Desde que foi relatado o primeiro caso de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil, os hábitos dos consumidores têm mudado. Segundo as orientações das autoridades de saúde, muitos aumentaram a frequência com que lavam as mãos e passaram a usar álcool em gel para fazer a higienização. A Nielsen publicou um estudo em que levanta o que mudou até agora nos hábitos dos brasileiros.
Na semana de 1º a 8 de março, as vendas de antisséptico para mãos aumentaram 623%. Já as vendas de software subiram 289% – vale lembrar que diversas empresas passaram a adotar o home office para evitar o contágio do coronavírus.
Filtros de ar também estão entre os produtos mais procurados: as vendas aumentaram 100% na semana. Em seguida, aparecem álcool (+85% nas vendas), produtos de limpeza em geral (+58%), sabão líquido (+33%), amaciantes (+30%) e curativos (+29%).
Por outro lado, as vendas no setor têxtil caíram 7% e as de tabaco recuaram 14% na comparação com a semana anterior.
Há alguns aprendizados que a Nielsen traz de outros países e que podem dar pistas de como serão as próximas semanas por aqui. Na Itália, por exemplo, além da alta na procura por produtos de prevenção e saúde, como farmacêuticos (+112%), produtos de higiene pessoal (+15%) e suplementos (+17%), houve um aumento na compra de alimentos. Os italianos compraram 33% mais arroz, 25% mais macarrão e 29% mais enlatados de origem animal, como forma de estocar alimentos para o período de quarentena.
A Nielsen alerta, contudo, que isso não significa um aumento do consumo no longo prazo. “Em muitos casos, o abastecimento da despensa simplesmente adiantará as compras futuras, o que pode gerar um ponto mínimo de vendas a médio prazo, à medida que esses produtos vão sendo consumidos gradualmente”, diz o relatório. No entanto, em especial na categoria alimentos, pode haver um aumento sustentável do consumo. Afinal, durante as semanas de confinamento, as pessoas passam a aumentar o consumo de comida em casa. Uma tendência importante para o período é a importância do atendimento online.
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Fonte: Época Negócios