poderão acessar programa de crédito garantido

Microempresas e MEI poderão acessar programa de crédito garantido

Recursos deverão estar disponíveis no final de julho

A segunda edição do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito, na modalidade garantia (PEAC-FGI), poderá apoiar microempresas e microempreendedores individuais (MEI), anunciou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo o chefe do Departamento de Produtos de Garantia para Acesso ao Crédito do BNDES, Luciano Lanz, para a operacionalização do programa, são necessários ainda a realização de assembleia geral extraordinária de cotistas do Fundo, a divulgação de regulamento com as novas condições e o desenvolvimento e adaptação dos sistemas de tecnologia da informação (TI) do BNDES e dos bancos parceiros. Na primeira rodada do PEAC, foram 47 bancos habilitados.

“A expectativa é que esteja disponível para concessão de garantias no final de julho”, informou Lanz.

Esse prazo conta a partir da publicação hoje (21), no Diário Oficial da União (DOU), da portaria assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes que estabeleceu as diretrizes do novo PEAC-FGI, operacionalizado pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).

Resultado de parceria entre o BNDES e o Ministério da Economia, a segunda edição do PEAC foi viabilizada pela Medida Provisória 1.114/2022, e contará com recursos já disponíveis no Fundo Garantidor, sem necessidade de novos aportes da União.

Garantias
Os novos empréstimos terão como garantia os recursos pagos pelas empresas referentes aos financiamentos garantidos até o término do primeiro PEAC, em dezembro de 2020.

“Nessa nova rodada, não há novo aporte de recursos do Tesouro. O que acontece é que os recursos que já foram liberados em decorrência de resultados de aplicações financeiras do Fundo ou de operações de garantia eventualmente já liquidadas estão sendo usados para concessão de novas garantias”.

Com isso, a expectativa é ter em torno de R$ 1 bilhão de recursos este ano e algo próximo de R$ 1,2 bilhão, no próximo exercício. Considerando a expectativa de alavancagem desses recursos, Lanz estimou que isso deve possibilitar um volume perto de R$ 22 bilhões até o final de 2023, em termos de crédito garantido.

Na versão anterior, lançada em 30 de junho de 2020 como medida para mitigar a crise econômica gerada pela pandemia da covid-19, o PEAC-FGI recebeu quatro aportes do Tesouro Nacional no montante de R$ 5 bilhões cada, somando R$ 20 bilhões, para garantia dos recursos destinados para financiamentos pela rede de bancos parceiros, com baixo risco de inadimplência.

Luciano Lanz destacou que outra grande diferença em relação ao PEAC-FGI de 2020 é a exclusão da garantia para grandes empresas. Além disso, para os microempreendedores individuais e microempresas, foi definido o limite máximo de 30% para cobertura de inadimplência permitido na Lei 14.042.

“Com isso, você reforça o compromisso do governo federal e do BNDES no apoio ao empreendedorismo e no acesso ao crédito para aqueles que têm maior dificuldade em oferecer garantias ao sistema bancário”.

Por outro lado, o percentual máximo de cobertura de inadimplência para pequenas empresas será de 10% e, para médias empresas, 7%, mostrando redução em comparação ao primeiro PEAC, quando os percentuais eram de 30% e 20%, respectivamente.

Lanz deixou claro que o foco é ampliar o acesso para microempreendedores individuais e microempresas. Ele lembrou também que, no primeiro PEAC, a situação era mais grave, gerada pela pandemia do novo coronavírus, e existia necessidade de esses percentuais para pequenas e médias empresas serem mais altos do que são hoje.

“Apesar de a gente ainda estar sentindo os efeitos da pandemia, da própria guerra da Ucrânia e outras questões, a gente está em uma situação menos crítica sob esse ponto, o que permite que você reduza o percentual para esses segmentos, mas mantendo a expectativa de efetividade e alcance do programa”, afirmou.

Balanço
As contratações de financiamento do primeiro PEAC-FGI foram encerradas em dezembro de 2020. Dados acumulados pelo BNDES entre 30 de junho e 31 de dezembro de 2020 revelam que o total de financiamentos contratados com garantia pelo programa emergencial de crédito alcançou R$ 92,1 bilhões, por meio de mais de 40 agentes financeiros, com 135.720 operações e apoio a 114.355 empresas de todas as regiões do país. Dessas companhias, 68% eram de pequeno porte; 31% de médio porte; 1% de grande porte. Os financiamentos foram concedidos em mais de 3.800 municípios.

