Roberto Hunoff, de Caxias do Sul
As obras do novo Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, devem começar em 2022. A informação foi repassada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante reunião-almoço virtual organizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, quando o ministro detalhou ações em andamento e projetos futuros na infraestrutura.
Com investimento de R$ 200 milhões, será o maior investimento em aviação regional do Brasil, superando o que já foi destinado ao terminal de Vitória da Conquista, na Bahia. Segundo Freitas, a licitação do empreendimento deve começar em novembro e seguir em 2021. O ministro projeta que obra inicie em 2022. Mantida esta data, o aeroporto deve ser construído em quatro anos. A projeção é de início da operação em 2026.
O terminal deve desafogar a chegada de voos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e se tornar uma opção para quem vai à Serra. Terá capacidade de operação para Boeing 737, terminal de passageiros de 4,7 mil m² e 500 vagas de estacionamento, pátio com 26 mil m2, pista com 1,9 quilômetros de comprimento e 45 de largura, podendo receber oito aeronaves simultaneamente.
Também ontem, o prefeito de Gramado, Fedoca Bertolucci, recebeu uma comitiva de Caxias do Sul para falar sobre o aeroporto regional. A ideia é traçar estratégias conjuntas para o empreendimento, que poderá facilitar o acesso a Gramado e região mais rapidamente.
Freitas falou ainda sobre outras obras importantes no Estado. Confirmou que a nova ponte sobre o Rio Guaíba será liberada para circulação em novembro. Ainda faltarão algumas medidas no entorno, pois são 12km de obras de arte, incluída a ponte de 2,9km, bem como a desocupação de áreas e reassentamento de famílias, medidas que serão realizadas ao longo de 2021. Segundo ele, já foram realocadas 476 famílias, restando ainda 429 compras assistidas e a construção de 165 unidades habitacionais.
O ministro afirmou que a entrega de obras, tem ocorrido sem grandes solenidades. Destacou que o foco é liberar à sociedade o que está pronto e dar continuidade ao restante. Citou, como exemplo, a duplicação da BR-116, na Metade Sul do Estado. Lembrou que quando o atual governo assumiu não havia um único quilômetro liberado. Atualmente, já são 92. “Quando termina um trecho de cinco, 10 quilômetros, liberamos. Desta forma, entregamos 47 quilômetros em agosto do ano passado e, desde então, são vários pequenos segmentos liberados”, ressaltou.
De acordo com Freitas, é preciso concluir as obras em andamento para abrir o orçamento para outras demandas. Assim será possível investir em outras demandas, exemplificando com as pontes do Ibicuí, Porto Xavier e Jaguarão, a pavimentação da 470 e a duplicação da 290 em trechos não contemplados na concessão.
Ele anunciou para novembro o início das obras na ponte do Rio do Sinos, em São Leopoldo, e de um novo viaduto no Bairro Scharlau, entre Novo Hamburgo e Porto Alegre, ligando a BR-116 com a RS-240. Os investimentos estimados são próximos a R$ 75 milhões. Já a prolongação da BR-448, de Sapucaia na direção de Portão, deve demorar. Segundo o ministro, pela restrição orçamentária e do custo previsto, na ordem de R$ 1 bilhão.
Modal portuário deverá passar por desestatização
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas destacou o aporte de R$ 400 milhões na dragagem do Porto de Rio Grande e expôs ideia de desestatização do mesmo no futuro. Já estão em andamento ações neste sentido no Espírito Santo e no Porto de Itajaí (SC), além de estudos para Santos e São Sebastião. “É um caminho sem volta, que traz governança e investimentos”, reforçou.
Com relação ao Terminal de Uso Privado no Litoral Norte gaúcho, o ministro mencionou que o projeto foi submetido à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em julho, e está em andamento. O valor estimado do Porto de Arroio do Sal é da ordem de R$ 4 bilhões, e há o interesse de grupos estrangeiros. “De nossa parte, haverá total apoio. Vamos acelerar o processo para que se possa, depois de todos os passos e atendidos os requisitos, assinar o contrato de adesão com o empreendedor o quanto antes”, afirmou. Os projetos de cabotagem também foram lembrados pelo ministro, que ponderou sobre o potencial de mercado nesse segmento. Citou projeto em andamento no Congresso Nacional, que permite reduzir os custos de afretamento. “Será mais fácil constituir uma empresa local, porque ela não precisará adquirir a embarcação, e preserva a indústria nacional naquilo em que é mais eficiente, que é o apoio marítimo e portuário”, assinala.
Fonte: Jornal do Comércio
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