Varejo brasileiro projeta mais de cem mil vagas abertas no país até o final do ano

Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul aposta na retomada dos negócios até o final de 2021

Faltando pouco menos de três meses para as comemorações de fim de ano, os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para o principal período de vendas com a contratação de novos profissionais.

“O avanço da vacinação, o pleno funcionamento do comércio e a retomada dos serviços trazem esperança para empresários e desempregados, que sonham com uma oportunidade de trabalho”, afirmou o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.

Segundo pesquisa realizada pelas Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, estima-se que aproximadamente 105 mil vagas serão abertas no país até dezembro, número próximo ao de 2019, período pré-pandemia. De acordo com o levantamento, 69% dos empresários que pretendem contratar funcionários afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período, uma redução de 19 pontos percentuais em relação a 2019, enquanto 14% preferem investir na qualidade dos serviços.

“Antecipar-se às comemorações com novas contratações é um sinal de confiança na retomada das vendas, uma vez que após o auge da pandemia inúmeras empresas tiveram que dispensar seus colaboradores para reduzir seus custos. Apesar de cauteloso, o empresário sabe que o final do ano é sempre um momento de aumento nas vendas e as empresas precisam estar preparadas para essa demanda”, analisa o presidente da CNDL, José César da Costa.

Maioria dos empresários planeja contratações temporárias, sem carteira assinada

Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (52%) pretende contratar mão de obra temporária, percentual que é igual ao de 2019 (52%). A inclinação para contratações por tempo determinado é significativamente maior entre os empresários do comércio varejista (63%) do que do setor de serviços (41%).

A maior parte dos empresários que recorrerão a contratações temporárias (60%) não pretende contratar mais do que 1 ou 2 funcionários para as vendas de fim de anos, sendo a minoria (15%) os que planejam empregar 3 ou mais funcionários. A média de contratações por empresa será de 2 colaboradores e o tempo médio de contratação de 3 meses.

Considerando a forma da contratação, 57% abrirão vagas informais, 47% registrados em carteira de trabalho e 18% recorrerão à mão de obra terceirizada. Em média, o número total de profissionais temporários será de 2 colaboradores.

Perfil do profissional desejado: jovem com ensino médio. Remuneração média deve ser de 1,3 salários mínimos

No que tange ao perfil dos funcionários já contratados ou que ainda serão contratados, as mulheres são preferidas (33%) em relação aos homens (24%), embora a maioria (41%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários. Mais da metade das empresas (59%) prefere jovens de 18 a 34 anos – sendo a faixa etária média de 28 anos – e que tenham ao menos o nível médio completo (56%).

A expectativa média de salário é de R$ 1.463. Quanto a jornada de trabalho, a maioria (66%) ofertará vagas de 6h a 8h diárias.

Embora uma parte do empresariado já tenha iniciado as contratações em agosto (11%) ou queiram começar em setembro (10%), os meses mais movimentados serão outubro (25%) e novembro (25%). Os percentuais se referem aos empresários que pretendem ou já contrataram mão de obra para o fim de ano.

Há uma grande variedade de cargos e funções, porém as mais demandadas pelas empresas serão: vendedor (29%), ajudante (23%) e balconistas (14%).

Redação e coordenação: Marcelo Matusiak

Colaboração: Assessoria de Comunicação CNDL