Matéria alterada às 19h14 para correção de informação. Ao contrário do que estava publicado anteriormente, a expectativa é que a concessão de garantias esteja disponível no final de julho e não em 30 dias, como foi publicado anteriormente.

Fonte: Varejo SA

Varejo brasileiro registra crescimento em meio à inflação e guerra

Varejo brasileiro registra crescimento em meio à inflação e guerra

“A maioria dos executivos de grandes empresas desenha um quadro favorável para o Brasil diante da situação em que o mundo se encontra”, avalia Marcos Saad.

Guerra, possível recessão mundial, inflação e possíveis conflitos futuros trazem um ar de incerteza à maioria dos segmentos. O varejo brasileiro, mesmo diante das adversidades, segue registrando crescimento.

Apesar das incertezas eleitorais, da guerra entre Rússia e Ucrânia que afeta boa parte do mundo, inflação e juros elevados, o varejo brasileiro segue resiliente, registrando uma taxa de crescimento em março de 2022.

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas no varejo cresceram 18% no período, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês em 2021.

Desconsiderados os fatores externos, que têm grande influência sobre o mercado doméstico e afetam a vida das famílias, os dados do varejo ainda não voltaram às taxas registradas antes da pandemia, mas especialistas indicam um cenário positivo para os próximos anos.

“Converso com muitos empresários de conglomerados com sedes e sucursais em diversos países e, com isso, exploro as diversas visões do futuro da economia mundial. A maioria dessas pessoas desenha um quadro favorável para o Brasil diante da situação em que o mundo se encontra”, avalia Marcos Saad, sócio da MEC Malls, que faz a concepção e a gestão de strip malls, empreendimentos focados em trazer conveniência aos consumidores que vivem em seu entorno.

Prova dessa visão positiva sobre o varejo brasileiro é que, em 2021, o país foi o sétimo colocado no ranking dos países que mais atraíram investimento estrangeiro, segundo levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

“Esse fator tem gerado menor pressão sobre o câmbio e sobre a inflação futura, além da valorização do real, diante das grandes perdas já experimentadas”, completa Saad, também presidente da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls), que viu, entre seus associados, um grande crescimento no número de empreendimentos voltados à conveniência, localizados em pontos estratégicos das cidades.

Com a possível retração no fluxo de investimento para os países europeus, visto que analistas preveem o crescimento da Guerra Fria no continente europeu e em parte do continente asiático, o Brasil é visto como uma possibilidade para muitos investidores – e o varejo é parte disso.

Até o fim do atual mandato do presidente Jair Bolsonaro, o Governo espera ter contratado mais de R$ 1,3 trilhão em investimentos privados no âmbito do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), segundo dados do Ministério da Economia. Até 2024, o aporte da iniciativa privada deve superar os R$ 356,8 bilhões.

“O Brasil está praticando uma das maiores taxas de juros do mundo, e deve mantê-la em patamares elevados até a inflação voltar ao nível da meta. Esta situação é favorável à atração de capital externo. O varejo se beneficia enormemente disso”, conclui Saad.

Fonte: Varejo SA

BB renegocia R$ 150 milhões em dívidas de pequenos negócios

BB renegocia R$ 150 milhões em dívidas de pequenos negócios

O Banco do Brasil (BB) já renegociou dívidas em atraso de 6 mil pequenos empresários e microempreendedores individuais (MEIs) na primeira semana da Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas, promovida pelo Sebrae Nacional. Em valores, as renegociações são da ordem de R$ 150 milhões nas contas do BB.

Segundo o banco, a procura por renegociação em canais digitais do BB aumentou cerca de 200% durante a campanha, iniciada em 3 de junho.

O objetivo da mobilização é apoiar micro e pequenos negócios que tenham empréstimos com parcelas em atraso vinculados ao Fundo de Aval do Sebrae (Fampe), fundo garantidor com aval do Sebrae para operações de crédito de pequenos negócios. Podem ser também reavaliados outros empréstimos e financiamentos eventualmente em atraso Até o fim de junho, o BB vai renegociar as parcelas de negócios com faturamento bruto anual abaixo de R$ 4,8 milhões e dívidas vencidas há mais de 15 dias.

