Declarar o IR é mais fácil do que parece. Melhor: ainda existem formas de aumentar a restituição!
Começou nesta segunda-feira, 2 de março, o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2020. Até 30 de abril, todos os contribuintes que tiveram rendimento superior a R$ 28.559,70 durante todo o ano de 2019 (ou aproximadamente R$ 2.379,98/mês) precisam fazer a declaração do IR. Também estão inclusos aqueles que obtiveram lucro por meio da venda de bens ou que realizaram operações financeiras na bolsa de valores.
Nessa época, encontramos dois perfis de contribuintes: o primeiro, que deixa a declaração do IR para a última hora e acaba aumentando os riscos de cometer erros e cair na malha fina; e aquele que opta por declarar o IR já nos primeiros dias, para receber a restituição nos primeiros lotes.
Independentemente do seu perfil, saiba que é possível aumentar a restituição do Imposto de Renda, basta declarar da maneira certa. Saiba mais:
O que é a restituição do Imposto de Renda?
A maior parte das pessoas que se encaixa na faixa de rendimento que torna a declaração do IR obrigatória já tem o imposto descontado na folha de pagamento. É o chamado IRRF ou Imposto de Renda Retido na Fonte. Há também aqueles em que o imposto é pago pelo próprio contribuinte. Em alguns casos, a Receita Federal precisa devolver o excedente. Ou seja, restituir o que foi pago além do necessário.
Antes disso, porém, é necessário descontar do valor pago como imposto as despesas que, por deveres constitucionais, seriam obrigação do governo, como educação e saúde. Essas são as chamadas despesas dedutíveis. Elas são importantes para que o contribuinte decida qual dos modelos de declaração do IR é o mais adequado para o seu perfil, o simplificado ou o completo. Para deduzir esses gastos, no entanto, é importante que os comprovantes dos gastos, como recibos, sejam guardados durante todo o ano.
Declaração do Imposto de Renda: devo fazer simplificada ou completa?
Se você é responsável por muitas despesas dedutíveis, como educação própria, escola particular dos filhos, planos de saúde para toda a família e planos de previdência privada, avalie a possibilidade de optar pela declaração completa. Essa é uma forma de aumentar a restituição do Imposto de Renda. Se você não julgar essas despesas tão numerosas, é provável que a declaração simples seja a mais adequada.
Se, assim como milhões de outros brasileiros, você não tiver certeza sobre qual modelo escolher, o programa da Receita Federal para a declaração do IR permite a simulação para as duas opções. Assim, basta preencher as informações de renda e despesas nos dois modelos e optar por aquela que ofereça um valor de imposto menor a ser pago ou uma restituição maior.
Como aumentar a restituição do Imposto de Renda?
- Guarde todos os recibos: durante todo o ano, organize-se para guardar os recibos de todos os serviços contratados nas áreas das despesas que podem ser deduzidas do IR. Na hora da declaração completa, você vai precisar desses documentos, então, é muito importante que eles sejam solicitados aos prestadores de serviços no pagamento;
- Atenção especial aos serviços de saúde: como o atendimento de saúde seria uma obrigação do Estado, o gasto nessa área pode ser deduzido do Imposto de Renda. Assim, lembre-se de solicitar recibos de todos os serviços que utilizar: exames clínicos, consultas particulares e consultas ao dentista, por exemplo, entram nessa conta. Tratamentos estéticos, procedimentos sem indicação médica ou sem recibo do hospital não podem ser deduzidos;
- Despesas com dependentes: se você é responsável pelos gastos com dependentes, como filhos, pais e avós, essas despesas também podem ser deduzidas da sua declaração e aumentar a restituição do Imposto de Renda;
- Previdência privada: quem faz plano de previdêcia privada pode abater até 12% de todo o rendimento anual tributável;
- Taxas cobradas em investimentos: algumas taxas de corretagem de seus investimentos podem ser deduzidas. Fique atento!
- Doações: se você ajuda instituições beneficentes, pode solicitar os recibos mensais e deduzir até 8% do valor doado;
- Preste atenção aos prazos: embora seja um período longo para a declaração (60 dias) e o processo seja razoavelmente simples, todos os anos milhares de pessoas têm problemas com o Imposto de Renda. Se você não tem pressa para receber a restituição, não precisa declarar logo nos primeiros dias. Mas deixar para a última hora, nunca foi e certamente continua não sendo uma boa ideia – o sistema costuma ficar congestionado e isso pode acarretar na não entrega da declaração, deixando você no prejuízo com a multa (mínimo de R$ 165 e/ou de 1% limitado a 20% sobre o imposto a pagar);
Muito cuidado com os detalhes: outros milhares de brasileiros caem na malha fina da Receita Federal todos os anos por erro nos valores declarados. Ou seja, a Receita encontra inconsistências nos dados e valores declarados. Isso não significa, necessariamente, que o contribuinte agiu de má-fé. Mas para que não haja dúvidas, faça a declaração com o máximo de atenção nos números digitados ou busque ajuda de um profissional contábil de confiança, certo?
Siga essas dicas, evite dores de cabeça e aumente a restituição do Imposto de Renda!
Fonte: meubolsofeliz.com.br