O Covid-19 se espalhou por todos os continentes e, além de ameaçar a saúde, causou uma instabilidade financeira sem precedentes; veja como amenizar os impactos no seu bolso

Desde o primeiro caso do novo coronavírus confirmado na China, a preocupação com o vírus foi além dos males que ela provoca à saúde. À medida em que foi se propagando até alcançar o status de pandemia, o coronavírus desestabilizou a economia de forma global.

No Brasil, mesmo antes de alcançar o pico, o impacto econômico já é perceptível, derrubando as expectativas de crescimento do país para este ano. Entretanto, um conjunto de medidas está sendo adotado para amenizar as perdas e tentar equilibrar a balança.

“As medidas já aprovadas e as que ainda estão sendo estudados podem ajudar a população a ter um dinheiro extra em um momento em que a renda vinda do trabalho diminui drasticamente. Mas vale ter cuidado para usar esse dinheiro, já que o momento é de grandes incertezas”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Além disso, há outras maneiras de reduzir os impactos em seu bolso e gerar renda extra!

Como reduzir os impactos financeiros do coronavírus e gerar renda extra

Se você está preocupado porque com o isolamento social não consegue obter renda, há maneiras de amenizar os danos. Veja só:

  • Reinvente-se: Se seu trabalho não pode continuar de forma online, é hora de se reinventar. Você pode mudar de área temporariamente e vender marmitas, tortas, doces e bolos, elaborando um esquema de entrega sem contato pessoal. Utilize as redes sociais que você já usa com frequência, como o Whatsapp, para divulgar. Tem bastante gente em casa, então pode ser uma boa oportunidade;
  • Desapegue: aproveite o isolamento para arrumar seus armários e retirar todos os itens em bom estado que não usa mais. Que tal organizar um bazar online com eles? é mais uma boa ideia pra fazer uma grana extra. Fotografe-os e utilize sites como o Enjoei para vender. Para os itens infantis, o site Ficou Pequeno. Se desejar, amplie a organização para os armários da cozinha, desfazendo-se dos utensílios domésticos que usa menos;
  • Transmita conhecimentos online: você sabia que pode compartilhar seus conhecimentos para outras pessoas e cobrar por isso? O site Superprof permite que você dê aulas online e receba pela própria plataforma, basta se cadastrar e anunciar seus serviços. Vale para aulas de inglês, português, atividades físicas (yoga, funcional e muitas outras), música, canto.Use a imaginação;
  • Narrar livros online: se você gosta de ler e quer fazer o hobby virar dinheiro, pode narrar livros online. O site UBX conecta narradores, autores a editoras;
  • Responda pesquisas: você também pode quer dar a sua opinião sobre produtos e serviços e ganhar dinheiro por isso. Conheça os sites Toluna e o Life Points;

Quais as medidas propostas pelo governo?

Além dessas coisas que você pode fazer, o governo também anunciou um pacote de medidas para manter a economia em movimento e amenizar os danos para a população. Confira:

  • Proteção aos empregos: uma medida provisória (MP 927) publicada em março alterou temporariamente as regras de relação entre trabalhador e patrão. Ela deve vigorar por 6 meses. Entre as mudanças, estão a possibilidade de executar o trabalho à distância (trabalho remoto ou home office), da empresa antecipar as férias dos funcionários se notificar com 48 horas de antecedência, conceder férias coletivas e uso de banco de horas.

As empresas poderão também postergar o pagamento do FGTS do funcionário por 3 meses (abril, maio e junho), a fim de manter o caixa positivo. O valor poderá ser pago pelo empregador sem juros e multas, após julho, parcelado em 6 meses.

“É bom lembrar que não houve nenhuma mudança permanente na CLT. Essas são medidas provisórias que permitem flexibilização enquanto perdurar a crise. Elas são interessantes porque permitem ao empresário manter os empregos e ao mesmo tempo se ajustar ao fluxo de caixa reduzido. Para o trabalhador, a redução temporária pode ser interessante porque evita o corte de pessoal”, comenta Kawauti.

  • Ajuda para autônomos e empresas: o governo liberou ainda R$ 24 bilhões para linha de crédito pessoal, com o intuito de ajudar trabalhadores autônomos. Para as empresas, foram liberados R$ 48 bilhões.
  • Antecipação do 13º salário e do abono salarial: aposentados e pensionistas do INSS poderão antecipar o recebimento da primeira parcela do décimo terceiro salário para o mês de abril e a segunda parcela para o mês de maio.A autorização dada pelo governo dentro do pacote anticoronavírus deve injetar mais R$ 23 bilhões na economia, de acordo com a previsão anunciada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Outros R$ 12,8 bilhões são esperados para aquecer a economia do país com a antecipação do pagamento do abono salarial. Tem direito ao abono o trabalhador cuja inscrição no PIS (Programa Integração Social) tem mais de cinco anos e que trabalhou formalmente pelo menos 30 dias durante o ano de 2019 com remuneração média de até dois salários mínimos por mês.

  • MEIs e empresas de pequeno e médio porte: microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas de pequeno e médio porte que estão enquadradas no Simples Nacional poderão adiar o pagamento de impostos durante três meses. A ideia é que os impostos adiados sejam diluídos nos pagamentos das parcelas seguintes, sem que sejam cobrados juros ou multas. Assim, o governo espera diminuir as dificuldades dos pequenos e médios empreendedores que não possuem grandes reservas financeiras para lidar com a crise econômica. O impacto da medida inclusa no pacote anticoronavírus será de aproximadamente R$ 22 bilhões.
  • Adiamento e negociação de dívidas: o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou pessoas físcas e micro e pequenas empresas a pedirem a prorrogação dos vencimentos de suas dívidas por até 60 dias. O pedido só não é válido, por enquanto, para dívidas decorrentes do uso de cartão de crédito e cheque especial.

Os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) já estão se movimentando para facilitar as negociações. A estimativa do Banco Central é que a medida possa gerar R$ 3,2 trilhões no segmento de créditos.

“É bom destacar que o adiamento dos prazos coloca toda a dívida em um novo cronograma. Ou seja, o consumidor fica dois meses sem precisar pagar as parcelas e no terceiro mês retoma normalmente. As duas parcelas não cobradas são jogadas para o fim do período de pagamento”, explica Marcela.

Mais do que nunca, nossa missão é te ajudar a manter a saúde da sua vida financeira. Continue acompanhando o Meu Bolso Feliz para mais dicas.

Fonte: MEUBOLSOFELIZ.COM.BR