O saldo devedor pode ser renegociado em até 96 meses, com taxas a partir de TR + 1% ao mês. O banco também oferece rebate de até 92% para dívidas vencidas há mais de 60 dias.

Além do BB, participam da Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas a Caixa, o Banco Original, Serasa, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e outras instituições de fomento.

Nome “sujo” Mais de 65 milhões de brasileiros estão com o nome “sujo”, o que corresponde a 40% da população, segundo o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil realizado pela Serasa.

Para essas pessoas, limpar o nome é muito mais que uma questão de honra, já que garante empréstimos mais baratos e facilita a realização de negócios.

O nome sujo pode gerar restrições e redução do score em órgãos de proteção de crédito, deixando os financiamentos mais caros e dificultando o aluguel de um imóvel, por exemplo. No entanto, não é permitido que seja realizada qualquer prática discriminatória com quem tem o nome negativado.

A pessoa com o nome sujo não pode ser impedida de ser contratada por empresa privada ou de ser aprovada em concurso público, nem de tirar passaporte e visto. “A abertura de conta em banco pode ser mais custosa e o crédito escasso, mas hoje em dia também é possível”, comenta Fernando Xavier, diretor-executivo (CEO) da BuscaJuris.

É possível checar se o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) está com restrição e limpar o nome, de forma gratuita, por meio de sites e aplicativos dos órgãos de proteção ao crédito. Os principais são Serasa, Boa Vista SCPC e SPC Brasil.

Cada serviço cobre um número de empresas, o que significa que, mesmo que não conste em um cadastro, o nome pode estar negativado em outro.

A melhor oportunidade para limpar o nome são os eventos promovidos pelos órgãos de proteção ao crédito em parceria com algumas empresas. “Nessas ocasiões são oferecidos descontos atrativos para regularizar a situação”, explica Xavier. O empréstimo só vale a pena para quitar o débito quando o custo do financiamento é inferior aos juros da dívida.

Fonte: Varejo SA

Abertura de pequenos negócios continua em alta no país

Abertura de pequenos negócios continua em alta no país

A abertura de pequenos negócios continua em alta no país, mesmo diante das dificuldades impostas pelo atual cenário econômico. Levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), identificou que apesar de um pequeno recuo registrado no primeiro trimestre de 2022, se comparado ao mesmo período do ano passado, o número de empresas abertas continuou sendo superior ao registrado em 2019 e 2020, período pré-pandemia.

A análise feita pelo Sebrae mostra que nos três primeiros meses deste ano foram criadas 954 mil empresas – entre microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte. No mesmo período de 2019 e 2020 foram abertos, respectivamente, 762 mil e 843 mil pequenos negócios, respectivamente. Já em 2021, o resultado foi de pouco mais de 1 milhão de novos empreendimentos. Além do número de abertura de empresas, o levantamento também identificou as dez atividades que mais registraram empresas no primeiro trimestre de 2022. O destaque no ranking fica por conta dos segmentos de moda, saúde e construção.

Uma possível explicação para a queda no número de novos negócios nos três primeiros meses do ano pode ser a queda no chamado empreendedorismo por necessidade no Brasil. O estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), já indicava, no ano passado, uma redução de 1,5 pontos percentuais na taxa de empreendedorismo por necessidade, que é um fator que influencia muitos empreendedores (em especial os MEI) ao escolherem abrir o próprio negócio para buscar uma fonte de subsistência.

“A pandemia teve início em 2020 e, junto com ela, cresceu a quantidade de desempregados, motivados, em muitos casos, pelo grande número de restrições nas atividades econômicas. Com a vacinação e o arrefecimento das medidas restritivas, as empresas voltaram a funcionar e a contratar, o que pode ter reduzido o empreendedorismo por necessidade”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Atividades
Entre os MEI, o primeiro lugar da lista com o maior número de abertura é a atividade de comércio de artigos de vestuário e acessórios, com 43,7 mil pequenos novos negócios nos três primeiros meses deste ano. O ramo também ocupa o terceiro lugar entre as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), chegando a 4 mil e 677 empreendimentos, respectivamente.

