A pandemia do novo coronavírus levou ao represamento de 200 mil pedidos de seguro-desemprego. A fila de trabalhadores demitidos sem justa causa que não conseguiram pedir o benefício distorce os dados oficiais. Segundo o Ministério da Economia, foram registrados, em março, 537 mil pedidos por seguro-desemprego, uma queda de 3,5% em comparação com o mesmo período de 2019. Na primeira quinzena de abril, por sua vez, foram 267 mil pedidos, retração de 13,8%.
“Por enquanto, neste primeiro instante de crise, passado mais de um mês, não verificamos nenhuma explosão nas demissões”, disse o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys. No acumulado de janeiro a abril, houve o registro de 1,8 milhão de pedidos, uma retração de 8,7% em relação ao mesmo período de 2019.O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou, no entanto, que houve um represamento de 200 mil pedidos após o início da pandemia.
“Temos uma pequena fila, de que estamos dando conta rapidamente. Essa demanda reprimida não passa de 200 mil em março e abril”, disse.Se esse contingente fosse contabilizado, porém, haveria um adicional de 150 mil pedidos, relativos aos 45 dias do mês de março e da primeira quinzena de abril deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.
Fonte: Jornal do Comércio