Em segundo lugar entre os MEI aparece a promoção de vendas, com 43,1 mil novos registros, seguido pela atuação de cabelereiro, manicure e pedicure, com 35,7 mil aberturas de MEI no primeiro trimestre de 2022. Em comparação com os anos anteriores, a atividade de promoção de vendas vem crescendo desde 2019, sempre alcançando os primeiros lugares do ranking.

O desempenho das atividades de beleza segue estável desde o ano passado, mas com queda no ranking quando comparado ao mesmo período de 2019, quando foi o primeiro lugar com 43 mil novos MEI. Quando comparado com o mesmo período de 2021, a abertura de negócios desse segmento também apresentou uma queda: Em 2021, foram 38,2 mil formalização. Já em 2022, 35,8 mil.

Os três primeiros classificados são os mesmos para as ME e EPP. Em primeiro lugar, estão os serviços combinados de escritório e o apoio administrativo, seguidos da atividade médica ambulatorial restrita às consultas e ao comércio de artigos de vestuário e acessórios. Nos primeiros três meses de 2022, foram abertas quase 7 mil novas ME e 1 mil novas EPP da atividade de serviços combinados de escritório e apoio administrativo no país. Já o CNAE da atividade do segmento da saúde citada teve 4,8 mil novas ME e 817 cadastros de EPP no mesmo período.

A pesquisa produzida pelo Sebrae também aponta atividades ligadas ao segmento da construção civil, como serviços de engenharia e construção de edifício com expressivas taxas de aberturas. Entre as ME, por exemplo, os serviços de engenharia, que incluem a elaboração e gestão de projetos e inspeção técnica nas áreas de engenharia civil, hidráulica e tráfego, bem como vistoria e supervisão de obras, tiveram 3,3 mil novas microempresas abertas e 411 empreendimentos de pequeno porte. Em relação aos anos anteriores, observa-se que a atividade vem ganhando espaço desde 2020, quando apareceu no ranking e se mantém entre as dez com maior número de aberturas entre as ME.

Já a construção de edifícios ganhou espaço entre as EPP com 656 novos negócios, ocupando o quarto lugar do ranking. No retrospecto, se levarmos em conta os anos de 2021 e 2020, observa-se que a atividade perdeu algumas posições entre as maiores taxas de abertura. No primeiro trimestre do ano passado, por exemplo, a construção de edifícios ficou no segundo lugar do ranking, com 833 novas EPP.

Balanço geral
Confira abaixo o ranking geral dos pequenos negócios com maior taxa de abertura no primeiro trimestre de 2022:

Microempreendedores Individuais (MEI)

  1. Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios.
  2. Promoção de vendas.
  3. Cabeleireiros, manicure e pedicure.
  4. Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificado.
  5. Obras de alvenaria.
  6. Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar.
  7. Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal.
  8. Outras atividades de ensino não especificadas anteriormente.
  9. Outras atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente.
  10. Serviços domésticos.

Microempresas

  1. Serviços combinados de escritório e apoio administrativo.
  2. Atividade médica ambulatorial restrita a consultas.
  3. Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios.
  4. Restaurante e similares.
  5. Serviços de engenharia.
  6. Atividade odontológica.
  7. Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares.
  8. Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica.
  9. Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios.
  10. Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial.

Empresas de Pequeno Porte

  1. Serviços combinados de escritório e apoio administrativo.
  2. Atividade médica ambulatorial restrita a consultas.
  3. Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios.
  4. Construção de edifícios.
  5. Restaurante e similares.
  6. Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças , intermunicipal, interestadual.
  7. Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica.
  8. Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns.
  9. Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários.
  10. Serviços de engenharia.

Fonte: Varejo SA

Brasileiros querem comprar mais do comércio local

Brasileiros querem comprar mais do comércio local

Levantamento da Plataforma Gente, da Globo, aponta que 71% dos consumidores brasileiros pretendem comprar mais de negócios locais porque querem que eles permaneçam abertos. Apesar da preocupação com o comércio local, na última Black Friday, 49% realizaram compras somente pela internet, ainda que 55% tivessem a intenção de adquirir produtos tanto nas lojas físicas quanto nas virtuais.

O estudo ‘Meios de pagamento – oportunidades e ameaças para o segmento’, que buscou identificar como as novas tecnologias transformaram os hábitos de consumo digital dos brasileiros, mostra ainda que 78% dos brasileiros seguem preferindo comprar de lojistas que usam tecnologias para reduzir o contato entre pessoas, como autoatendimento e pagamento via app.

Só para ter uma ideia, um em cada quatro pagamentos com cartão já usa tecnologia de aproximação. O pagamento contactless cresceu 385% de 2020 para 2021, movimentando R$ 199 bilhões em transações.

Pandemia
Durante a pandemia, 75% dos entrevistados aprovaram o uso de tecnologias, pelos varejistas, a fim de facilitar o acesso a seus produtos e serviços. Além disso, 70% continuarão comprando de varejistas com os quais contaram durante a pandemia.

Em 2021, os canais de vendas mais utilizados foram: WhatsApp (84%), Instagram (51%), Facebook (42%), loja virtual própria (14%), Mercado Livre (7%), apps de entrega (6%), OLX (5%) e Magalu (3%).

Com relação aos apps de varejo, as funcionalidades mais importantes são cashback (50%), entrega no mesmo dia (42%) e clique e retire (36%).

Pagamentos
O estudo aponta que as transações remotas cresceram, e chegaram a representar uma em cada três transações com cartão de crédito, movimentando quase R$ 570 bilhões em 2021 – um crescimento de 31% com relação ao ano anterior. Na maioria das transações (97%), foi usado cartão de crédito no pagamento, seguido de cartões de débito (2%) e pré-pago (1%).

Na hora de pagar pelos produtos e serviços, 80% afirmaram que já desistiram de comprar em uma loja por não poder pagar da forma que gostariam.

Fonte: Varejo SA

Visita do presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul à CDL Gramado

Visita do presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul à CDL Gramado

A Diretoria da CDL Gramado, representada pelo seu presidente Sr. Tiago Martins recebeu na tarde de hoje, 14/06/2022, a ilustre visita do presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Sr. Ivonei Pioner.

A visita teve por objetivo principal estreitar e reforçar os laços de parceria e apoio mútuos entre a federação e a entidade.

Foto: Evelin do Nascimento/Executiva

Senado aprova texto-base de projeto que cria teto para o ICMS

Senado aprova texto-base de projeto que cria teto para o ICMS
Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF) WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO - 13.6.2022

Alíquota do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações, gás natural e transporte coletivo não poderá exceder 18%

 

O plenário do Senado aprovou nesta segunda-feira (13) o texto-base do projeto de lei que cria um teto para a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações, gás natural e transporte coletivo. Os senadores ainda votarão os destaques, que são sugestões de alteração à redação da matéria. Em seguida, a proposta voltará à Câmara.

Segundo a proposta, combustíveis, energia elétrica, comunicações, gás natural e transporte coletivo passam a ser considerados como bens essenciais. Assim, a alíquota de ICMS cobrada nas operações que envolvem esses itens não pode ser superior à que incide sobre as mercadorias em geral, que varia entre 17% e 18%. Esse teto entrará em vigor assim que a proposta for sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

A matéria prevê que estados e municípios serão compensados pela União até o fim do ano no caso de queda na arrecadação do ICMS que seja superior a 5% em relação a 2021. Essa perda de receita deve estar associada apenas aos bens e serviços afetados pelo projeto de lei. A comparação será feita mês a mês pelos valores mensais de 2021 corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil.

A compensação será diferente entre os estados que têm dívidas com a União e os que não têm. Nos casos de estados devedores, a indenização acontecerá com a amortização dos débitos e essa compensação será aplicada sobre as parcelas que os estados precisam pagar ao Tesouro Nacional.

Para estados que aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal, as perdas de arrecadação serão compensadas integralmente. Para os demais entes com dívidas administradas pelo Tesouro Nacional, mas que não têm contrato de refinanciamento, a dedução ficará limitada ao valor que exceder 5% das perdas de receita.

Já para estados sem dívida, a dedução será feita em 2023 com o que o governo federal arrecadar da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Além disso, esses entes terão prioridade na contratação de empréstimos no segundo semestre de 2022.

A proposta prevê, ainda, a redução a zero, até o fim de 2022, das alíquotas de PIS/Cofins, PIS/Cofins importação e Cide-combustíveis sobre etanol e gasolina. Outro ponto da proposta suspende até o final deste ano a cobrança de PIS/Cofins nas aquisições no mercado interno e nas importações de petróleo efetuadas por refinarias para a produção de combustíveis.